Capítulo 9

2 1 0
                                    

Pov. Autora – Ano 1830

A moça saiu de casa. Uma beleza inconfundível na cidade de Ilhoyts, uma linda ilha localizada no coração do Atlântico. Seu destino era o mercado. Sua mãe a mandara lá para comprar grãos de café. O mercado estava fechando quando ela estava a poucos metros da entrada.

- Esperem... Esperem! - ela corria desesperada. Ela mal viu quando tropeçou em um buraco. Ia de encontro ao chão, quando braços fortes a seguraram.

Ela olhou para cima e se deparou com um lindo moço. Cabelos negros e olhos azuis. Um sorriso cativante e bondoso. A dama quase não reparou nas roupas rudes e simples do rapaz.

Eles se entreolharam por um segundo. Ela, obviamente de classe alta. Ele, obviamente da baixa. O vestido vermelho de seda da moça bruxuleava ao vento contrastando com as roupas de operário do rapaz.

- A bela senhorita deveria tomar cuidado por onde anda. Seria horrível se você machucasse um rosto tão belo

A moça corou e sorriu:

- Isso não vai mais acontecer. Obrigada senhor, mas preciso ir.

A jovem loira começou a andar em direção ao mercado, que já havia visto a moça se aproximando e atrasaram o fechamento. O moço, encantado com o andar firme e frágil da moça arriscou:

- Senhorita, você pelo menos me daria a honra de dizer seu nome

Ela olhou para trás e sussurrou:

- Lyla Mayne

- Prazer. Nicholas

Ela assentiu sorrindo e disse:

- Eu sinto muito, mas tenho que ir

E se foi em direção ao mercado.

Nicholas esperou a moça sair do mercado com um pequeno saco de grão de café.

Ele não aguentou e foi em direção à ela:

- Desculpe interrompê-la novamente, mas uma dama como você não deveria andar sozinha por aí... Eu poderia acompanhá-la?

Ela hesitou por um instante, mas viu que o moço não desistiria fácil.

- Tudo bem.

Ele sorriu e foi logo foi retribuído pela moça. E começaram a caminhar

Eles andaram até a linda mansão da moça. Nicholas reparava em como ela era linda. Uma beleza frágil, como uma boneca de porcelana.

- Chegamos - disse ela parando em frente a um grande portão dourado -Obrigada por me acompanhar, Sr. Nicholas.

- A sua disposição - ele fez uma reverência e beijou a mão da moça - Mas, antes de partir, a senhorita deve permitir que lhe pergunte...

- Sim... - esperou ela

- Será que poderíamos nos encontrar novamente?

Ela hesitou e olhou para a janela de sua casa, para se certificar de que ninguém a via. Parecia assustada.

Ela preferiu não dar uma resposta e adentrar o portão da mansão. Ele não desistiu. Ficou olhando para ela esperando uma resposta.

Ela se virou rapidamente e sussurrou:

Uma Viagem ImprevisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora