Three Months

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Passeio o resto do dia na casa dos meus pais junto com eles e com meus irmãos. O médico havia deixado Davi sair por dois dias do hospital, o que fazia com que ele aproveitasse o máximo possível comendo dias vezes o que aguentava e fazendo coisas um tanto estranhas que acho que ele pôs em uma das listas dele como subir no telhado.
Perto das oito da noite, troquei minha blusa cinza por uma branca e coloquei a jaqueta que Katerina havia me dado. Eu e meus irmãos íamos primeiro e meus pais iriam mais tarde.

P.O.V Katerina

_ O que vai usar? - Bia me perguntou enquanto colocava uma calça com uma estampa bonita preto e branco.
_ Nada de mais eu acho, - respondi.
_ Coloque um vestido justo e sexy, - Cassie disse sorrindo.
_ Alguém já te disse que você é louca?! - Perguntei.
_ Milhões de vezes amiga, - ela respondeu rindo, - você tem que ser mais ousada, a única vez que foi ousada foi quando beijou o menino platinado no show, - pensei daquilo e ri lembrando que nem assim consegui ser "ousada".
Acabei vestindo um sobretudo preto com uma meia calça também preta e deixei o cabelo solto. Cas pois um vestido de manga comprida rosa claro e um gorro branco e Bia a calça dela e uma blusa preta básica de manga comprida.
Erik me ligou logo em seguida:
_ Oi aniversariante, estamos saindo daqui, o que foi? - Eu disse ao atender.
_ Não saiam, estou indo buscar vocês, - ele respondeu, - Daniel e Henri já estão lá.
_ Obrigada, estamos te esperando.
_ Até, - ele disse desligando.
_ Vamos lá para baixo, o Erik vem nos buscar, - eu disse para Bia e Cassie.
Descemos e esperamos uns cinco minutos até ver o Volvo, mas no banco de trás havia alguém, uma menina segurando Davi.
Erik desceu e puxou a porta de trás para Cas e Bia abrindo também a porta da frente para mim.
_ Oi gente! - uma voz conhecida disse nos comprimento do banco de trás.
_ Gente essa é minha irmã Hazel, - Erik disse nos apresentando.
_ Nós já nos conhecemos mano.
Rimos e nos comprimentos pala conhecidencia divertida.
_ Oi Mulher Maravilha! - Davi falou animado, - estávamos aqui falando sobre o fato do meu irmão não me deixar ir no trem fantasma.
_ Trem fantasma? - Perguntei confusa.
_ O trem fantasma é um evento no Halloween que arrecada dinheiro para crianças nas ruas e o meu colégio patrocina.
_ Que legal, - respondi, - acho que vou.
_ Kat! Me ajuda aqui! - Davi exclamou.
_ Essas coisas geralmente tem faixa etária Robin, - eu falei a ele.
_ E é exatamente por isso que não dá para ele ir, - Erik disse, - tem que ter dezessete anos para entrar.
_ Mentimos! O Daniel pode ajudar, é só ele fazer algum documento falso, - ele insistiu.
_ Robin primeiro que você tem idade para pedir doce nas ruas, - Erik falava, - segundo que você tem que voltar ao hospital depois de amanhã, e como se não bastasse ninguém iria acreditar que você tem dezessete anos.
_ Isso é bulling com os anões! - Davi continuou protestando.
_ Mas você não seria um anão, e sim um menino mentiroso, - Hazel completou.
_ Eu nem queria mesmo, - Ele disse nervoso.
_ Você vai ficar mais feliz se eu te der isso? - Cassie falou estendendo um boné com a estampa parecida com uma revista em quadrinhos.
_ Sim! - Ele respondeu animado, - obrigada Cassie!
_ De nada! - Ela respondeu - É do Daniel, - Cas sussurrou para mim e para Bia, - fica horrível nele.
_ Imagino.
