Capítulo 11: Chasing Stars (7th Anniversary)

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03 de dezembro de 2016 | Metropolis

Os dias foram se passando e, incrivelmente, Luthor ficava mais dócil com o passar do tempo. No sétimo dia, chegou até a colocar uma cadeira em frente à cela de Rylai para dizer interagir com a prisioneira. No oitavo dia, aconteceu algo diferente.

– Para você! – Lex entregou um cubo branco para ela através das grades. Ela pegou e virou-se, analisando o que aquilo poderia ser. – Abra!

Só então ela percebeu que era uma caixa. Desconfiada, abriu a tampa para ver um pedaço de bolo. Virou-se para Luthor, apontando para a caixa:

– O bolo é uma mentira? – Arqueou as sobrancelhas.

– Para alguém presa em uma cela, você é incrivelmente divertida – sério, jogou um garfo de plástico, que ela pegou.

Comeu um pedaço do bolo de morango com cobertura de glacê. Depois de mastigar o pedaço de bolo, pegou o morango e comeu-o com uma única mordida. Só então, olhou desconfiada para Luthor:

– Como você sabe dessas coisas? – Referiu-se ao bolo de morango por morango ser seu sabor favorito de bolo.

– Quando você vai fazer uma prova, não estuda antes? – Agachou-se e apoiou os cotovelos nos joelhos e o queixo nas duas mãos juntas, com o clássico sorriso entusiasmado. – Não é óbvio que eu te observei?

Ela olhou para cima, pensando. Realmente era óbvio.

– E qual é o seu plano? – Comeu mais um pedaço, sentando-se na cama de lado, de frente para ele. Dobrou uma perna e deixou a outra com o pé no chão. – Quero dizer, por que eu estou aqui?

– Por que você acha que eu lhe diria? – Sentou-se no chão com ambas as pernas cruzadas e descansou as costas na parede.

– E faz diferença? Todos da Watchtower já devem saber. É um assunto pertinente que eu vou saber de qualquer forma.

– Informações. Eu pedi informações que eram, inicialmente, do velho. Informações, essas, que os seus amigos heróis pegaram.

– E por que você precisa delas? – Raspou o glacê com o garfo.

– São sobre metahumanos, eu preciso para fazer algo divertido.

– Soou como algo que um maluco falaria – comeu o último pedaço do bolo e olhou para ele, como que se divertindo. – Por que você não se junta a nós? Quero dizer, se o primeiro Luthor lhe fez tão mal, por que você quer ser como ele?

– Você acha que ele me odiar foi como transmitir um legado de ódio a vocês por não ter me ajudado e continuar com a ideia mesmo depois que ele morresse? Quero dizer, talvez tenha sido por um motivo maior.

– Não, eu realmente acho que não. Acho que você ficou perturbado – levantou-se e estendeu a caixa vazia para ele. – Obrigada, estava ótimo.

– Você acha que eu devo desistir? – Perguntou normalmente, como se estivesse perguntando qual sabor de sorvete ela prefere.

– Desistir é uma palavra muito forte. Acho que você deve mudar de objetivos, mudar de planos.

– Explique-se – pela primeira vez, olhou-a confuso.

– Nós, heróis, nunca desistimos. – Sentou-se em frente às grades, com as pernas cruzadas e o rosto apoiado entre duas barras e os joelhos encostando em outras duas barras. – Se você quer tanto ser poderoso, você pode ter poder por razões mais... filantrópicas. Você pode continuar fazendo de Lex Luthor a missão da sua vida, mas em vez de continuá-la, pode lutar para combatê-la. Sabe, você é muito inteligente e sua ajuda seria muito bem-vinda. Como quem fez as coisas erradas foi o seu pai, você pode trabalhar com as informações que tem, dando-as aos que ajudam outras pessoas e não será punido. Prometo não te denunciar por esse cárcere privado.

Beyond Heroes 2: Sweet DreamsOnde histórias criam vida. Descubra agora