Capitulo 20

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Horas antes...

Kaue

-Olha o que temos aqui, você é o namoradinho da filha da Jasmim, isso é ótimo, você não é um dos filhos dela, mas se um filho está sofrendo a mãe sofre o dobro, então o meu objetivo está se concretizando.

-Quem é você?

-Eu sou um cara que foi muito apaixonado pela Jasmim, mas ela é apaixonada pelo Thiago e nunca me deu bola, eu perdi tudo por causa do meu amor por ela, agora ela vai perder tudo pelo meu ódio por ela.

Ele saiu e me deixou sozinho, eu estou em um quarto, amarrado em uma cadeira, não faço a menor ideia de onde estou, nem há quantas horas estou aqui, o homem voltou e dessa vez com uma barra de ferro.

-Vamos ver quanto tempo você vai aguentar

Outros dois homens entraram e me soltaram em seguida o primeiro homem começou a me bater com a barra, ele batia nas minhas costas e costelas, eu já estava quase desmaiando de dor ele parou.

-Nossa você está um lixo, nos vemos mais tarde.

Eu tentei me levantar, mas não consegui, me arrastei até um pequeno colchão que tinha no canto do quarto, as únicas coisas que passavam pela minha cabeça era os momentos que eu tive com a Amora, do nosso beijo na cachoeira, de nós juntos na praia, das corridas juntos, eu fiz de tudo para não perder a morena, mas agora aqui trancado nesse quarto eu não sei se vou ter forças pra fugir, se é que eu vou conseguir passar a noite, meu corpo todo dói, eu sei que onde a Jasmim estiver ela está movendo céus e terras para me achar, não é só por que eu sou o "namorado" da Amora, mas também porque eu sou um dos seus homens, e uma coisa que eu aprendi com ela, é que um amigo a gente não abandona nunca.

Um mês depois

Amora

Atual estado? Maluca, nem os calmantes da minha mãe estão me fazendo dormir, nem comer eu consigo, todo esse tempo minha mãe não parou de me treinar, o que resultou em uma filha desesperada por matar alguém, se sobrou algum viciado devendo? Nenhum matei todos, meu pai está muito preocupado comigo, e eu? Estou desesperada, tem um mês, trinta dias que o Kaue foi sequestrado, eles não fizeram contato, não pediram resgate, simplesmente sumiram com ele, eu sei que todos acham que ele está vivo, mas eu sei que ele está vivo, eu posso sentir, eu não posso ter perdido ele.

-Filha!

Minha mãe está muito nervosa e eu temo pelo pior.

-O que aconteceu mãe? Alguma notícia do Kaue?

-Patroa o Kaue está sumindo o morro.

Quando o menor entrou na minha casa, eu cheguei a pegar a minha arma para matar ele, mas quando eu escutei Kaue, eu paralisei.

-Como é que é menor?

-Isso mesmo patroa, o moleque precisa de ajuda.

Minha mãe me olhou e veio me abraçar.

-Ele está vivo meu amor.

-Eu acho que eu vou ter um treco.

-Fica calma, vamos buscar ele e ver como o Kaue está.

-Patroa acho que não vai ser legal a menina ver o Kaue.

-Por quê?

-Ele tá só o pó, o moleque tá acabado.

Meu coração se despedaçou e eu sai correndo, deixando minha mãe pra trás, peguei minha moto e desci a Maré feito uma desesperada, quando eu cheguei perto da boca eu vi o DG com o Kaue nos braços, ele estava todo ferido, cheio de roxos e tinha perdido muitos quilos, corri até ele e quando o meu olhar se cruzou com o do DG minha vontade foi gritar de tanto medo.

-Ele está vivo?

-Esta sim Amora, muito machucado, mais vivo, ele é um garoto forte, ninguém derruba ele fácil.

Me aproximei deles e passei a mão em seu rosto, senti minhas pernas enfraquecerem, mas me mantive em pé.

-Thiago! A Amora está passando mal.

Escutei a voz do DG e depois vi o corpo do Kaue ser colocado no chão e o meu sendo pego.

-Filha você tá me ouvindo? Amora?

Minhas pálpebras pesaram e eu desmaiei. Acordei em um hospital, estava sozinha em um quarto, eu não posso acreditar que tudo aquilo foi um sonho, ou delírio meu, minha mãe vai ficar furiosa, eu quase não como isso deve ter causado as alucinações, o doutor Lucas entrou no quarto sorrindo e eu não entendi.

-O que aconteceu, doutor? Onde minha mãe está?

-Ela está vindo, eu tenho que te levar para fazer um exame.

-Tudo bem.

Ele me ajudou a sentar em uma cadeira de rodas e depois nós saímos alguns quartos depois ele parou.

-Amora eu tenho que ver esse paciente, você se incomoda?

-Não, claro que não.

Ele abriu a porta e me puxou para dentro, eu quase não acreditei quando eu encontrei o Kaue na cama sorrindo pra mim, me levantei correndo, mas antes de chegar na cama, senti minhas pernas falharem e minha visão se escurecer.

-Calma Amora, você está fraca demais.

Escutei o doutor Lucas dizer, e depois me sentarem de novo, agora já estava mais perto do Kaue.

-Morena!

Ele estava magro, com o corpo todo machucado, vários roxos, mas mesmo assim ele ainda tinha aquele sorriso lindo no rosto.

-Você quer me deixar doida seu idiota?

-Você me ama e fica aí fazendo doce!

-Eu te amo mesmo, mas mesmo assim você não deixa de ser um idiota.

Ele me olhou surpreso e eu olhei para os outros idiotas que estavam lá.

-O que foi? Eu falei alguma coisa errada?

-Finalmente você assumiu que ama ele, acho que nós temos que fazer uma festa.

-Cala a boca DG, não estraga agora você dona Amora Pereira vai voltar pro seu quarto e comer, comer muito.

-Eu quero ficar com o Kaue.

-Mas não vai, você está há dias sem comer e está muito fraca, então você vai comer e descansar, eu não estou pedindo Amora, estou mandando.

-Mãe!

-Não quero saber Amora, faz o que eu tô mandando.

Minha mãe pegou a cadeira e começou a me puxar, até o Kaue chamar.

-Ei! Você não está esquecendo de nada.

Minha mãe voltou com a cadeira e eu olhei pro Kaue que estava rindo.

-Meu beijo!

Eu me levantei e dei um selinho nele.

-Agora sim você pode ir.

Minha mãe me levou pro quarto e eu me deitei e rapidamente o sono me dominou.

A DAMA- RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora