Capítulo 11 ~ Previsões e escolhas

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Já tinha se passado três dias desde que Harry e Draco tiveram aquela conversa. E também três dias desde que tinham se visto pela ultima vez. Ou melhor, se comunicado. Harry tomava caminhos mais longos para suas aulas para não ter que encontrar com Draco, e quando tinha aulas juntos ou quando estavam no grande salão fingia que o outro não existia.

Eles estavam no grande salão naquele momento, Hermione tinha garantido a eles que os professores pararam de colocar veritaserum no suco de abobora, mas por precaução Harry e Ron tinham preparados os deles.

Os roubos das pinturas aparentemente tinham cessado, a diretora aumentou a vigilância no castelo e adiantou em uma hora o toque de recolher.

Várias tarefas externas tinham sido proibidas, o que prejudicou muito o estudo do Trato das Criaturas mágicas, o quadribol também tinha sido cancelado, mas a diretora recebeu tantos berradores de pais irados com a decisão que não viu outra opção senão manter o quadribol.

E para Harry era ali onde morava o problema.

Evitar Draco tinha sido consideravelmente fácil até aquele momento, mas primeira partida do troneio da escola aconteceria no dia seguinte e seria uma disputa entre Grifinória e Sonserina; e o menino que sobreviveu tinha certeza que seria impossível evitar Draco na partida, já que ambos eram apanhadores dos seus respectivos times.

O horário de almoço tinha acabado, e todos os alunos se direcionaram para seus afazeres.

Harry tinha apenas mais duas aulas naquela dia: Poções e Adivinhação.

Harry até tolerava a primeira, mas já estava cansado de ser morto pelas previsões da professora de adivinhação.

A aula de Poções foi bem comum, eles fizeram algumas poções e responderam algumas perguntas, o que rendeu 80 pontos à Grifinória (todos graças à Hermione). Já a de adivinhação não foi tão normal quanto Harry esperava. Ele e Ron seguiram para a torre onde a aula acontecia, se separando da amiga que havia desistido da disciplina no primeiro ano.

Desde o momento em que viu a professora Harry sabia que algo estava errado. Pela primeira vez em 8 anos naquela escola Sibila não ficou sombria e triste ao ver Harry Potter.

A aula foi sobre a importância das escolhas nas previsões. Ela ficou grande parte do tempo explicando como para uma previsão ser precisa era necessário que a pessoa observada tenha feito escolhas igualmente precisas sobre o que faria no dia; e usou dois alunos como exemplo. Primeiro pediu para que uma garota da lufa-lufa fizesse naquele momento uma escolha de que assunto iria estuda primeiro naquela noite. A garota pensou alguns minutos e assentiu com a cabeça indicando que já tinha pensado na escolha. A professora então pegou a mão da garota e cerrou os olhos.

— Transifguração! — disse Sibila com entusiasmo.

— Não — falou a garota sorrindo levemente — eu escolhi não estudar. Não estou com cabeça pra isso. Estou ansiosa para o jogo de amanhã.

Alguns alunos riram do erro da professora, então ela se voltou para Harry.

— La vem — cochichou ele para Ron.

— Querido, já que a senhorita Williams falou do jogo, nada mais justo que tentar outra vez, e agora com a estrela de um dos times em questão. Você poderia por favor, escolher de que jeito vai comemorar se seu time ganhar?

Harry observou a professora, sem muito entusiasmo, não pensou em nada em especifico, só escolheu comemorar da forma que sempre comemorava: com seus colegas no salão comunal.

Assentiu confirmando o pensamento; o que fez a professora se encostar e pegar sua mão. Ela arregalou os olhos e soltou a mão de Harry antes mesmo de fechar os olhos.

— Tá, já sei, um grande perigo está me rondando eu provavelmente irei morrer — sugeriu Harry, fazendo metade da turma rir.

— Não meu querido, não, não! — ela olhou para ele com os olhos cerrados. — Você não corre perigo e não é isso que me assombra. Eu não vejo um encerramento. Não vejo comemorações, não há um time vencedor. Eu não sei como, mas algo me diz que alguma coisa vai dar terrivelmente errado no jogo e ele será anulado. Mas por incrível que pareça, não é você que corre perigo.

Com isso a professora encerrou a aula e liberou todos eles.

Harry pegou suas coias e saiu da torre companhado de um Ron que ria e fazia piadas com as previsões da professora.

Quando Sibila Trelawney previa coisas terríveis na vida de Harry, ele nunca se importava e apenas debochava, mas daquela vez não era sobre ele, era sobre dois times inteiros, e por alum motivo uma faísca de medo se ascendeu dentro dele.

Assim que chegou ao salão comunal viu umburburinho, e logo descobriu porquê: outra pintura havia sumido.

Harry Potter e o beijo das sombras | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora