Londres, Casa, 18:50.Era o grande dia, eu havia passado a semana nervosa. Sério, eu praticamente não tinha mais aquelas coisas chamadas unhas. E eu já deveria ter chamado o taxi faz tempo, mas alguma coisa me impedia de chegar perto do telefone.
Eu parecia aquelas garotinhas de filme, que com onze anos que ficam com vergonha de falar com aquele garoto de revista super-mega-popular; o problema é, eu não tinha onze anos e eu não estava em um filme. Eu infelizmente estava em uma coisa chamada realidade, onde nem sempre as coisas funcionam do jeito que você quer, e quando eu digo nem sempre é praticamente nunca.
Então ouvi meu celular tocar, era Carlos.
- Sai de casa. - ouvi ao atender.
- Eu estou. - falei.
- Não, não está.
- Você está o que? me espionando? - perguntei.
- Algo assim.
Olhei pelo olho mágico, e lá estava ele, em um terno e os cabelos penteados, finalmente. Abri a porta e deixei-o entrar. Ele me olhava de um jeito reprovador, como se eu tivesse feito algo de errado, bom tecnicamente eu estava. Agir como alguém de oito anos não é algo bom, até onde eu saiba das coisas. Carlos não demorou muito para perder a paciência, disse que eu estava sendo ridícula e logo me colocou em um táxi.
Fomos juntos à festa, ele me olhava de um jeito frustrado de "eu não acredito que estamos atrasados" porém, não estávamos, chegamos lá por volta de 19:35 e cinco minutos de atraso não afeta nem uma mosca. Mas afetou Carlos que assim que pagou, saiu correndo em direção da casa.
A casa era enorme, tinha um portão gigantesco na frente e assim que você o atravessava, tinha um chão de pedrinhas que te levava ao um jardim lindo, cheio de flores e árvores e assim que você o cruzava, via uma mansão pintada de branco com algumas estátuas de gelo na frente, conseguindo se manter por causa do frio.
E assim entrei na casa, que tinha esse enorme salão com uma mesa enorme de comidas e garçons servindo bebida o tempo todo, e tinha um palco, provavelmente onde Ed iria se apresentar. Mal havia começado e já tinha umas vinte pessoas, cumprimentei os pais de Callie e é claro ela mesma. Estava usando um vestido branco comprido que a deixava parecendo uma sereia, e usava seus cabelos prendidos em um coque meio folgado.
- Uau, você está linda! Me fez sentir uma merda nesse vestidinho de flores. - falei demonstrando.
- Que isso, seu vestido é lindo e combina com você. Linda trança. - falou apontado para vinha trança embutida.
- Ah, obrigada.
- Parece que alguém estava animada... Do jeito que demorou e está arrumada.
- Parece que você deveria ficar quieta e guardar as coisas para si mesmas. - falei arqueando as sobrancelhas.
- Está nervosa? - perguntou.- Não. Digo, sim, mas eu...
- Relaxe, se você quiser ajuda é só me chamar; olha eu tenho que falar com Horace, ele acabou de chegar.- disse.
E por fim, me deixou no salão. E esperei Boyd, que era meu par. Como ele e eu estávamos solteiros, resolvemos ir juntos, como amigos, é claro. Estávamos conversando, e bebendo até que o vi cruzar a sala para pedir uma garrafinha d'Água e nossos olhos se encontraram, achei que ele ia vir falar comigo, mas não. Só abaixou a cabeça e voltou para ajeitar o violão. Até que Boyd veio me perguntar o que era.
- Ah nada, só, Ed está lá. E eu não sei o que dizer. Não sei o que ele quer dizer. Não sei o que ele quer ou eu quero então eu estou enlouquecendo, posso?
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She
RomanceAnne Mcfinn, é interna no hospital Oliver Green Memorial Hospital, e de repente algo inesperado sai da sala de radiologia , o famoso cantor ed sheeran. Seu ex, de Suffolk quando tinham apenas 16 anos. capítulos cheios de emoções, términos, mágoas...