Drunk

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Lauren a maior maconheira que você respeita

-*-

"Espera." Me afastei ofegante. "Isso não quer dizer que voltamos, eu não vou esquecer isso tão cedo e não quero voltar com você sabendo que toda vez que eu te olhar aquela cena vai se passar na minha cabeça, eu quero o meu tempo, vamos ficar normais, amigas, podemos sair com o grupo, como tudo antes, mas eu não quero me relacionar com você agora." Respirei fundo me encostando na parede, vi Camila engolir em seco.

"T-Tudo bem, eu respeito o seu tempo, eu espero o tempo que você quiser." Eu assenti.

"Vou embora." Sorri fraco e fui até a porta abrindo-a em seguida, pulei de susto ao ver Dinah cair no chão com tudo.

"Porra!" Ela gemeu acariciando a bunda.

"Isso que dá escutar a conversa alheia." Sorri cínica e sai da sala para fechar a porta novamente. "Eu preciso beber." Puxei-a do chão.

-*-

"IN THE NAME OF LOVEEEEE." Berrei abraçando Dinah e gargalhei em seguida com a sua careta.

"Puta que pariu eu não sou surda não filha da puta." Ela me deu um tapa e eu continuei rindo voltando a me sentar na minha cadeira, minha visão já estava ficando turva pelas várias doses que eu bebia sem pausas, Dinah estava bebendo menos porque ela nos levaria para casa, mas ela já estava completamente bêbada também.

"Moço me dá mais uma aí." Pedi batendo no balcão e ele veio até mim.

"Não acha que já exagerou demais moça?" Ele ergueu a sobrancelha e eu engasguei indignada.

"Eu estou suppperr bem!" Gritei. "Agora me dá isso." Resmunguei tentando pegar a garrafa da sua mão mas ele tinha muito mais força, ele estava rindo de mim!

"Acho melhor você levar sua amiga para casa." Ele falou com Dinah e eu revirei os olhos encostando a cabeça no balcão, eu só queria beber mais um pouquinho.

"Moço eu não consigo nem levantar imagina levar essa baleia para casa." Levantei a cabeça indignada e bati no braço dela que ria junto com ele.

"Eu não sou gorda!" Fiz bico e fingi começar a chorar, Dinah arregalou os olhos.

"Lo não chora!" Ela pediu desesperada e eu sorri convencida. "Filha da puta." Ela cerrou os olhos, ri voltando a me ajeitar na cadeira.

"Eu quero só mais uma dose vai." Olhei para ele com cara de cachorro pidão e ele riu negando com a cabeça. "Dinah vamos para outro bar, aqui eles não atendem bem!" Me levantei tentando puxar ela mas acabei caindo tonta, comecei a gargalhar.

"Jesus amado." A Dinah veio me ajudar a levantar com o moço lá e eu consegui levantar, resmunguei sentindo minha cabeça doer um pouco.

"Eu to com sono." Choraminguei indo para os braços da Dinah.

"Aí meu Deus o que eu faço com vocês." Escutei a voz masculina mas ignorei, os peitos da Dinah estavam quentinhos, coloquei a língua para fora e lambi gargalhando em seguida.

"Aí, sapatona." Dinah deu um tapa na minha cabeça rindo junto.

"Eu vou tentar colocar alguém no meu turno e levo vocês duas para casa tudo bem? Aliás, eu sou o Zayn." Sorri grogue e levantei o polegar, ele saiu deixando eu e Dinah esperando.

"Ele é muito gato, se eu fosse hetero eu dava viu." Dinah disse e eu ri me afastando dela.

"Eu não consigo ver o rosto dele." Murmurei pensativa, eu estava muito bêbada mesmo.

"Voltei! Olha meu carro não é o dos melhores, espero que não se importem." Ele sorriu envergonhado e começou a andar na nossa frente, olhei para Dinah que fez uma cara de 'awn' e começou a me puxar, eu estava mais tropeçando do que andando mas tudo bem.

Nós chegamos no carro que eu nem fiz questão de olhar, apenas entrei na porta que ele abriu e encostei a cabeça no banco, eu estava começando a ficar zonza, espero que eu não vomite.

"Onde que eu vou?" Ele perguntou assim que sentou ao meu lado.

"Vamos para a minha casa, se os pais da Lauren vê ela assim depois de um mês de depressão no quarto vão mandar internar." Dinah gargalhou.

"Eu não estava com depressão!" Grunhi.

"Tudo bem, diga o endereço que eu coloco aqui no gps."

Esse Zayn andava muito devagar, até parecia aqueles carrossel, eu estava vendo a hora de vomitar, olhei para ela e eu ainda não conseguia ver direito seu rosto, tava tudo borrado, agora eu entendi os míopes.

"Zayn." Chamei e ele fez um som nasal. "Você que tem pinto, quando uma garota te pega sem você querer e te aperta aí você acaba abaixando a guarda porque é um lugar frágil né? Okay, mas você beijaria uma pessoa do passado que te fez muito mal, te traiu, acabou com você, sua primeira paixão e tals, aí ela volta querendo te beijar e você beija ela por impulso e para descontar a raiva dela, você faria isso?" Questionei embolada, eu não sabia o que tinha falado direito, acho que eu falei a situação da Camila certo.

"Ah." Ele tossiu. "Eu não sei? Porque tipo, sentimentos são fodas né? Um coração quebrado sempre será um coração quebrado não importa quanto tempo passe, e se você leva um baque com a presença de alguém de muitos anos você fica meio perdido, mas eu sei lá, não posso dizer que não beijaria ou que sim, depende do meu estado e do tamanho da minha raiva."

"Bêbado e muita raiva."

"Talvez então." Ele deu de ombros e eu assenti, voltando a olhar para frente. "Chegamos meninas." Ele avisou ao estacionar, olhei para Dinah mas ela já havia saído do carro, acho que alguém foi vomitar. "Não sei o que aconteceu com você mas tempo é tudo o que você precisa e não bebidas ok?" Ele me olhou com um sorriso fraco e eu pisquei os olhos, finalmente vendo um pouco do seu rosto. Ele era lindo.

"Obrigada, Zayn." Sorri agradecida, abri a porta do carro mas sua voz me parou.

"Se você quiser pode me ligar." Ele riu envergonhado e me estendeu um cartão de petshop, mas seu número estava escrito atrás, até pensei que ele tava me chamando de cachorra.

"Ok, obrigada por cuidar de nós." Acenei e fechei a porta indo até Dinah que estava jogando suas tripas fora no mato em frente ao prédio.

-*-

Um rival para a Camilinha ou um amigo para a Lauren? rsrsrs

Tattoo (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora