Eu fiquei mal por muito tempo. Como os meus pais estavam em uma longa viagem de trabalho, eu faltava a escola, comia pouco e nem cogitava ir à academia ou ao treino de futebol. Todos vinham aqui em casa para tentar me animar, mas ninguém conseguia me alegrar ou ao menos me dar motivos suficientes para sair da cama. Até que a Alice me liga:
-Arthur?-Diz ela com voz de preocupada
-Oi...-Digo sonolento
-Tem alguma chance de o relacionamento de vocês ter dado tão certo que o Felipe se mudou para a sua casa?-Alice tentava esconder a sua preocupação sem qualquer êxito
Eu pulei da cama como se entendesse que algo tinha dado errado.
-O que você tá tentando dizer, Alice?
-Ele começou a faltar as aulas também, aí eu fui na casa dele para ver se estava tudo bem, bati na porta e não tive resposta. Como eu tenho a chave, abri e...
-O QUE, Alice? Desembucha!
-Eu acho que ele... Se mudou, Arthur... Móveis, as decorações do seu quarto... Tudo sumiu!
-meu deus!-Meu coração disparava- E o celular dele?
-Desligado! Como ele foi embora sem se despedir? Você fez alguma coisa?
Naquele momento toda a culpa recaiu sobre o meu corpo e só me sobrou chorar por tudo que eu fiz.
-Eu....Eu...Estraguei tudo, Alice!-Disse chorando ainda mais
-Eu tô indo aí-Disse ela desligando a chamada
10 minutos depois entraram o João e a Alice no meu quarto. Eu estava debaixo das cobertas e ainda chorando.
Eles me acalmaram e eu contei tudo que aconteceu, com o João auxiliando em alguns detalhes.
-Mas que estranho, só por causa disso?-Disse Alice confusa
-Muito dramático esse menino!-Disse João tentando fazer graça.
Eu e Alice olhamos feio para ele, o que fez ele pedir desculpa logo em seguida pela piada sem graça.
A Alice disse que tinha compromisso e me deixou sozinho com o João. Pedi pra ela fechar a casa pois meus pais não estavam em casa.
Eu e o João ficamos ali, deitados na cama, em completo silêncio por alguns minutos.
-Você tem que voltar a ir nas aulas de futebol, a final é em um mês!
A final seria entre o time da nossa escola contra o nosso colégio rival. Sempre travávamos jogos difíceis quando acontecia de sermos adversários, e aquela competitividade acabou por me inspirar.
Ele continuou:
-Se você continuar sem fazer nada para se distrair, será pior ainda para superar
-Como você sabe? Você nunca passou por isso!
-Eu já passei e passo por isso todos os dias.-Disse com os olhos úmidos
-Como assim?
-Eu menti quando disse que só queria te comer. Desde pequeno, eu sempre tive grande admiração por você. O jeito que você me aceitou, que você me tratou com naturalidade, que manteve a nossa amizade mesmo após tudo. Eu tive medo de dizer essas palavras, mas eu tenho muita certeza: Eu te amo!
Após terminar a frase ele começa a chorar e eu fiquei em completo choque, nunca tinha visto ele chorar.
-Por favor, me dói ver você sofrendo tanto!-Diz ele me abraçando
Ficamos ali abraçados por um bom tempo, enquanto ele se recuperava do choro e eu da notícia.
-João, eu nem sei o que dizer!
-Não diga, apenas demonstre!-Ao terminar a frase ele me rouba um beijo extraordinário. Foi como se uma centelha surgisse no meu coração, uma sensação parecida com a que eu tive quando vi o Felipe pela primeira vez. Mas agora, depois de tanto sofrimento, foi como se o meu corpo se entregasse ainda mais a essa paixão. O beijo, de apaixonado e sentimental, se tornou quente e safado. Exploravámos milimetricamente o corpo um do outro com as mãos enquanto trocávamos beijos de arrancar o fôlego.
Nessa disputa de "poder", ele começou a ceder e deixou-me tomar conta do momento. Dominava agora facilmente o seu corpo, e ambos estávamos com muito tesão. Ele arrancou a minha calça e a minha cueca em uma única puxada e começa a chupar o meu pau. Era muito excitante ver um homem tão másculo fazer o que eu estava sempre acostumado a ver alguém mais feminino fazer, como era o caso do Felipe.
Mesmo que não tão bom quanto o Felipe, talvez por inexperiência, ele se esforçava muito mais em me satisfazer, e em todo suspiro meu de prazer ele se empolgava mais.
Logo ele tirou a sua roupa e voltamos a nos beijar, com uma intensidade muito grande. Ele me masturbava enquanto eu dedava ele, arrancando pequenos gemidos daquele homem musculoso.
