Capítulo 17

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   Cheguei em casa no carro de polícia com o Harry.

   Entramos em casa e a Lucy veio igual louca em minha direção até me assustava a cara de preocupação dela.

   - Eu corri do hospital para ver o que tinha acontecido! O Harry não sabe explicar nada por ligação!

   - Foi um erro ter saído do hospital, pois eu estou bem. Sofri apenas uma torção bem feia - falei indicando o braço esquerdo com a tala.

   - O Harry disse que um tanto de prateleiras caíram por cima de você, me conte a história direita.

   - Amor foi exatamente isso que aconteceu - explicava Harry - em uma das prateleiras quebrou o pé desencadeando o tombo de todas as prateleiras em cima da Mell.

   - E foi logo em cima de mim, porque uma coisa que eu nunca tive, não tenho e nunca terei é a maldita sorte que nunca bate em minha porta! Mas o bom que me deram dois dias para me recuperar um pouco, pena que foi no braço esquerdo, se fosse no direito ficaria mais dias em casa.

   - Tem certeza que não quer ir para o hospital? - perguntou Lucy.

   - Madrinha você é enfermeira e sabe que uma torção não é um bicho de sete cabeças que deve toda essa atenção. Eu estou super bem! Só quero ir para o meu quarto, deitar na minha cama e aproveitar meus dias de folga com o meu cachorrinho fofo!

   - Tudo bem! Melhoras! Vou voltar para o meu trabalho - falou ela.

   Subi para o quarto e coloquei mais ração para o Wil.
   Arregalei os olhos quando uma incrível idéia veio em minha cabeça. Corri para ver se a Lucy ainda estava em casa.

   - A madrinha já saiu? - Perguntei para o Harry que vestia o colete a prova de balas.

   - Saiu agora com o carro, porque a pergunta? O braço piorou?

   - Não. Eu quero passar meus dias de folga das aulas na casa da Brit. E quero ir hoje!

   - Mas já é noite. E amanhã de manhã ela irá ir na aula.

   - Não importa! Eu vou hoje, ainda é sete da noite e amanhã durante a manhã fico com a mãe dela e o irmãozinho mais novo.

   - Mas já ligou para ela?

   - Agorinha! - menti.

   - Tudo bem. Vou pegar trabalho daqui a pouco, então eu te levo e aviso a Lucy quando ela voltar do trabalho.

   - Valeu! Vou fazer a mochila bem rápido! Juro não demorar!

   Subi para o quarto e liguei para a Brit falando que está indo para sua casa e dizendo que precisava da sua ajuda.
   Não demorei para fazer minha mochila que não tinha muita coisa, fui na caixinha onde guardava minhas economias e guardei todo o dinheiro na mochila. Logo desci.

   - Você disse que não ia demorar!

   - Não seja dramático! Não demorei nada.

   - Vamos indo depressa, não posso me atrasar.

   - Ainda está investigando o caso do meu professor?

   - Sim. Esta mais confuso do que tudo. Tenho gravações das câmeras de segurança e só mostra seu pescoço se virando rápido para o lado e ele cai no chão morto.

   - Minha nossa Harry! Não me fale coisas assim ou vou ter pesadelos.

   - Fresca! Achava que tinha estômago forte - falava já no carro dando a partida.

   - Mas ele morreu de que? Você falando assim parece que ele sofreu um enfarte estranho, mas ouvir dizer que ele foi assassinado.

   - Na autópsia mostrava que ele levou um golpe que causou o ferimento no pescoço, como se tivessem quebrado o pescoço dele. Mas não mostra ninguém na hora da morte. Está mais complicado do que qualquer caso.

   - Estranho. Só não desista.

   Ao chegar me despedir do Harry.

   - Se divirta! - falou ele e assim prosseguiu.

   A mãe da Brit estava já na porta me esperando para entrar.

   - Boa noite Melanie! - falou ela com um sorriso encantador - o que aconteceu com seu braço.

   - Sofri uma torção na escola.

   - Educação física? - idealizou ela.

   - Biblioteca! - ela fez cara de incrédula - pode crer! Não é um assombro eu me dar mal em qualquer lugar!

   Subi para o quarto da Britney.

   - Oi Brit - falei entrando no quarto dela que estava com a porta aberta e logo fechei - preciso muito da sua ajuda.

   - Pode contar comigo! Mas o que é? - ela estava mesmo animada em aprontar.

   - Só não surta tá bom? - ela confiou com a cabeça bem concentrada no que eu iria dizer - Lá vai... Vou para o Texas!

   - O QUE? - falou (gritou) ela - mas fica longe! Em outra cidade! Em outro estado!

   - Eu sei, eu sei! Já tive aula de Geografia também! Mas vou de avião e tenho dois dias, você só vai me encobertar!

   - Mas porque você quer ir para lá? Conheceu um cara nas redes sociais? E se ele for um pedófilo? E se ele te matar? Você é doida!

   - Não! Não conheci ninguém! Você nem deixou eu acabar! - ela pareceu se tranquilizar - eu vou lá, você irá me encobertar fingindo que estou passando esses dias na sua casa para o Harry e a Lucy. Já a sua mãe pode saber que só passei aqui para colocar o papo em dia e fim de história! Pego um avião e volto bem rápido!

   - Entendi tudo! Mas você não me disse porque você irar ir para lá!

   - Tenho que pegar umas coisas na minha antiga casa! Quanto menos você souber será melhor, não é nada de perigoso, eu vou e volto bem rápido, amanhã de tarde vou já está no avião, não se preocupe, qualquer coisa eu ligo.

   - Você está me preocupando. Que coisas são essas?

   - Não é algo muito importante, mas para mim é. É algo pessoal. De família.

   - Mas e se acontecer algo com você? Vou me sentir culpada pelo o resto da minha vida!

   - Não vai não, pois não vai acontecer nada. Mas eu já tenho que ir agora mesmo, não posso demorar. Qualquer coisa eu te ligo. Não tem nada de perigoso e vai ser bem rápido, vou ligar para você o tempo todo para não se preocupar.

   - Tudo bem! Mas tome muito cuidado, tipo desconfie até mesmo da sua sombra e me liga sem parar, tudo bem? Só vou te ajudar por ser algo importante para você.

   - Te amo! - a abracei e logo desci com ela para ir embora.

   - Se cuida! - falou ela quando eu sai pela porta.

   - Não se preocupe!

   O bom que a casa dela não é igual a minha, não fica afastado de tudo, muito pelo contrário é cheio de casas e comércios por perto, bem movimentado. Não demorei para pegar um ônibus que levava para o aeroporto que também não era muito longe e minha passagem já tinha reservado pela Internet do meu celular, conseguir um vôo para daqui a três horas.

   Chegando no aeroporto peguei e paguei minha passagem, me sentei para esperar por três horas o avião chegar, como não tinha comido nada ainda comprei um hambúrguer e refrigerante, iria encher minha barriga e ajudar a passar o tempo. O aeroporto estava mesmo cheio, sorte ter conseguido uma passagem de última hora.

   O meu vôo chegou e logo embarquei no avião. Logo, logo estaria no Texas!

   Estava ansiosa para chegar lá, havia muito tempo que não via minha casa, a dez anos para ser exata. Será que está muito diferente? Lembro que era uma amarela de dois andares, era um território bem grande, na frente com várias árvores e um lindo jardim, será que mudou muito?

  

Coração de Gelo (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora