Some big decisions

546 42 35
                                    

Nesse livro eu quero mais sentimentos, mais intensidade, mais conversas e mais emoções.
Meu maior objetivo quando escrevo é fazer com que as pessoas sintam algo.

Achei que você, meu querido leitor, deveria saber disso.
...

I'm lost
Trying to get found
In the ocean of people.
...

00:00.
- Feliz Ano Novo, Katelyn. - eu digo para mim mesma.
Vejo os fogos no céu através da grande janela do bar. Observo o modo como pessoas se abraçam, os sorrisos e a felicidade em seus rostos.
Engraçado como as coisas são, nessa mesma data e hora no ano passado, eu estava em uma posição completamente diferente da que estou agora... Mas dane-se, eu não quero começar à pensar nisso, já estou triste o suficiente.

- Com licença. - o barman estrala os dedos na minha frente. - Moça.
- Sim? O que foi? - eu pisco rapidamente e volto à prestar atenção.
- Cortesia da casa. - ele empurra uma taça com bebida pelo balcão. - Para a moça bonita dos olhos tristes.
- O que é? - eu pergunto.
- Sex on the Beach. - ele diz com um sorriso.
- Obrigado, mas eu não posso aceitar.
- Por que não?
- Não posso beber. Se eu pudesse não negaria, mas realmente não estou podendo.
- Por quê? - ele diz parecendo estar desapontado.
- Eu estou grávida. - digo. Que mal pode fazer contar para ele? Eu nem o conheço, não é como se ele fosse me julgar.
Eu posso observar a supresa em seu rosto.
- Parabéns? - diz mais como uma pergunta.
- Não precisa fazer isso... - eu paro - Como é seu nome mesmo?
- Timothy, mas você pode me chamar de Tim.
- Prazer, Tim. - eu estendo a mão e ele a aperta. - Me chame de Kat.
Eu não sei porque disse Kat ao invés do nome inteiro.
- Então, Kat... parabéns pela gravidez.
- Obrigado. - eu dou um meio sorriso.
- Você não parece estar grávida. - fala. - Vou fazer um suco para você.
- É algo recente. - digo me apoiando no balcão. - Só dois meses.
- Desculpa me intrometer, mas por que você está tão triste? - diz e coloca um copo de suco de maracujá em minha frente.
- Porque o pai dessa criança é um filho da puta que está destruindo os meus sentimentos e acabando com a minha esperança. - digo, mas logo paro. - Quer dizer... ele não é um filho da puta completo, mas ele realmente está me destruindo, essa parte é verdade.
- Ele sabe sobre... - ele aponta minha barriga.
- Não. E nem vai. - falo - Eu ia contar para ele, ia fazer isso hoje quando desse meia noite, mas sabe o que eu achei quando fui procurar por ele?
- Não, o que?
- A namorada. Eu achei a namorada dele.
- Sério? Ele está namorando com ela e vocês duas estão aqui?
- Sim. - digo em um suspiro - Eu nem acredito que comprei um presente para aquele babaca. - eu coloco a sacola em cima do balcão. - Você pode colocar fogo nisso para mim?
- Claro. - diz e olha dentro da sacola.
- Katelyn! - a voz de Chandler me faz sentir um arrepio no corpo inteiro.
- É ele? - Tim me olha e eu aceno que sim rapidamente.
- O que você quer? - pergunto grossa e me viro na cadeira.
- Por que você está assim? - pergunta. Ele é idiota ou o que?
- Eu estava bem até você chegar, não é, Tim?
- Sim. - responde.
Chandler o olha com uma ira (desconhecida por mim) nos olhos.
- Por que você sumiu? - pergunta.
- Não interessa. - eu respondo. - Por que você não volta para sua namorada e me deixa em paz?
- O que? - ele parece estar confuso.
- Você é idiota? - falo curta e grossa. - Eu falei para você voltar para sua namorada.
- O que diabos está acontecendo com você, Katelyn? - ele diz alto.
À essa altura todo o bar já olha para nós.
- Você está acabando comigo! - eu me levanto da cadeira. - É isso que está acontecendo.
Eu me viro e ando para fora do bar, indo para o elevador.
Quando eu penso estar livre daquela briga, ele entra no elevador e tampa a porta até o momento que ela se fecha. - Caralho! - eu grito. -  Esquece que eu existo! Finge que eu morri e me deixa em paz!
- Eu não vou fazer isso, Katelyn! Eu só quero saber porque em uma hora você está bem e na outra está totalmente diferente!
- Para de ser idiota! Você vem e me beija, diz todas aquelas coisas bonitinhas para depois eu descobrir que você ainda está namorando com a vadia britânica! Como você acha que eu vou me sentir? Acha que eu vou estar cheia de amor para o seu lado? Não! Eu não vou! Posso ser qualquer coisa, menos burra!
A porta se abre e eu o empurro na parede para poder passar.
- Você não sabe de nada! - ele me segue para dentro do apartamento e depois até a porta do meu quarto.
- Cala a boca! - eu me viro. - Você só fala merda!
- E você está louca! - ele me segura pelo braço.
- Vai embora! - grito - Eu não quero te ver nunca mais!
- O que você acha que vai fazer? Você não pode simplesmente apagar as pessoas da sua vida!
- Sim, eu posso! - digo e puxo meu braço de sua mão. - Não só posso como vou!
Eu o empurro para fora e bato a porta com toda minha força. Deixando ele do lado de fora do quarto, assim como a partir de hoje farei na minha vida.

UnbreakableOnde histórias criam vida. Descubra agora