Encantadora Nany

Capítulo 7

-Até amanhã Noemi-disse e ia sair quando ouvi a Aurora chorar, a Noemi correu lá para cima

-Até amanhã menina Mel

Saí de casa e fui andando para a minha, quando entrei cumprimentei a Kelly e subi pra dormir...

***

Acordei e tomei um banho, vesti uma roupa que a Kelly preparou e fui trabalhar.

Estava ouvindo música quando alguma criatura me ligou

Ligação on

-Sua bruxa, você interrompeu minha música

-Oi, também amo você

-O que foi Ana? Você tá bem disposta demais

-Eu tô noiva

-Você tá o quê?!-perguntei não acreditando

-Noiva

-Você tá noiva com dezessete anos, e seu pai, de certeza que ele nem aceitou

-Ele diz que depois dos 18 posso fazer o que quiser, faço 18 amanhã

-Ata, olha cheguei no meu emprego, logo falamos

-Emprego??

-Longa história, até logo

Ligação off

Toquei à campainha e a Noemi abriu, entrei e fui direta à cozinha.

-Bom dia Noemi

-Bom dia querida

-A Aurora ainda dorme?

-Sim, já tomou o pequeno almoço?

-Não

-Gosta de panquecas??

-Não precisa eu...-disse mas ela começou a fazer a massa, encolhi os ombros e sentei na cadeira a ouvir música nos fones.

Estava distraída quando me cutucaram

-Então prontas-disse colocando um prato de panquecas à minha frente

-Estão muito boas-disse enquanto comia, acabei de comer e subi no quarto da Aurora.

Fiquei vendo ela dormir até ser interrompida por um grito da Noemi

-SOCORROOOO

Desci a correr e entrei na cozinha, vi a Noemi em pé em cima da cadeira, olhei na mesma direção k ela e comecei a gaguejar e gritar

-Co-co-co.... COBRAAA MEU DEUS SOCORRO UMA COBRA-gritei e saltei pra cima de uma cadeira que nem a Noemi

-O QUE SE PASSA?-um homem entrou em casa aos gritos e logo viu a cobra, ele agarrou nela com cuidado e foi embora com ela, minutos depois ele voltou.

-Prazer, Carlos Santos-disse enquanto eu saía de cima da cadeira

-Melissa Collins, babá da Aurora

-Bem, eu tenho de voltar, até à próxima-disse e saiu

-Aurora está dormindo muito hoje

-Ela ontem ficou acordada até tarde sabe? Acho que sentiu sua falta

-Impossível isso, nós conhecemos à menos de uma semana

-Menina Aurora é que nem senhor Henrique, se apegam fácil, mas pra desapegar...

-Tal pai tal filha...

***

Saí finalmente do trabalho, plenas dez da noite, Aurora só dormiu quando a peguei no colo, mas em fim.

Comecei a andar em direção da minha casa, estava caminhando tranquila quando pegaram meu braço.

-Quieta, só quero o celular e tudo de valor que você tiver-disse um homem encostado uma faca na minha barriga

-Próxima vez vai mais devagar-disse uma outra voz, uma voz que eu conhecia muito bem

Lágrimas começaram a descer minha face, o homem se meteu na minha frente e ficou me encarando

-Você me lembra alguém, qual o seu nome gracinha? Vou mencioná-lo quando for me gabar lá no morro que comi uma patricinha.-disse debochado

-Não sou patricinha, eu luto para ter o k quero, patricinha não, uma pergunta. Você sabe o que é crescer achando que o pai está morto? Não deve saber, mas no entanto, sabe abandonar a família, não é, Miguel Collins?-disse e ele arregalou os olhos

-Fi-fi-filha?-perguntou atónito

-Pra você é Melissa-disse desviando quando ele tentou me tocar

-O celular-disse o outro homem

-VOCÊ NÃO TÁ VENDO K É A MINHA FILHA OTÁRIO?! VAZA DAQUI-gritou e o outro saiu andando e entrou num carro

-Filha, deixa eu explicar

-Não quero suas explicações, agora vou pra casa

-Manda um beijo pra sua mãe e seu irmão

-Não vou dar beijo ao Daniel, e a minha mãe só recebe beijos enviados para o céu.-disse e uma lágrima escapou do olho dele

-Sua mãe... Morreu?

-Parece que sim-disse começando a correr.

Corri até casa e quando entrei estava tudo escuro, acendi as luzes e sentei no sofá a chorar.

-Eu te odeio pai...