Harry empurrou com força as portas duplas da enfermaria, que abriram com um baque.
— Mas o que é isso? — exclamou, horrorizada, Madame Pomfrey.
— Luna.
Harry correu para uma das camas no canto direito da enfermaria, onde Luna estava deitada, desacordada, rodeada por três professores e madame Pomfrey.
— Preciso que o senhor saia, senhor Potter — começou a bruxa-enfermeira. — Entendo sua preocupação com sua amiga, mas estamos tentando...
— Eu sei o contra-feitiço — bradou Harry, se aproximando rapidamente.
— Perdão — começou Flitwick, que estava em pé em um banco, movendo a varinha sobre Luna, um filete rosa claro saindo da ponta da varinha e se espalhando ao redor da garota como um escudo... ou um cobertor. — Mas onde o senhor...
— Snape — começou Harry. — Eu o vi usar uma vez... — mas ele percebeu que estava prestes a revelar o segredo de seu antigo professor, então falou rapidamente: — no sexto ano. Quando foi professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
— Mas porque ninguém parecia capaz de...
— Sinceramente, professor... acho que ninguém achou que precisaria usar tal feitiço alguma fez na vida...
— Mas se Snape conhecia o contra-feitiço ele conhecia o...
— Vão me deixar ajudá-la — Harry cortou o professor. — Ou vamos ficar observando enquanto ela morre lentamente?
Prof. Flitwick, Prof. Horácio, Profa. Sprout e Madame Pomfrey olharam, surpresos, para o garoto.
Pelo canto do olho, Harry viu alguém chegar correndo na sala. Ele não precisou se virar para saber que era Draco, que tinha seguido ele, preocupado.
— Sr Malfoy o senhor precisa se retirar — começou Madame Pomfrey, caminhando até a porta e guiando o sonserino para fora da sala.
— Mas...
— Sem "mas". Ande.
Harry se virou para onde o namorado estava sendo posto pra fora, e falou, sem emitir som algum, movendo os lábios exageradamente para que Draco pudesse ler e falou "A CO-RU-JA".
Draco entendeu a mensagem e apressou-se em direção ao corujal.
— O contra-feitiço, Sr. Potter — pediu Profa. Sprout, quando Madame Pomfrey retornou.
— Certo... — Harry engoliu em seco e respirou fundo, puxou a varinha e moveu acima do corpo de Luna, junto com sua mão esquerda espalmada, dizendo: — Vulnera Sanentur.
Instantaneamente, sem emitir brilho algum, como se um vento mágico estivesse sugando o sangue do corpo de Luna, as manchas avermelhadas sobre as vestes brancas começaram a diminuir.
— Vulnera Sanentur — tornou a dizer Harry, que no sexto ano, viu Snape reproduzir o encanto três vezes antes de Draco se recuperar.
Dessa vez as feridas pararam de sangrar e começaram a se fechar.
— Vulnera Sanentur — disse pela terceira e última vez.
Todas as feridas se fecharam, as marcas ainda visíveis sob as partes exposta da pele da jovem; e a respiração pesada e de ritmo lento que guiava os resquícios de vida na garota bruxa, se transformaram em uma respiração normal, como de uma pessoa adormecida.
— Ela não está acordando — falou Harry, preocupado.
— Nem vai por tão cedo — começou profa. Sprout. — Encontramos ela gemendo enfeitando de dor, por isso a sedamos para que ela não sentisse nada enquanto tentássemos curar.
Harry respirou fundo, guardou a varinha mas vestes e disse:
— Tem uma planta... O professor Snape falou sobre ela na aula — mentiu o garoto, que tinha escutado essa informação vinda de um Severo Snape muito atônito, que se apressara para ajudar Draco naquela fatídica noite. — Vai ajudar com as cicatrizes, eu não me lembro nome, mas talvez a senhora...
— Sim, Potter, eu sei de que planta está falando. A profa. Sprout irá me ajudar no tratamento a partir de agora. E supondo que o senhor já fez o que pode... — madame Pomfrey cobriu Luna ate ô abdomen com um lençol branco, enquanto dizia: — ...acho que é melhor ir para o salão comunal de sua casa. Pode tranquilizar seus colegas, contar que está tudo bem com a Srta. Lovegood.
— Certo — respondeu o grifinório, olhando, timidamente para os professores e para a amiga, e depois se retirando da sala.
Harry fechou as portas atrás de si, e começou a caminhar, não em direção ao salão comunal da Grifinória, e sim até o corujal, onde o namorado o esperava; mais determinado do que nunca, a encontrar quem quer que estivesse fazendo aquilo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Harry Potter e o beijo das sombras | DRARRY
Fanfic✓ CONCLUÍDA ✓ Harry Potter e seus amigos passaram o que deveria ser seu ultimo ano na escola de magia e bruxaria de Hogwarts caçando os artefatos sombrios que possibilitariam a destruição do Lorde das Trevas. Mas um ano depois, o Ministério da Magi...