Capítulo 15

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"Hoje passarei em seu quarto" -
Falou uma voz em minha cabeça, já até sabia quem estava entrando em minha cabeça.

- Nem pensar! - sorri com um sorriso amargo.

- O que disse? - perguntou Britney ao meu lado na sala de aula.

- Nada não, só pensei alto.

Depois da aula de história e outras duas aulas consecutivas foi o horário de intervalo onde Brit e Chris seguimos para o refeitório.

Quando chegava no refeitório Will apareceu na minha frente, Brit continuou seu caminho quase bufando por ter que me deixar para trás, mas o Chris permaneceu.

- Oi. - falou ele e me deu vontade de o esbofetear.

Foi um choque quando percebi que foi isso que tinha feito por impulso, com o tapa ele virou a cara com certeza por encenação, pois ele é um vampiro e eu uma simples humana.

Ele olhou para mim muito sério e com uma cara de menosprezo, ele estava mesmo irritado.

Christian se colocou de pé em minha frente.

- Saía da frente eu não vou machuca-lá, só quero conversar com ela.

- Isso é ela que dirá.

- Está tudo bem Chris, eu falo com ele - nem conseguia ver o Will, pois os dois eram grandalhões e por esse motivo o Chris tapava a minha vista com sua costas virada para mim.

Chris se retirou indo atrás da Brit enquanto Will me conduzia para um canto e percebi que todos olhavam para nós.

- O que foi agora! - falei brava por ele ter a cara de pau vir falar comigo - veio falar que foi um erro termos nos... - ele me interrompeu tapando minha boca com a mão.

- Tenho que ir - falou ele sussurrando em meus ouvidos e logo saiu do refeitório.

E quem entrou no refeitório foi Joseph seu tio e professor de história.

- Olá Mell! - veio ele em mim.

- Olá professor Steinfeld.

- Só estava passando aqui para lhe dizer que você está liberada no último tempo para me ajudar nos preparativos e iremos fazer isso na biblioteca.

- Claro! - falei com um sorriso forçado, pois Wil tinha acabado com todo o meu ânimo como sempre.

Assim o professor foi embora. Mas...o que Wil queria me dizer e por que foi embora assim sem mais nem menos?
Com certeza não era nada de grande importância, então que ele fique com a ridícula da oxigenada!

Fui me sentar com a Brit. Ela me olhava com um olhar suplicante.

- Tá eu te conto tudo - falei e assim ela sorriu.

Contei a ela tudo o que aconteceu de verdade depois da festa da oxigenada da Nina, menos a parte de que Wil era um vampiro, mas de qualquer forma ninguém acreditaria. Também não disse sobre minha paranóia de eu achar que era perseguida por um vampiro. Falei sobre o beijo e o que aconteceu hoje quando cheguei ao colégio.

Ela ficou indigitada com exatamente tudo. Ficou indignada por eu estar gostando ele, por eu ter beijado ele e por ele ter sido um idiota comigo sem motivo algum.

- Eu vou agora falar (gritar) com ele. Ele não pode ter tratar assim. Eu mato ele sem piedade - falou ela se levantando.

- Ei! - puxei ela para se sentar novamente - você não vai a lugar nenhum. Deixe as coisas como estão.

- Mas ele é um...

- Idiota eu sei! Mas não vamos gastar energia com quem não merece, vamos o ignorar. Eu que fui a boba de ter acreditado nele, que eu pague as consequências.

- Ou que ele pague por você.

- Para de filosofar e vamos pegar os livros do próximo tempo.

- O meu é matemática! - choramingou ela.

- O meu física.

Depois fui liberada no meu último horário e fui diretamente para a biblioteca.

Enquanto andava pelo corredor Wil entrou em minha mente de novo "me espere, precisamos conversar!"

- Não Wil! - falei, pois onde ele estivesse me escutaria.

- Você precisa me ouvir! - ele apareceu do nada na minha frente me assustando e me fazendo parar.

Revirei os olhos cansada dessas coisas de vampiros. O contornei e continuei meu caminho para a biblioteca, pois já estava perto.

- Pare de agir como uma criança e me escute - ele me acompanhava sem esforços enquanto eu quase corria.

- Eu não quero nada que venha da sua boca.

- Ontem você não pensava assim enquanto me beijava.

- Foi um erro!

- Porque você está dizendo isso?

- Vai atrás da oxigenada.

- Achava que você tinha certeza dos meus sentimentos por você, não era para você sentir ciúmes dela.

- A única certeza que eu tenho é que eu quero você o mais longe possível.

- Você nem quer me escutar!

- Não vou escutar um monstro em todos os sentidos! - gritei me virando à ele para olhar em seus olhos.

- Ótimo! - falou ele severo.

- Ótimo! - falei zangada.

- Se é isso que a senhorita deseja! - falou ele sumindo como um vulto.

Entrei na biblioteca nervosa, o professor não havia chegado ainda.
Minutos depois ele entrou.

- E aí! Animada! - falou ele.

Coração de Gelo (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora