Capítulo 11

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Abri os olhos e minha visão embaçada aos poucos foi voltando ao normal.

Eu estava deitada em um sofá macio de frente à uma lareira acesa em um cabana pelo o que parecia no tamanho.

Quando me sentei gemi de dor colocando as mãos na cabeça.

O que eu fazia ali?

Levantei jogando o cobertor para o lado e fiquei alerta quando me lembrei da última coisa que havia acontecido.

Coloquei a mão no pescoço, ainda doía muito, mas tinha um curativo.

Calcei meus sapatos que estavam ao lado da porta de saída, a abri e dei de cara com ele.

- Vai à algum lugar? - perguntou William de um jeito sombrio, trazia consigo algumas sacolas nas mãos.

- V-você vai me m-matar? - perguntei gaguejando andando para trás a passos lentos.

Ele sorriu.

- Se eu quisesse, já estaria morta! - falou ele entrando e batendo a porta ao entrar - Trouxe agasalho para você, comida e remédios, pelo tanto que bebeu deve estar com uma dor de cabeça feia.

- Você... - hesitei - Você é um vampiro?

- É mesmo uma pergunta?

Não disse nada.

- Desculpe por isso. - apontou para o pescoço - Você ia gritar e estava nervosa demais. Não ia conseguir explicar as coisas com você dando chilique. Então o melhor jeito que encontrei para você se calar quando começou a gritar foi isso. - ele colocou as sacolas em cima de uma mesinha de canto, ele voltou com aquele jeito dele normal de quando o conheci.

Aproveitei que estava de costas e corri até a porta. Antes de conseguir a abrir ele já estava na minha frente.

- Não faça isso, lá fora está uma nevasca! - pegou meu braço e me arrastou até o sofá - Começou depois que parou de chover. Foi uma noite louca!

- O que você quer comigo? Vai me contar tudo e depois me calar para sempre? - falei com lágrimas se formando nos olhos, eu esperava pelo pior.

- Ei... - ele colocou as mãos no meu rosto carinhosamente, me contraí com o toque e ele se afastou - Eu não vou te matar. - Vi sinceridade em seus olhos que dessa vez estavam azuis, se curvou para ficar perto do meu rosto e olhou em meus olhos - Eu nunca mataria você. Na verdade se tornou a minha protegida agora. - deu um sorriso. Mas pude capturar raiva nos seus olhos, não de mim, mas de algo que o incomodava.

- Protegida? De quem está me protegendo? - quis saber.

- Você está fraca. Vou ir para a cozinha preparar algumas coisa e enquanto isso coloque o agasalho. - disse ele pegando uma das sacolas e indo para um cômodo do lado.

Vasculhei uma das sacolas e peguei as roupas que lá estavam. A noite estava fria, fiquei feliz ao sentir a maciez do agasalho quente.

Ele estava cozinhando alguma coisa.

- Essa cabana também é sua? Onde estamos exatamente?

- Planejando fugir?

- Não pode me culpar por desconfiar.

- Tem razão! - sorriu esquentando alguma coisa no fogão - Estamos na floresta, acho que não ajuda muito, mas estamos longe de qualquer civilização. Mas não se preocupe, não vou colocar as mãos em você.

- E a boca? - arqueei uma sobrancelha.

- Posso manter ela longe de você, a não ser que queira que ela passeie para alguns lugares! - sorriu com malícia.

Coração de Gelo (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora