Capítulo 8

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Voltei para a festa, olhei para a multidão, seria impossível encontrar a Brit ou o Chris no meio de tanta gente. Então virei o rosto para o bar, é claro que estariam lá.

Fui até eles.

Quando Brit me viu ela puxou do banco e foi até mim e me puxou até onde o Chris estava.

- Te procuramos como loucos! - falou ela.

Olhei para o balcão do bar e vi copos.

- Não parece. - falei.

- Claro que sim! Olha aquele terceiro copo, é para você! O bar fica no alto, se não a encontrássemos daqui não encontraríamos nunca! Aliás, onde você estava?

Eles surtariam se eu falasse do William.
Ao lembrar dele e o que disse com ele me partiu o coração, fui muito dura com ele.

Peguei o copo que era para mim e bebi de uma vez, Brit arregalou os olhos enquanto fiz careta quando a bebida desceu rasgando minha garganta.

- Passei no banheiro.

Brit britou do nada.

- Eu amo essa música! - pegou meu braço me arrastando até a pista de dança, fui aos tropeços.

Ela começou a balançar no meio dos outros corpos, mandei um olhar de súplica ao Chris, ele deu de ombros.

- Traidor! - falei apenas com os lábios.

Ele gargalhou, suas covinhas ficaram evidentes com isso.

Começou um empurra, empurra. Então se tornou maior.

Chris percebe e se levanta para conseguir ver mais adiante e pesquisar o que estava acontecendo.

Ele não demorou a me alcançar.

- Tem gente brigando! - falou ele - Aqui vai virar uma bagunça! Onde está a Brit? - também olhei ao redor, ela estava aqui agora a pouco e simplesmente sumiu - Saia daqui o mais rápido possível, me espere no carro, vou ir até a Brit.

Então escutamos um estrondo - era uma arma sendo disparada.

- Vai Mell, corra! - gritou ele me empurrando para o lado da saída.

Foi difícil correr até a saída com tantas pessoas querendo o mesmo e para isso empurravam. Mais dois estrondos ecoou pelo local, então a correria ficou pior, vi pessoas se jogando em cima de outras para fugir de lá.

Tropecei pisando no calcanhar de alguém e caí no chão, com uma pancada na cabeça escureceu.

*****

Acordei encarando uma lareira grande, então percebi o sofá vermelho vitoriano em que estava deitada com um manto por cima de mim.

Com certeza não era a minha casa.
Quando tentei me sentar desistir assim que senti minha cabeça latejar. Toquei em um ponto dolorido perto da minha orelha,
uma ferida. Não demorou muito para me lembrar o que acontecera para estar ferida na cabeça, mas isso não explicava a casa luxuosa e aconchegante. Janelas e cortinas altas pendiam pouco abaixo do teto. Nas outras paredes haviam prateleiras com livros empoeirados e pintura suspensas com homens em cima de cavalos garanhões. Um piano estava ao lado da janela que deixava o pouco brilho da lua passar. O restante da iluminação dourada era da lareira porque os abajures estavam desligados.

Coração de Gelo (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora