Capítulo 5: Dr Pepper (7th Anniversary)

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30 de novembro de 2016 | Localização Desconhecida 

– Então, é aqui que você vai ficar.

Rylai foi jogada dentro da cela. Os capangas de Luthor se retiraram, deixando apenas Lex e ela no local. Ela analisou o que tinha a sua volta: na cela, nada além de uma cama simples aderia à parede e suspensa. Não era escura ou de pedra, como ela esperava. Era clara e feita de um material azul claro quase branco, o que a fazia se sentir ainda mais desprotegida. As barras tinham a mesma cor. Olhou para dentro da cela, não encontrando nada além de um enorme painel com dezenas de botões voltado para ela, uma mesa de escritório com um computador e outras coisas, além de uma cadeira de escritório – as peças em cima de um tapete branco e felpudo. Na verdade, parecia um escritório de uma perua (só que com um painel estranho e uma cela).

– Gostou da minha decoração? – Lex sentou-se na cadeira e olhou-a com empolgação.

– Parece o escritório da Britney Spears, mas está legal.

– Por que você diz como se o escritório da Britney Spears fosse algo negativo?

– Não perca seu tempo tentando arrancar algo de mim. Eu não vou falar nada, mesmo se você começar com rodeios perguntando sobre a sua decoração pseudo minimalista.

– Você realmente acha que sabe algo que eu não sei, criança? – Desabotoou o paletó, ganhando mais movimento e foi até um frigobar fora do campo de vista de Rylai. – Você não sabe nada que me pode ser útil – sentou-se e abriu a lata de Dr Pepper que havia pego. – Você gosta de Dr Pepper?

Ela apertou os olhos: era seu refrigerante favorito. Sabia que ele não havia oferecido por coincidência, a estava intimidando e demonstrando como ele sabia tudo o que precisava sobre tudo e todos, incluindo ela.

– Prefiro chá de pêssego – provocou, por trás de um sorriso irônico.

– Você odeia chá de pêssego – respondeu, arqueando as sobrancelhas e sorrindo.

– Pelo o que você planeja me negociar? – Cortou.

– Abrupto – repousou a lata em cima da mesa e se levantou. – Você realmente acha que vou lhe contar?

– Você realmente acha que tenho tanto valor? – Rylai também se levantou.

– Eu não disse que planejava lhe trocar por algo valioso. Talvez eu só esteja te usando como moeda de troca para conseguir um cappuccino.

– Por que o poderoso Lex Luthor se uniria com o Coringa para sequestrar alguém e usá-lo como moeda de troca? Você realmente acha que, com essas centenas de metahumanos por aí, Oracle vai suar me recuperando de você? – Enquanto falava, se aproximava das barras, enquanto Luthor vinha, também, para mais perto das barras. – Eu estou por mim mesma, agora. Eu vou ficar aqui. Acabou para mim, e sabe o que vai acontecer com você? Você vai ficar sem isso que você quer, você vai ficar sem nada. Você nem sequer é o verdadeiro Lex Luthor.

– É aí que você se engana, criança. – Tocou a parede ao lado da cela, fazendo-a abrir sob o comando de suas digitais. – Você acha que eu iria gastar meu tempo e dinheiro, além de paciência lidando com o palhaço, para sequestrar qualquer metahumano para trocá-lo por algo que só vocês, ditos heróis, tem? – Ao contrário de Rylai, que agora estava parada, ele se aproximava mais, entrando na cela. – Você se acha tão inteligente para desvendar os planos do grande Alexander Luthor?

Quanto mais perto Luthor chegava, mais parecia confiante. Se ela não o atacasse agora, talvez não tivesse mais nenhuma chance.

Preparou suas mãos e preparou-se. Contou mentalmente até três e colocou o pé direito para trás, dando equilíbrio para os ataques mágicos que pretendia lançar. O sorriso cínico não saía do rosto de Luthor. Seus punhos, antes cerrados, se abriram e ela levou as mãos à frente do corpo, com as palmas para frente, concentrando-se em lançar uma rajada gelada letal a um humano comum.

Beyond Heroes 2: Sweet DreamsOnde histórias criam vida. Descubra agora