Capítulo 7 ~ O plano secreto

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— O que vocês estão fazendo a essa hora fora da cama? — Minerva finalmente notou a presença dos alunos. — Pelo visto não se cansam das detenções, ou de se meter em encrencas.

— Nós fomos falar com o professor Flitwick.

— Essa parte eu confirmo, diretora — começou o professor, que em seguida contou toda a história que Draco havia lhe contado.

— Filch, encontre o sr. Bravos imediatamente.

Harry suspirou, aliviado.

— Vocês dois, para minha sala, já — ela se virou e sussurrou algo no ouvido de Quim.

— Mas professora...

— Mas nada! Filio — ela se virou para o professor anão — vá com Filch, descubra se Clarckson está sonambulando, enfeitiçado ou por vontade própria, se for o último caso leve-o até minha sala imediatamente.

Ela se virou, a varinha seguia com a ponta acesa, claramente um feitiço Lumus. De repente tudo se apagou, em questão de segundos os dois garotos escutaram um miado, em seguida um barulho de sucção, então a varinha da professora se ascendeu novamente, e lá estava ela com vestes formais, uma túnica verde esmeralda e um sobretudo azul anil; o chapéu pontudo na cabeça, preto com uma pena verde.

Andaram por alguns minutos até que chegaram a sala da diretora.

— Posso estar cometendo um erro gravíssimo, sendo uma péssima diretora ou uma ótima amiga. Mas eu ainda acredito que vocês não têm envolvimento algum com o sumiço dos quadros e dos fantasmas. Nós nem ao menos descobrimos para o que, exatamente, a pessoa quer esses quadros. Porém, vocês estavam outra vez desobedecendo ordens e estavam fora da cama, e no lugar errado na hora errada... por isso, vocês vão outra vez ficar em detenção.

— Mas professora — tentou Harry outra vez.

— Sem mais, sr. Potter; ou volto atrás e ao invés de detenção, suspendo os dois.

Nem Draco nem Harry ousou falar nada nesse momento.

— Vocês vão limpar o corujal hoje pela manhã.

— O quê? — a expressão na face de Draco era de nojo, surpresa e raiva; seu rosto tomou uma forma tão esquisita que Harry não conseguiu controlar o riso. — Como você ainda dá risada, Potter? Aquele lugar fede a pena, a cocô e eu não sou nenhum elfo ou o zelador da escola para trabalhar com a limpeza.

— É isso ou suspensão, sr. Malfoy — o olhar da diretora era firme.

Draco não disse nada, apenas respirou fundo e olhou para o chão, aceitando a derrota.

— Agora voltem para seus dormitórios; nenhum desvio, direto para o dormitório!

Os dois alunos saíram, cabisbaixos, pela enorme porta de madeira. A escada começou a rodar e descer como um elevador assim que eles pisaram no primeiro degrau.

Os dois andaram juntos até um certo ponto dos corredores, então tiveram que se separar; mas antes Harry se virou para o antigo rival e disse:

— Eles estão escondendo alguma coisa.

— Eles quem? — perguntou Draco, se virando para encarar o grifinório.

— O professores. Eles têm algum plano secreto. Você não viu McGonaghal sussurrar algo no ouvido de Quim? Era algo que eles sabiam, mas que nós não podíamos saber.

— Não deve ser nada demais, cicatriz. Vá dormir, seus poucos neurônios estão começando a falhar.

Harry soltou um riso suave, um sorriso bobo, que por algum motivo o fez corar.

Draco também sorriu e seguiu seu caminho.

Harry Potter e o beijo das sombras | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora