Domingo 30/12
Rebecca carinhosamente secou os cabelos de Vicky. Vicky pareceu aflita.
– O que te preocupa? Perguntou Becca com ternura.
– A borboleta escura traz azar. Disse Vicky com ar de preocupação.
– Como foi que do quarto você conseguiu ouvi o bater da pobre "borboletinha".
– Na verdade estava tendo um pesadelo. Meu sono estava leve.
– Conte-me seu pesadelo.
– Não posso, se contar um sonho ruim, vira realidade.
– Mais superstição. Mas se te acalma, ela foi para longe, levou consigo o azar.
– Tomara, até porque o ano está acabando.
– O que vai fazer com a mobília? De onde veio? Você parece que não quer me contar.
– Eu apenas estava com muito sono. Aquela mobília estava espalhada por todo apartamento, acúmulo de anos e anos. Algumas coisas são antiguidade deve valer uma grana, mas a maioria tem pouco valor para venda.
– Você pretende vender?
– Vou perguntar minha avó o que ela quer fazer. Por que para ela tem grande valor sentimental. Depois quando não tiver mais mobília, vou limpar a piscina e transformar aquele espaço numa área de lazer. Para recebermos nossos amigos.
– É bom limpar logo a piscina é perigoso, manter água parada.
– Esta bom, mamãe. Senão eu vou adoecer. Eu sei.
– Mãe? Vou te mostrar.Vicky sorriu.
– 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 0 acho que estou pronta.
Rebecca sorriu.
– Contagem sem beijinhos não vale. Achei que seu dia precisasse de três cafés para poder começar, você ainda está no primeiro.
– È bom saber que tu prestas atenção a tudo que eu digo. Assim se algo me acontecer terá muita coisa para se lembrar.
– Eu não tenho superstições, e não vai ser uma borboleta escura que vai te tirar de mim. Você vai viver para sempre. Eu tenho certeza.
– Obrigada, segundo café. Eu vou pedir para ter sorte hoje.
Rebecca pegou um cigarro com a intenção de acende-lo. Girou o cigarro na mão, brincando passando de um lado para o outro. Enquanto trocava mensagens com amigos nas redes sociais.
– Terceiro café.
Rebecca interrompeu.
– Não teria que esperar quinze minutos?
– Emergência, terceiro café quero pedir forças para suportar a sua perda, quando tu morrer de câncer bem jovem por causa desta porcaria. Que sabiamente a venda a menores é proibida por lei.
– Amém. Disse Rebecca com ironia. Não vamos brigar no nosso dia de ficarmos juntinhas. Quer saber vou jogar fora todo o cigarro. Apesar de ter apenas quatro cigarros, pelo menos me garante um dia longe de brigas.– Muito, muito obrigada, sua saúde agradece. E eu já fiz até promessa aos santos para que te ajudem a parar de se matar.
Rebecca sorriu, com ar de descrença.