[Vencedor do prêmio Wattys2016 na categoria NARRATIVA VISUAL.]
[ESTA HISTÓRIA ESTÁ PASSANDO POR REVISÃO E REESCRITA, PARA ASSIM CORRIGIR OS ERROS E AMADUDECER UMAS IDEIAS MEIO BOBAS]
Melody sonha todas as noites com uma pintura mágica de um reino e...
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Deric
Melody estava caindo da beira do barranco no riacho. Eric a havia empurrado. Seus olhos esbugalhados, e em um lapso de segundo seu rosto empalideceu e um grito agudo ecoou pelo lugar. Parecia estar com medo no momento que estava caindo, talvez pelo susto. Não consegui me conter e comecei a rir.
Quando o corpo dela encontrou a água e afundou, a água ao seu redor foi jogada em cima de mim em respingos. Foi quando ela voltou para cima. Eu e Eric não conseguíamos parar de rir. Mas ela por algum motivo, não conseguia ficar na superfície da água por muito tempo. Ela afundava e voltava se debatia como se não soubesse nadar. Ela estava fingindo. Foi quando ela disse:
— Me ajudem! Eu não sei nadar! — Ela gritou. Parecia tão real que quase me convenceu. Eu apenas ria daquela situação.
— Até parece que não sabe! Pare de brincadeiras. — Falei.
Ela continuava se debatendo tentando emergir, e logo parou. Começou a afundar. Com um olhar sério mirei Eric e nesse momento ele me fitou sério também. O clima pesou, e ela continuava afundando. Passaram quase um minuto e nada dela voltar. Foi quando percebemos que ela realmente não sabia nadar. Eric pulou do barranco direto no riacho e eu mergulhei. Começamos a nadar em direção a ela que só afundava cada vez mais.
Bolhas de ar saiam dela e subiam. Seus olhos estavam quase se fechando. Eu estava com medo. Eu realmente estava com medo de ela morrer. Não por conta do Reino, e nem pelos meus pais, mas por mim. Eu não queria que ela morresse. Nadei mais rápido tentando alcançá-la. Quando eu e Eric chegamos perto o suficiente seguramos seus braços, eu um e ele outro e voltamos a subir. Chegando à superfície Melody nem se movia mais. Estava pálida, com seu rosto todo molhado. Olhei para os lados com pressa procurando por um lugar para levá-la e foi quando vi a margem do riacho. A levamos lá.
A colocamos na margem e Eric me olharam trêmulo.
— Deric, o que vamos fazer?! Ela está morta! — Eric completamente em pânico.
— Cale a boca! Ela não morreu! Não ainda. — Eu o repreendi.
Espero que não esteja morta.
Já havia lido muito em toda a minha vida. Sabia exatamente o que eu tinha que fazer, mas nunca havia testado isso na vida real. E já estava mais do que na hora de tentar. Aproximei meus ouvidos ao coração dela. Eu ainda o ouvia bater. Sabia que ela era forte, e que estava lutando para viver.
— Ela está viva Eric! Ouça! — O acalmei. E ele me pareceu ficar mais aliviado. Eric se aproximou para ouvir seu coração.
Ele ficou lá alguns segundos e me olhou com preocupação.
— Deric, não estou ouvindo nada! — Ele se distanciou um pouco.
Ele só podia estar brincando. Aproximei-me rapidamente dela. Ele estava certo. Seu coração havia parado. Eu a estava perdendo, ou talvez já estivesse perdido ela. Toquei em seu pulso e estava gelado. Uma lágrima caiu dos meus olhos e começou a rolar pelo meu rosto, não consegui controlá-la.