-Me come-Diz ele baixinho no meu ouvido
Eu viro ele de quatro com força e começo a lamber e chupar o seu cu, fazendo-o delirar. Nunca tinha percebido, mas a bunda dele era grande e redonda, até melhor do que a do Felipe.
Pouco tempo depois começo a enfiar o meu pau, e ele começa a fazer gemidos de dor. Sem paciência, eu enfio todo o meu pau de uma só vez, pois o meu desejo já era muito grande. Ele grita de dor porém isso só me deu mais tesão. Eu fodia ele com um vai e vem muito acelerado e demorou um pouco mais para seus gemidos virarem de prazer ao invés de sofrimento. Logo ele goza e eu em seguida. Cai sobre as suas costas e ficamos deitados, ambos muito suados. Dormimos ali mesmo e acordamos apenas na manhã seguinte. (Graças a deus os meus pais estavam viajando)
Acordei sozinho na cama e eu estava feliz! Pela primeira vez desde que ele desapareceu, eu estava verdadeiramente bem.
Eu ouvi barulhos na cozinha e fui pelado até lá.
O João, também pelado, fazia panquecas para a gente. Fiquei um tempo observando o seu corpo. Como eu nunca tinha reparado quão gostoso ele era?
Abraço ele por trás, dando um pequeno susto nele
-Bom dia, gato-Digo
-Com bom dia assim é impossível ter um dia ruim-Dizia maliciosamente pelo fato de eu estar de pau duro enquanto o abraçava.
Comemos as panquecas e conversavamos sobre a vida em geral. Sempre foi bom conversar com ele.
Depois disso voltamos para a cama e fudemos de novo, resultando em uma transa melhor ainda do que a última, por que ambos sabíamos melhor o que estávamos fazendo.
Tomamos banho juntos e demoramos um tempo a mais pelas safadezas que fizemos. Estávamos viciados no corpo um do outro, não conseguíamos enjoar da situação.
Apenas saímos quando escutamos a voz de Alice no meu corredor
-Arthur??
-JÁ VOU!!
Saímos do banho juntos e apenas colocamos toalhas para cobrir os nossos corpos.
Ela riu
-E eu aqui preocupado que você iria estar triste.
-Eu consegui alegrar ele-Diz João em tom malicioso
Eu ri envergonhado
-alice, como você entrou aqui?-Pergunto após refletir um pouco
-Bom... Eu meio que esqueci de trancar a porta ontem... Mas agora está trancada
-Alice...-Digo reprovando-a
-Bom, eu já vou indo então
-Você veio aqui só pra me ver?-Digo confuso
Ela olha para nós dois por um tempo, suspira e sorri:
-Sim, só pra ver se estava tudo bem!
Achei aquilo muito estranho mas engoli.
O João vai embora logo depois dela e eu fico deitado na cama, olhando pro teto e refletindo.
Mais pela noite a Alice me liga:
-Arthur, o que você acha de eu, você e o João irmos no cinema?
-Claro... Mas de onde veio isso?
-Eu não sou tola, Arthur. Eu sei que você não se alegrou totalmente depois de dormir com o João. Quero garantir que você esteja bem e volte para as aulas e para o futebol! Pode não parecer, mas eu me importo com você.
Eu dou risada
-Combinado então
O cinema foi bem legal, passar tempo com eles era sempre animador.
Como o filme era de comédia, saímos da seção rindo ainda.
-Meu deus...-Diz Alice espantada
Eu e o João ríamos muito ainda de uma cena do filme para notar a mudança de humor da Alice.
-Eu...Eu... Já volto tá, meninos?
Ela saiu e nós ficamos rindo.
Ele me olhou nos olhos, colocou os braços na minha cintura, me puxou e me deu um rápido beijo.
A adrenalina dominou o meu corpo.
-João! Estamos em público
Ele riu
-Para de se preocupar tanto!
Assim, como ato de rebeldia, eu o puxei e nós nos beijamos até a Alice voltar.
Ela estava com uma cara péssima
-O que foi Alice?-Eu perguntei
-É.... Nada! Só tive que ficar esperando vocês por um tempão!
-Você tava aí há muito tempo?-Diz João rindo
-Infelizmente
Vou para casa e reflito: fazia tempo que eu não pensava no Felipe. Com eles ao meu redor, eu realmente não via o tempo passar. Será que era isso então? Minha paixão teria acabado?
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O novato da escola (Romance Gay)
RomantizmArthur é capitão do time de futebol de uma das mais conceituadas escolas da cidade. Alto e musculoso, ele conquista o coração de qualquer garota que desejar, algo que, ao longo dos anos, tornou-o extremamente egoísta. Mas tudo muda quando um novo ga...