Capítulo 12

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Cheguei à pensão um tanto que desanimada. O dia foi corrido e não vi ninguém que me interessante. Nem ontem e nem hoje.

Por mais que eu fizesse de tudo não havia nada à ser feito para que eu pudesse ir até o TRF. Minha imprensão é de que estava se escondendo de mim

Até quis ligar, nas duzentas vezes que chequei o celular em busca de mensagens ou ligações perdidas, mas não tive coragem. Ele devia ter tomado a decisão certa a se tomar em nossa situação.

Tomei um banho e fechei os olhos. Minha mãe estava com muita dificuldade ainda, mas até caminhava melhor, falava mais forte, mesmo estando muito silênciosa desde ontem, quando bati o pé para não entregar o presente que ele havia me mandando. Será que ela não entendia que o aparelho não seria só um meio de comunição entre o Juiz e eu, mas que também seria útil para ela e para mim, principalmente agora que ela tem feito o tratamento.

— Esperando que ele ligue?

— O quê?

— Está olhando para esse aparelho sem parar.

— Estou pensando. Só isso.

— Pensando em ligar para ele? Filha não brinque. Não conseguirá parar quando se vir na cama dele.

— Mãe, mas você só pensa nisso. Só sexo, sexo. Sabia que não sou mais virgem.

— Não esperava que fosse a sua idade, mas não é sobre isso que digo. É sobre um prazer que há no proibido. E é melhor se colocar no seu lugar filha. Com tantas mulheres lindas que deve haver em volta desse homem ele não ficaria com você a sério.

Não respondi, fechei meus olhos e fiquei pensando no que estava sentindo. E nas ultimas palavras de minha mãe. Ela tinha razão. Era melhor eu dar um jeito neste sentimento por agora antes que fosse tarde demais.

Na manhã de quinta-feira e eu estava apreensiva com a prova do dia seguinte.

— Então estamos combinadas? Não venho para o almoço, mas a moça irá trazer seu almoço e qualquer coisa peça para que eles me liguem.

— No telefone que doutor te deu?

— Isso neste mesmo. Que se ele não tivesse me dado não teria jeito de me ligarem. E sabe muito bem que não tenho gasto dinheiro atoa, estou economizando para a faculdade, se quiser manter o emprego e para que possamos em breve morar em um lugar nosso.

— E vocês tem se encontrado? – Meu Deus! Minha mãe não estava entendendo. Eu não trabalhava no mesmo lugar que o homem. Na cabeça dela eu devia trabalhar na sala ao lado da dele.

— Não. Ele trabalha em um prédio e eu em outro.

— E acha que acredito que isso seja impencílio para que vocês se vejam?

— Mas não estamos mãe. – Desanimada com a insistência dela, preferi responder apenas a verade e deixar que ela retirasse suas conclusões. E depois de ele ter ouvido o que ela disse outro dia sobre o aparelho de celular, talvez não quisesse me ver tão cedo ou nunca mais.

Fui para o trabalho e no caminho o telefone tocou. Corri para atender pensando ser da pensão. Mas era o número dele.

— Oi.

— Desculpe eu ter sumido depois da nossa conversa.

— Eu entendo e acho que é até melhor mesmo.

— Não. Não pense isso. É que é um tanto difícil de falar. Mas me dê até o fim de semana ou no mais tardar semana que vem e eu explico a você minha situação.

A Amante do Juiz! (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora