5. Harry worried

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— Qual é o seu problema, garota?!

Perguntei, alisando o local dolorido.

— Você é meu problema, você!

— E por quê eu sou o seu problema?

— Você dá em cima do Harry, sua vadia!

— A única vadia aqui é você. Se não confia no seu namorado, a culpa não é minha, porra.

— Eu confio no meu namorado. Eu não confio no cio das putas que rodeiam ele!

— Acho que você não percebeu, porém é uma delas.

Ela pulou pra cima de mim e começou a arranhar meu rosto e meus braços. Eu entrei em desespero, sem saber o quê fazer, apenas tentava impedi-la de aprofundar suas unhas pelo meu corpo. Eu tive tempo apenas para sentir um alívio tomar todos os meus sentidos quando alguém puxou-a de cima de mim e gritou alguma coisa que eu não consegui ouvir pois tudo o quê eu pensava no momento era em explodir aquela idiota de diversas maneiras. Quando minha visão clareou, eu percebi a plateia que atraímos e em questões de segundos a diretora Thorne chegou. Tinha sido Harry, Harry quem tinha tirando-a de cima de mim.

— Que bagunça é essa?!

Kendall dividiu o olhar entre eu e a diretora várias vezes para finalmente ter o quê falar:

— Eu a empurrei sem querer e ela já ficou nervosa, correu para me atacar!

Eu não podia acreditar no quê estava ouvindo. Contei até três mentalmente, para não arrancar a cabeça dela ali mesmo, em frente à Thorne.

— Isso foi tão falso quanto os seus seios de enchimento! – Cuspi as palavras, virando-me para a diretora. – Olhe o quê ela fez!

A diretora ficou pasma e colocou os óculos no rosto para examinar melhor os hematomas e arranhões. Depois, fitou Kendall horrorizada.

— Você é a criadora disto?! – A idiota nada fez, apenas olhou para o chão. É óbvio que foi ela! – Para a diretoria, agora!

Kendall estacou no lugar e depois de uns segundos correu para a sala da diretora. A multidão foi se dispersando aos poucos e depois fui pega de surpresa por um Harry preocupado.

— Você está bem?! Ela te machucou, é claro que não está nada bem! Meu Deus, olhe o seu braço! – Ergueu meu próprio braço em frente ao meu rosto, como se eu já não estivesse sentindo dor o suficiente para saber. – E esses arranhões?! Calma, vamos dar um jeito nisso! Você está muito machucada! Olhe o quê ela fez com você! – Ergueu meu braço novamente. – Olhe!

— Hazza, para.

Ri. Ele não deixava de ser fofo.

— Desculpa, é que eu estou preocupado.

Coçou a nuca, um ato que pelo o quê percebi, é quando está nervoso. Puxei-o pela mão e entrelacei nossos dedos, apertando-os um nos outros. Sorrimos.

— Não precisar se preocupar, ok? Eu vou ficar bem.

— Vai mesmo?

Eu assenti, puxando-o para um abraço e, enquanto estava sentindo o maravilhoso cheiro amadeirado que exalava o pescoço dele, lembrei do sonho que tive e senti um formigamento por todo o meu corpo. Todos os cantos dele. Harry apertou minha cintura e deu um beijo casto na curvatura de meu pescoço. Casto eu digo não muito selvagem e não deixando de ser ousado, pois seus lábios fecharam-se contra a minha pele e sugaram-a, deixando mais uma marca avermelhada em meu corpo. Eu poderia pedi-lo para parar, mas não o queria, e isso era o quê mais me destruía. Meus dedos pressionaram seu ombros largos com força, poderia ser um pedido para pará-lo ou, ao mesmo tempo, para que ele continuasse. Sua boca traçou uma linha imaginária de meu ombro até o maxilar, arriscou subir mais um pouco e quando chegou na orelha soltou uma risada baixa e mordeu minha mandíbula. Suas mãos ágeis subiram pelas laterais do meu corpo e desceram novamente, até quase encostar na minha bunda. Foi exatamente aí que eu despertei.

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