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10.

Hospital, 13:21, Londres.

Então, fazia um mês desde que Ed e eu começamos a namorar, e nós estávamos muito mas muito felizes. Era como se namorássemos há anos. E parecia que tudo em nós se encaixava. Sério. Ele me mandava mensagens todos os dias, e imagens, principalmente de gatos com alguma roupa engraçada ou vídeos de gatos. Enfim, aquela segunda-feira cinzenta dê fevereiro eu estava no Hospital, com a residente Riley, que compareceu ao nosso pré-natal, uma garota média, cabelos castanhos acobreados, olhos castanhos e a cara coberta de sardas. Estávamos na sala de Emergência, eu checava alguns pacientes que tinham acabado de sofrer um acidente de carro, e eles eram uma família de seis pessoas.

- Garota, veja se minha mulher Addie está bem? Não a vejo faz horas, desde o acidente. - dizia o pai, enquanto eu checava seu abdômen.

- Queridinha, meus filhos Sara, Julian e Victor estão aí? Minha filha que quebrou o braço, meu filho Julian de oito anos abriu a cabeça e meu outro filho Victor de dezesseis teve uma lesão no pescoço. Procure eles, Aí! Cuidado! - dizia Addie, com sua voz fina e irritante enquanto eu suturava sua bochecha.

Então na família tinha um pai, uma mãe, seus três filhos mas havia mais alguém no carro e eu tinha que descobrir quem era, enfim, fui olhar os filhos da mulher. Que pareciam completamente estáveis apesar de estarem lesionados. Estavam todos brigando.

- Eu não acredito! Se papai tivesse ao menos olhado...- dizia Sara apontando para o braço engessado, ela parecia ter uns dez anos.

- Se ao menos Julian não tivesse chamado a atenção de papai para outra coisa menos importante que nossas vidas. - disse Victor emburrado, sem conseguir mexer.

- Eu só queria mostrá-lo uma coisa que estava na frente dele! Não foi por causa disso que batemos, talvez foi porque papai ficou distraído com esse seu fedor. - dizia o menor tapando o nariz.

E um monte de cabecinhas loiras pequeninas começaram a discutir, e eu pigarreei alto para demonstrar minha presença. E todos ficaram quietos. Dei pontos na cabeça de Julian, o que foi difícil pois o menino não parava de se mexer, e verifiquei suas pupilas. Peguei a radiografia de Victor e não havia nenhuma fratura. E por ultimo, nem por isso menos importante, chequei Sara, e parecia estar tudo certo com eles.

E então fui almoçar, para depois procurar a outra pessoa no carro, se não tivessem já descobrindo, é claro. Peguei minha bandeja e coloquei batatas fritas em um pote, peguei um suco e me sentei ao lado de Kendra e Callie, onde estava nossa mesa, como sempre, Eu, Carlos, Callie,Kendra, Boyd e Carlos. Todos conversavam sobre uma remoção de um tumor que era inoperável e como Hooch brilhantemente conseguiu tirar.

-Uau. Parece que o dia de vocês realmente foi divertido. - falei tomando um gole.

- Querida, foi tipo a selva. Mas me conte sobre o seu dia. - disse Carlos enquanto pegava uma batata.

- Bom eu passei o dia na Sala de Emergência, atendi uma família que havia sofrido um acidente de carro. E não consigo achar a sexta pessoa do carro. - falei. - Mas nada tão interessante quanto Hooch né?

- Ah querida, relaxe, eu lido com coisas assim o tempo todo. - disse Kendra, enrolando seus cabelos. - Como vai o namoro?

- O sexo é bom? - perguntou Carlos sarcástico.

- O namoro vai ótimo, se vocês querem saber mesmo. - falei ignorando o comentário idiota de Carlos.

-Pelo visto não. - disse.

Apesar do comentário eu não pude evitar de rir, não que fosse engraçado. Mas eu estava feliz, eu não era mais a Anna a garota amargurada eu era Anna a garota estupidamente feliz que parecia achar graça em tudo.