Depois de chegar ao Migliore Pizza, Erik nos apresentou aos seus pais, sua mãe, Cristine, era simpática, loira de olhos azuis e professora de uma escola na cidade. E seu pai, Peter era um cara alto, grisalho e sorridente com olhos pretos, um médico bem conhecido.
A noite foi maravilhosa, fiz amizade com Nora, nós não nos conhecíamos muito, ela era legal embora tímida, apresentou até sua namorada, Patricia, na qual Erik também havia convidado. Patricia era um tanto fria e só falava com Nora.
Conversei bastante com os irmãos de Erik e descobri mais sobre eles. Ezra era um chef de cozinha, tinha se formado em uma grande faculdade de gastronomia e era dono de um restaurante famoso em Miami. Nicolas havia acabado de terminar a faculdade de direito e abrir um escritório de advocacia na cidade, - do qual eu já tinha até conhecido.
Hazel estudava em Vancôver e morava com a tia, irmã de Cristine.
Passamos muito tempo falando sobre o trem fantasma que tinha mais ou menos cinco horas de Portland até a cidade no Canadá. A excursão iria durar mais ou menos uma semana porque depois do trem iríamos ter um curso prático lá.
Também nós conhecemos melhor, jogamos "verdade ou desafio" (o que foi chato, por causa do lugar em que estávamos) e brincamos de "eu nunca" - não deu muito certo! Eu realmente achei por um minuto que eu ainda estava no ensino médio.
Erik nos deu carona depois, voltamos lá pelas duas da manhã.
_ Nossa! Aquela família tem a genética muito boa! - Bia falou dando ênfase no "muito" quando já estávamos no quarto.
_ Cuidado Bia, a Kat pode arrancar seus olhos de noite, - Cas brincou.
_ Eu não... - Ia protestar mas o meu celular tocou, era a polícia.
_ Katerina Delevingne? - Logo uma voz severa me perguntou.
_ Sim?
_ Meu nome é Paul Rollins, sou detetive e agente no caso. Nós estamos prosseguindo com a investigação, e encontramos uma testemunha, - "como?! Como alguém podia estar vendo?" - Regina e Ângelo Delevingne morreram de assassinato, - ele continuou, falando coisas que eu já sabia, - o caso está andando mais rápido agora e logo pode ser solucionado, então pedimos para ou que você ou que seu irmão não saiam de onde estão, para facilitar o contato com vocês em caso de emergência.
Eu não sabia se ficava irritada pela lerdeza deles ou por não poder contar nada. Obviamente meu pensamento fi ao trem fantasma e de qualquer forma eu não iria deixar Henri aqui enquanto eu me divertia, eu já havia tomado muitas fezes o lugar da diversão e Henri merecia ele.
_ Ah sim, claro. Quem é a testemunha? - Perguntei curiosa.
_ Eu sinto muito mas não tenho a permissão para conta-la ainda.
_ E de quanto tempo vocês precisam?
_ Cerca de noventa dias por gentileza, - ele respondeu mais severo ainda, - tenha um bom dia, - concluiu desligando.
"Ainda é madrugada", - pensei. Cas já ia me perguntar quando eu disse:
_ A polícia me ligou, não posso sair daqui por três meses.
_ Então você não vai no trem? - Bia perguntou.
_ Parece que não, - respondi um pouco triste, eu queria ir no trem fantasma, - calma, ainda falta mais de um mês, quem sabe eles ligam antes?
_ Mas o que aconteceu? - Cassie perguntou.
_ Acharam uma testemunha para o caso e finalmente descobriram que não foi um vazamento de gás.
_ Uma testemunha? - Bia perguntou, - quem?
_ Ele não me disse, - respondi tentando esquecer que eu não poderia contar a polícia o que eu sabia e fazendo força para ser o mais calma possível. Eu já sabia quem era o assassino de meus pais, e isso não me interessava, queria que ele fosse preso ou simplesmente morto pelo que fez.

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