Capítulo 13

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Cairon

- Papai vem ver meu quarto novo. – O Pietro não queria saber, se a mãe estava ou não me convidando a entrar. Simplesmente puxou-me para dentro da casa nova onde iriam morar.

A Giovanna dava seu primeiro passo de liberdade. Ela aproveitou a sexta-feira para mudar e eu vim hoje a pedido dela ajudar na mudança. Se é que tudo está em muita ordem por aqui. Na verdade, tenho uma suspeita de que ela desejava que eu visse com meus próprios olhos onde o Pietro iria viver. E que de certa forma apoiasse sua escolha.

-Que lindo seu quarto filho. - Era realmente um quarto maravilho embora não seja infantil como o que ele tem na minha casa.

Assim que me viu sorrir, o moleque veio com as péssimas notícias. Ficaria o fim de semana com a mãe. Claro, estava empolgado com a casa nova, não devia ser diferente. Mas a desculpa era que precisava ajudar à mãe e se adaptar ao novo quarto.

- Você vai ficar bem? – Se dissesse que não, e era o que eu como eu estava me sentindo naquele momento vendo os dois se afastarem de mim, tenho certeza que meu filho viria comigo, mas não seria por seu querer, e sim por me fazer feliz.

- Claro que sim filho.

- E quem vai cuidar de você?

- A Magna está lá meu amor. Ela vai cuidar do seu pai. – A Giovanna entrou com uma caixa nas mãos colocando sobre a mesa.

- Você vai ter uma namorada papai? – Eu ficava admirado, de como as crianças sempre tinham uma pergunta que nos deixava sem resposta.

- Eu filho? - Passei a mão no seu cabelo e baguncei. - Vamos ver. - Foi a primeira vez que eu acho que a Giovanna havia cogitado o assunto. Olhou-me uns minutos sem se mover. Depois carregou a caixa para outro quarto. Devia ser o seu, mas eu não ousaria colocar meus pés no lugar. Quando voltou ainda manteve o assunto em discursão.

- Não imagino seu pai namorando filho. Onde ele levaria uma namorada a essa altura? Não tem nem mesmo liberdade de ir ao cinema.

- Eu nunca imaginei estarmos separados e estaremos a partir desta tarde. Então quem saiba eu possa surpreender encontrando uma namorada e a levando a diversos lugares, os quais você não quis me fazer companhia. - Ela disfarçou e pegou outra caixa. Continuei com a ajuda e quando terminamos era momento de voltar ao trabalho.

- Então te encontro lá às dezesseis horas. Combinado?

- Combinado. - Ela estendeu sua mão.

- Amigos Cairon?

- Amigos com certeza Giovanna. - Apertei sua mão dei um beijo no rosto do meu filho e saindo de lá antes que eu desabasse. Meu filho. Como seria difícil me acostumar com sua ausência nas noites depois do jantar. Nas brincadeiras antes do banho e no sofá para assistir TV.

Em meu gabinete liguei para o Endrigo para saber se estava tudo certo para a tarde.

- Claro que está. Confirmei com a Giovanna ainda ontem.

Abri um dos casos em que estávamos trabalho e li todo processo até ser interrompido.

- Com licença meritíssimo. – Minha assistente entrou com vários documentos que precisavam ser revistos.

- Ainda estão muito atrasadas com estes documentos.

- É que estamos trabalhando com poucos funcionários, o concurso ainda demora alguns dias e... – Fiz sinal para que ela parasse com a explicação, eu não era relapso ao que acontecia a minha volta.

- Devíamos ter contratado antes essa empresa de consultoria e planejamento em Administração publica para realização do concurso. Não podíamos ter demorado tanto.

A Amante do Juiz! (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora