Vicky acordou beijou a testa de Becca.
– Eu gosto de ouvir seu coração. Disse Becca delicadamente.
– Eu gosto do cheiro do seu cabelo. Ultimo dia do ano, sinto melancolia no ar.
– Nem me diga. Sua mãe me odeia. Somos de mundos diferentes, você é rica e eu sou pobre.
– Eu prefiro ser. Ao invés de ter. Meus pais que são ricos, se tu estas falando em termos financeiros.
– Ser o quê? Perguntou Rebecca enquanto afagava os cabelos de Vicky.
– Ser feliz!
– O que é ser feliz para você?
– Ser feliz é ser realmente quem se deseja ser. Ser a pessoa certa, na hora certa, fazendo a coisa certa, do jeito certo.
– Simples assim?
– Sim, a vida é simples, minha mãe que complica.
– Eu posso dar um jeito na sua mãe.
– Daí eu te odiaria para sempre. Temos divergências, mas ela é minha mãe, e às vezes me surpreendo com as nossas semelhanças.
– Estou brincando. Você acordar cedo é coisa rara, acho que estou emocionada porque vamos tomar café juntas. No ultimo dia do ano, vamos almoçar juntas, vai ser o melhor dia do ano.
– Somos duas garotas, contra o mundo.
Rebecca sorriu.
– Estote autem invicem benigni bene erit .
Vicky sorriu.
– Parece bonito, o que significa?
Rebecca entristeceu.
– Eu li esta frase numa parede. Escrito em latim. Significa seja amável e tudo ficará bem.
– Parece um bom conselho. Mas não vou me atrever a falar em latim. Tu és surpreendente. Como aprendeu latim?
– Não aprendi, apenas ouvi ao longo da vida algumas frases marcantes.
– Não precisa falar disso. Eu li seu processo, tu tinhas quer sobreviver.
– Você não tem medo de mim?
– Não, não vamos falar sobre o passado. Quero falar do presente e do futuro.
– Vamos passar a virada de ano juntinhas.
– Sem promessas, apenas vivendo o momento.
– Becca ama Vicky.
– Vicky sabe, (risos).
