Capítulo 5 ~ Um sonho por dois

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Os quatro estudantes se encontraram com o professor e seu cachorro na hora marcada perto da cabana. Hagrid trazia consigo um saco de tecido escuro que pingava sangue.

A aparência do gigante não era das melhores, ele estava todo arranhado e algumas penas escuras estavam presas a sua enorme barba. Mas a criatura dentro do saco com certeza tinha levado a pior.

— Vejo que conseguiram um bom estoque — disse ele olhando para Ron e Hermione. — Vocês nem tanto — a última parte, para Harry e Draco, que traziam apenas dois aglomerados de samuscos. — Pois bem, podem voltar para o castelo, estão dispensados. Ótimo trabalho. E tentem ficar longe de confusões — aconselhou Hagrid, mesmo sabendo que seu conselho não serviria de nada.

Os quatro voltaram para a escola, cada um para seu salão comunal, em seguida para sua cama. Naquela noite Draco sonhou com Harry, e Harry sonhou o mesmo sonho.

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O crec soou, a planta sumiu, Harry se irou e gritou com Draco, que como um bom Malfoy não deixou barato o desaforo do outro e gritou de volta.

"Cala a boca" disse por fim Potter.

"Vem calar" foi o que respondeu o sonserino.

E Harry foi, e calou a boca do loiro... com um beijo.

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Ambos acordaram, cada um em sua cama, a centenas de metro de distância. As respirações ofegantes.

Os dois tentaram dormir outra vez, mas viravam e reviravam na cama e nada do sono vir.

Então se levantaram, Harry saindo da torre e Draco da masmorra, e trilhando caminhos diferentes seguiram, vagando pelo castelo, rumo ao mesmo local: a torre de astronomia.

Harry chegou primeiro, se encostou a uma das imensas aberturas na parede da torre, e ficou olhando o céu noturno.

Draco chegou logo em seguida, Harry olhou para trás assim que escutou seus passos.

— Potter... O que está fazendo aqui a essa hora?

— Tive um sonho, não consegui dormir, então decidi vir olhar as estrelas.

— Eu não sabia que teria alguém aqui, já estou saindo... — Draco começou a sair, quando Harry disse:

— Não precisa ir, a torre é grande o suficiente para nós dois ficarmos, bem longe um do outro claro, já que não suporto sua presença...

— Nem eu a sua, Cicatriz — os dois sorriram.

— E você — começou Harry —, por que está aqui.

— Mesmo motivo.

— Ah sim...

E ali ficaram por vários minutos, em silencio, olhando o céu, até que por fim Harry falou:

— Parece que o sono finalmente chegou, para sua felicidade irei voltar para meu dormitório, até mais.

— Pensei que nunca fosse dizer isso, já vai tarde Testa Rachada, tão tarde que também fiquei com sono. Vou voltar para o meu dormitório também.

E juntos os dois desceram as intermináveis escadas da torre, e andaram em meio aos imensos corredores da escola, até que ouviram passos.

Harry agarrou Malfoy pelo braço, correu para a sala mais perto, e juntos observaram pela fresta da porta.

Um garoto usando uniforme da sonserina passou pelo corredor e entrou na sala ao lado, Harry conhecia aquele garoto.

— Quem é esse? Eu o vi no primeiro dia, ele também tinha saído do grande salão quando os professores foram investigar o sumiço dos retratos, ele entrou pouco antes de sermos pegos.

— É Clarckson Bravos, ele está no segundo ano. O pai dele também era um comensal — respondeu Draco.

— Acho que devíamos ver o que ele está fazendo...

— Hum hum — alguém atrás deles fingiu um engasgo para chamar atenção. — O senhores poderiam me explicar o que fazem andando pelo castelo a essa hora?

Harry e Draco se viraram, e viram o professorsentado em sua mesa, corrigindo metros de pergaminhos do terceiro ano. Só entãoos dois perceberam que se esconderam na sala do professor Flitwick.<ƪC

Harry Potter e o beijo das sombras | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora