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Londres, Casa, 4:26

Nas últimas semanas, todos me olhavam com reprovação, a diretoria apesar de estarem desapontados disseram que iriam me acobertar e que foi apenas um acidente, mas eu sentia na voz deles. Callie, Boyd e Carlos me apoiaram é claro. E eu agradeci.

Mas voltando ao agora. Estava na cama, o quarto estava escuro, e senti um queimar forte no meu peito, com dificuldade de respirar percebi que estava tendo um ataque de asma. Fraca, puxei Ed, que dormia na minha casa, pelo braço, que não acordou, então me derrubei da cama para procurar a bombinha. Mas não consegui. Cada vez meu peito doía mais, tentei gritar e nada saia. Então comecei a me rastejar e assim puxei Ed com força. Ele acordou de um pulo, ouvi-o tatear a procura de mim na cama e ao não me sentir, correu até a porta e ligou a luz. Assustado, pegou o celular e chamou uma ambulância.

Após finalizar a ligação. Ele me pegou pelo colo e correu em direção da porta.

- Anna! Anna! Fique aqui comigo! Cadê sua bombinha? - berrou.

- Não sei. - falei respirando com muita força.

Sem tempo a perder, ele desceu de escadas com pressa e abriu o portão, assim pude ouvir as sirenes da ambulância. Me puseram em uma maca com um nebulizador e assim perdi a consciência.

Hospital, 5:21, Londres.

Acordei em um quarto sozinha. E vi Ed dormindo do outro lado da sala. Dei um soco na mesa ao lado, na esperanças de fazer barulho e acorda-lo. Eu precisava dele naquele momento. Eu precisava de alguém para me abraçar. Mas nesse mesmo momento ouvi minha mãe entrar desesperada pelo quarto.

- Anna, Anna querida! - exclamou, Ed acordou assustado.

Minha mãe veio correndo em minha direção me sufocando e ao mesmo tempo me abraçando. Ela tinha lágrima nos olhos. Ed se aproximou, mas não se atreveu ao interver. Assim, por um bom tempo ela ficou e finalmente perguntou o que havia acontecido para eu ter esse ataque.

- Parece que o ataque aconteceu por causa do estresse, então sugeriram ela ficar quatro dias fora para se acalmar. - disse Ed.

- Edward... Que bom te ter em uma hora dessas...- disse minha mãe ao abraçá-lo com força.

- Ok, Ok, muitas felicidades... mas eu preciso que vocês saiam e a deixem descansar. - disse uma voz familiar.

Ao virar meus olhos vi Charlie na porta, Droga! Será que ele estava bravo por causa do outro dia? Ed e minha mãe assentiram e saíram. Deixando só eu e Charlie na sala.

- Charlie... Olha desculpa pelo outro dia. Eu fui uma idiota e eu estava estressada. - falei suspirando.

- Não tem problema querida. - disse, me fazendo arregalar os olhos com o apelido. - Aquele é o Ed Sheeran não é? O cantor. O que ele está fazendo aqui?

- Meu namorado. - respondi.

- Ah. - falou.

- O que tem? - perguntei.

- Nada. É que alguém tão linda quanto você merecia alguém mais à sua altura... - disse rindo.

- Ele está a minha altura. Ele é lindo. - falei começando a me irritar com o jeito arrogante.

- Claro que é. - respondeu. - Estava brincando, exceto na parte que você é linda...

- Oras, é... obrigada. - falei.

Ele deu um sorriso mostrando seus dentes brancos perfeitamente alinhados e deu mais uma de suas piscadinha. E continuou a observar o prontuário.

Então mais tarde quando finalmente saí, passei o dia com Ed em sua casa, ele estava escrevendo uma música. Estávamos sentados na cama de seu quarto enquanto ele tentava dar um nome para música. Ele estava em uma pausa de um ano, preparando um álbum novo.

- Vou chamá-la de "Anna e Ed" - disse.

- Muito original.  - falei, me sentando atrás dele e me apoiando meu suas costas.

- Vou começar. "Anna era uma menina amargurada e cruel" - disse rindo. - "Que amava um belo homem chamado Edward, ela não consegui resistir ao charme daqueles cabelos cor de cenoura"

- Acrescenta aí "Ed era um garoto gordo e ruivo que mesmo depois de se mandar nunca deixou de amar Anna, a menina mais linda do que todas as namoradas que Edward teve. " - Completei rindo enquanto ele anotava.

- Gordo? - perguntou pondo a mão no peito fazendo uma careta se fingindo de ofendido. - A comida precisa de mim, Anna.

Ele se virou para trás, e me inclinei dando um beijo forte e apertado nele. Entrelaçando minhas mãos em seu pescoço e as deles em minha cintura. Até que me inclinei demais e juntos, caímos da cama, explodindo em risadas.

- Você não se machucou? - perguntou.

- Não, e você? - respondi.

- Você caiu em cima de mim. O que acha? - disse.

Me tirando em cima dele, dei um beijo em sua bochecha. E passei a mão em seus cabelos, e observei cada detalhe daquele rosto. As sardas que pareciam uma constelação desenhando suas bochechas, os cabelos, sempre embaraçados como se tivesse acabado de acordar e finalmente os olhos, olhos que eram como um lago que me faziam entrar em transe, um azul que fazia ter vontade de mergulhar fundo.

- Droga Edward! -exclamei.

- O que eu fiz? - perguntou se levantando.

- Droga. É como você fosse uma droga entendeu? Você mexe com meu psicológico, nunca ninguém nesse mundo que eu conheço se apaixonou tão rápido o quanto eu me apaixonei por você. Você me tira do sério, de um jeito bom. Você é o homem que pode me fazer a pessoa mais feliz do mundo e também pode me despedaçar ao meio. Por isso Droga. - falei.

- Eu amo seu senso de humor. - disse rindo olhando pro teto. - e o principal, eu amo você.

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