Capítulo 3

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Pov. Matthew

Tudo o que eu gostaria de saber é o porquê de ela estar chorando. Eu toquei o ombro dela e perguntei:

- Está tudo bem?

- Eu acho melhor você ir embora - disse ela chorando furiosamente.

- Eu só quero te ajudar. - disse olhando seus lindos cabelos que caíam sobre o rosto vermelho.

Eu não tinha gostado dela de primeira vez. Ela era muito impaciente. Porém, eu tentaria ajudá-la, como faria com qualquer um. Nenhum tipo de interesse singular nela. É claro que não. Mesmo porque eu gosto de Rafaella. Porém, ver a garota chorando partia meu coração

-Eu não preciso da sua ajuda, assim como não precisava de sua grosseria naquela hora que você me derrubou. Não se pague de bonzinho, porque eu conheço pessoas como você. Não se importam com ninguém e fingem ser alguém que não são. Prefiro pessoas autênticas e honestas. Agora por favor, vá embora

- Você nem me conhece para tentar adivinhar quem sou eu. Essa sua atitude arrogante pode te destruir. Não se julga alguém dessa forma. Foi um erro tentar ajudar você

- Não vale a pena conhecer alguém como você. – ela gritou – E eu NÃO preciso de sua ajuda. Pare de tentar bancar o herói que eu não sou uma garotinha indefesa!

Fui embora totalmente bravo com ela. Que garota mais estressada. Não sei porque tentei ajudá-la. Fui em direção a minha cabine. Para melhorar o meu humor, chegando lá, encontrei Rafaella:

- Atrasado de novo, Matthew?

- Para quê? – perguntei sem paciência – Para você gritar mais um pouco comigo?

Ela abaixou a cabeça:

- Sinto muito por minha atitude, mas eu não estava errada. Poderíamos ter perdido o navio e...

- MAS NÃO PERDEMOS! - gritei e respirei fundo – Escute, eu sinto muito, mas se vamos ficar um mês aqui, não podemos brigar por qualquer coisa

- Concordo – respondeu ela tocando meu braço – Mas é porque eu fiquei esperando muito por essa viagem. Você sabe que eu sonho com isso. Mas esqueça, de qualquer forma. Nós temos que nos arrumar para a festa que teremos hoje.

* * *

Pov. Sam

Quando finalmente consegui parar de chorar e ir pra minha cabine, já era fim de tarde. Cheguei lá e Jack estava me esperando com uma rosa em suas mãos:

- Oi Sam. Eu queria apenas te pedir desculpa por tudo que eu falei. Não era minha intenção te magoar.

Ele se aproximou de mim para um beijo, mas eu o afastei com a mão. Ainda não estava pronta para falar com ele de novo.

- Você acha que é assim tão fácil. Pisa em cima de tudo e todos quando for necessário, mas é só trazer uma rosa que tudo muda. Poupe-me.

- Escute Sam. Eu já pedi desculpas. O que mais eu posso fazer?

- Não é de rosas que eu preciso – disse tacando a rosa no chão – Preciso de confiança. Assim que você entender o que significa, talvez as coisas mudem.

Ele engoliu em seco e assentiu:

- Tudo bem... Olhe, eu sei que você não gosta muito e que está irritada comigo, mas vai ter uma festa preto e branco no navio. E eu comprei ingressos para nós. Vamos por favor? Talvez seja a minha chance de me redimir

Dizendo isso, ele me beijou e dessa vez, não tive tempo de recusar. Poxa, por que eu cedi? Como sou idiota. Mas não queria brigar com ele. Teria que aguentá-lo por um mês. Brigar não adiantaria. Eu me afastei e fui me arrumar, enquanto ele saia da cabine.

Uma Viagem ImprevisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora