The child with green eyes

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No sábado seguinte eu fui à casa dos gêmeos combinar o plano para ir ao show. Dani estava animadíssimo.

_ Seguinte: Katerina vai dizer que ira dormir em nossa casa, às onze da noite estaremos pegando um taxi e saindo daqui, como nossos ingressos são Vip não vamos precisar nos preocupar com fila, ah, e temos até as sete horas da manha para voltarmos pois é ai que meus pais chegam. Quanto ao dinheiro para a carona nós dividiremos. Vocês já tem roupa para ir?

_ Sim. – Respondemos em uníssono.

_ Ótimo. Vai ser demais! – Ele disse com um sorriso que ia de orelha a orelha.

...

Depois de dizer para os meus pais que iria dormir na casa dos gêmeos, fui a casa dos mesmos as oito da noite, como o combinado junto com as minhas roupas e as de Cassie.

Daniel me atendeu feliz ainda com o sorriso gigante, ele usava uma calça de moletom e uma blusa branca.

_ Por que você esta tão animado? – Eu lhe perguntei, - claro que vai ser demais, só que até parece que você nunca foi a um show antes.

_ Não é esse o fato. Kat! Eu vou ver a bunda da Pitty! – Ele me respondeu animado.

_ Você não devia ter perguntado isso a ele. – Cassie falou descendo as escadas de camisola.

_ Pois é. Estou realmente arrependida de ter feito a pergunta, - ela riu enquanto o irmão fazia bico.

_ Okey meninas vão se arrumar, - ele disse a mim e Cassie, - só vou ficar mais gato depois.

Cassie revirou os olhos e nos duas subimos as escadas em direção ao quarto dela, o mesmo tinha borboletas em preto desenhadas nas paredes brancas e uma cortina rosa na janela.

Trocamo-nos e vestimos a roupa em silencio, depois fomos ao banheiros de Cassie e a mesma disse de repente:

_ Me promete uma coisa? – Ela me perguntou sorrindo.

_ Ok... – Eu respondi estranhando o sorriso dela.

_ Essa noite você vai fazer tudo o que eu disser. - Ela concluiu rápido.

_É eu não acho que essa seja uma boa...

_ Confia em mim? – Ela me interrompeu.

_ Tudo bem... – Suspirei preocupada, mas eu realmente confiava em minha amiga, - Cassie eu prometo fazer tudo o que você disser esta noite.

_ Ótimo! – Ela falou satisfeita e feliz. – Começando por deixar o seu cabelo solto, fica melhor.

_ É eu sei. O que pretende fazer? - Eu perguntei preocupada.

Ela apenas me olhou com um sorriso e respondeu:

_ Relaxa... Depois você me agradece. –“Ah não.”

Quando descemos Daniel nos olhou com uma cara horrível e safada.

_Caramba! – Ele disse malicioso.

_ Vai se trocar idiota! – Cassie bufou.

_Calma maninha! – Daniel disse erguendo as mãos em sinal de paz e subindo a escada para o quarto.

Depois de uma hora de episódios de diversas séries a espera do Daniel ele apareceu desfilando/descendo as escadas com uma jeans escura, uma blusa cinza e uma jaqueta preta de couro sobre a mesma.

_ Já acabou Gisele Bündchen?  – Cassie perguntou ironicamente.

_ Calma. – Dani disse olhando para a irmã dando um giro e fazendo uma pose. – Pronto, vamos!

Correu tudo bem, pegamos um táxi dividindo o dinheiro, o show foi ótimo nos divertirmos muito cantando e gritando como malucos.

...

_ Que bunda! – Dani disse feliz e vitorioso após sair do show que durara duas horas e meia, - ops... Quero dizer que voz linda. E então? Quem topa encher a cara? – ele perguntou dando um sorriso safado.

_ Não! Daniel nós não podemos ficar de ressaca amanhã, temos que estar conscientes e sem cheirar a álcool. – Cassie respondeu seria.

_ Okey maninha. Mas quero fazer algo sem juízo.

_ Você nunca faz. – Respondemos em uníssono. – Mass... Isso não que dizer que a Kat não pode fazer. – Cassie continuou, - Dani?

_ Gostei! Ela é a mais ajuizada daqui. – Ele disse pensando e olhando em volta, - humm, pegue aquele menino ali. – Ele completou apontando um menino com cabelo platinado que java comprando uma lata de cerveja em frente à uma barraquinha.

Olhei para a Cassie com um olhar de cachorrinho abandonado com esperança de que ela me poupasse de concordar com Daniel, mas não funcionou.

_ Isso! Finalmente você disse algo que preste Dani! Vai ser divertido. – Ela disse olhando para mim.

_ Para vocês. – Acrescentei brava.

_ Você prometeu, lembra? Você vai me agradecer depois.

_ Isso é outra ordem? – Eu perguntei ainda brava.

_ Não. É uma premonição. Agora vai. - Ela me respondeu ignorando minha cara de raiva.

“Quer saber? “Você vai e vai ser o mais cachorra possível.” – pensei, – “Que raios você esta pensando Katerina”?! Vai logo sua estupida!”.

Eu fui em direção ao menino tentando parecer sensual e confiante. “Vai dar merda” – só conseguia pensar.

_ E então... O que você achou do show? – Eu perguntei ao garoto nervosa.

_ É foi legal. E o desafio, como está? – Ele me perguntou em resposta apontando com uns olhos negros meus amigos me olhando de um cantinho, - tudo bem. Você não sabe flertar mas espero que saiba fingir. Vai logo – Ele me disse rindo. Concordei com a cabeça e o beijei devagar, ele se aproximou e seu toque correspondeu ao meu, eu me afastei depois de poucos segundos e olhei para o garoto. - Pelo menos você beija bem. – Ele me disse sorrindo. Eu retribui o sorriso e voltei para o canto em que meus amigos estavam.

_ Isso! Parabéns! – Cassie disse sorrindo e batendo palmas.

A noite foi completada do jeito mais legal quando eu e Cassie vimos Dani tentando chamar o taxi indo ao meio da rua e abrindo as pernas e os braços como uma tesoura, em seguida, ao invés de um taxi, um caminhão veio na direção do mesmo que saiu correndo em direção a calçada. Eu e Cassie rimos muito ao ver a cena.
Depois minha amiga foi a calçada e chamou um taxi com a maior facilidade.

_ Exibida! – Daniel exclamou.

...

Já de pijamas, na casa dos Martin os gêmeos inventaram de ver “O iluminado” na gigante tela de TV da sala.

Juro que eu estava me esforçando muito para manter os olhos abertos mas não consegui, olhei para o lado e vi ambos os irmãos interessados no filme mas depois encostei minha cabeça no sofá e peguei no sono.

Quando abri meus olhos vi um menininho com cabelos castanhos escuros como os meus, porem seus olhos eram verdes como os de mamãe.

_ Vamos Katerina, você consegue, diga “Henrique” – o pequeno menino dizia me vendo de cima, ao que parecia eu estava deitada em uma cama.

_ “Ique”, - foi apenas o que saiu de minha boca com uma voz fraca e infantil.

_ Tá quase lá, - dizia o menino ainda com os olhos fixos nos meus – vai Kat, diga Henr...

_ Henri venha me ajudar com o bolo! – Ouvi a voz de minha mãe interrompendo o menininho vinda de fora do quarto de onde estávamos.

_ Já vou mamãe! – Gritou Henrique em resposta, - eu já volto pequena Kat. – O menino completou me dando um sorriso fofo.

_ Kat! Kat! Katerina! – Deparo com Cassie dando-me pequenos tapas na bochecha para me acordar.

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