Capitulo 22

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Camila

Depois de ganhar a corrida da minha sogra, todos colocaram um apelido que eu amei Arlequina, gosto muito dessa personagem, ela é cheia de coragem e não tem medo de julgamento de ninguém, algumas vezes me deixo abater por algumas coisas, tento me reerguer o mais rápido possível, mas nem sempre é fácil, me lembro o quanto minha mãe e minha sogra são fortes, elas são minhas inspirações.

Nesse mês todo as coisas estão muito estranhas, eu estou passando mal e o Júnior pirando com a mãe e irmã dele, a Amora está maluca, ela está na base de calmantes e quase não come, eu acho que com toda essa pressão eu acabei me desestabilizando e meio que estou pirando junto.

-Amor levanta e come alguma coisa!

-Não Júnior, eu não consigo comer, eu só quero ficar deitada.

-Você está bem?

-Sim amor, eu só tô pirando junto com o povo.

-E se a gente viajar, não aguento mais você assim, eu quero minha moleca.

-E como sua mãe vai ficar? Nós não podemos nos afastar agora

-Podemos sim, o que importa é o seu bem, você quase não levanta dessa cama e não come nem pra decreto, eu vou falar com a minha mãe e hoje à noite nós vamos pra Angra, minha mãe comprou uma casa lá tem três anos e eu quase não fui lá.

-Se você acha que vai ser bom nós vamos.

Ele me deu um selinho e saiu uma hora ele voltou ofegante e aparentemente feliz.

-O que aconteceu amor?

-Um tornado.

-Você está me deixando nervosa, fala logo o que aconteceu?

-O Kaue voltou, a Amora desmaiou e os dois estão no hospital, nossa! Isso foi como uma cruz tirada das minhas costas, nós vamos viajar mais cedo, estou louco pra poder respirar.

-E eu vou vomitar.

Saí correndo e corri para o banheiro e vomitei o pouco que eu tinha conseguido comer, eu me preocupei quando eu vi um pouco de sangue, senti o Júnior atrás de mim, me segurando pela cintura.

-Terminou amor?

-Acho que não tem mais nada pra eu vomitar.

Ele me ajudou a me levantar e me levou até a cama.

-Eu vou te levar pro doutor Lucas.

-Não amor, vamos viajar, se eu não melhorar nós procuramos um médico na capital, eu só preciso sair daqui um pouco.

-Mas você vomitou sangue.

-Não amor, foi só um pouco, e eu não tenho me alimentado bem.

-Então arruma uma mala e nós vamos, minha mãe já arrumou o jatinho, eu vou arrumar minha bolsa, você acha que demora pra arrumar a sua?

-Não, eu só vou me recuperar e já vou.

-Quer comer alguma coisa?

-Acho que não consigo

-Então eu vou arrumar a minha bolsa e te esperar.

Ele saiu do quarto e eu tomei coragem pra arrumar minha mala.

Acordei em um quarto estranho, mas fiquei aliviada quando encontrei o Júnior na sacada do quarto.

-Amor!

Percebi que já tinha anoitecido e que eu tinha dormido muito.

-Estava preocupado com você, você dormiu a viagem inteira e não acordava.

-Eu estava cansada, que horas são?

-Seis você quer sair pra comer alguma coisa?

-Pode ser, vou tomar um banho, quer vir comigo?

-Mas é claro.

Nós dois entramos no banheiro e nos amamos muito, depois de banho tomado e devidamente vestidos nós fomos atrás de comida, nós achamos um restaurante caseiro bem aconchegante perto do mar.

-Amor eu vou no banheiro e já volto.

-Não demora amor.

-Pode deixar.

Entrei no banheiro e retoquei o batom, eu não sou muito amiga de maquiagem, mas eu tenho que usar pelo menos um batom, caso contrário eu como os pedaços da minha boca e fica tudo ferido, o Júnior odeia que eu faço isso, mas fazer o que, são costumes, quando estava saindo do banheiro eu acabei trombando em um homem.

-Desculpa moço.

-Não precisa Camila.

Quando eu olhei pra ele para perguntar como ele sabia o meu nome, eu fui surpreendida com um pano no meu rosto, logo depois eu desmaiei, sem nem ao menos ter tempo de pedir socorro, mas eu tenho certeza que o Júnior vai me achar, eu sei que ele vai me achar. Quando eu recobrei a consciência, vi que estava em um lugar estranho, alguns minutos depois um homem entrou.

-Ninguém faz nada certo nessa porra, mais uma vez vocês pegaram a pessoa errada, mas mesmo assim você é importante pra Jasmim.

-Quem é você?

-Isso não interessa, a única coisa que interessa é que você vai sofrer muito.

Outro homem entrou e amarrou uma corda na minha mão e depois me suspendeu de mãos amarradas para cima, os dois homens começaram a me espancar, todo o meu corpo dói, uma hora depois eles se cansaram e saíram me deixando amarrada, não sei quantas horas se passaram, mas eu já estava exausta, o meu corpo clama por descanso, os meus braços não estão aguentando o peso do meu corpo, o primeiro homem entra e me dá mais um soco.

-Vejo que você é muito forte, depois de tanto tempo você ainda não desmaiou.

Ele me dá mais uma sequência de socos, como se fosse eu saco de pancadas, estava me entregando à escuridão quando eu escuto a porta sendo aberta com força e um homem aparece nervoso.

-Ele achou a gente, nós temos que fugir agora.

Alguns minutos depois nós começamos a escutar tiros, os dois homens saíram correndo e eu fiquei sozinha novamente, espero que seja o Júnior, ele precisa me achar e rápido.

"A única coisa impossível é aquela que você não tenta.".

A DAMA- RecomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora