A maioria das pessoas tinha um círculo consideravelmente razoável de amigos, mas eu era totalmente contrário a isso. Só tinha um amigo e nesse momento ele estava sendo perseguido e com morte declarada.E eu tinha uma escolha a fazer. Eu não sabia muito bem como deveria seguir. O Ed era meu namorado, eu devia contar tudo a ele e pedir que ele me ajudasse a resolver situações que eu não sabia como agir. Mas, nesse caso, eu não poderia falar com ele.
E eu não poderia trair o Ash, ele era meu melhor e único amigo. Nossa amizade era de anos. Passamos por muitos momentos juntos e eu sabia cada parte da sua história. Eu não o julguei antes e eu não fazer isso agora, eu nem tinha esse direito.
Estava chegando no meu apartamento quando o meu telefone tocou, estranhei pois era de um numérico desconhecido e o ddd não era local.
- Alô?- Pergunto assim que atendo.
- Oi, sou eu. - A voz do Ash ecoa do outro lado da linha - É mais estranho do que eu pensei falar com as pessoas somente por telefone.
- Imagino, não deve ser tão legal. Como você ta?
- Eu tô indo. Melhor do que imaginei, pior do que o padrão Ashton.
- Eu sinto muito pela sua mãe, eu gostava dela apesar de tudo.
- É, eu sei. Mas tudo bem, era esperado.
- Mesmo assim, não é fácil superar e você tá ai sozinho.
- Eu sou um cara muito forte, Ian. Sei me cuidar sozinho.
- Eu sei, seu imbecil, só estava tentando fazer o papel de amigo solidário.
- Obrigado, eu tô bem se é isso que você quer saber.
- Onde você tá?
- Em San Diego.
- O quê? Você é burro ou algo do tipo? Estão atrás de você é você se esconde embaixo do nariz.
- Eu não tinha muitas opções e aqui é um lugar legal.
- Eu não sei porque ainda continuo sendo seu amigo.
- Porquê eu sou o seu único amigo, você não ia me deixar nesse momento.
- Que seja, o que você quer?
- Retribuindo o papel de melhor amigo solidário, eu só queria conversar. É difícil ficar calmo e manter a raiva controlada quando se está sozinho.
- Não revida, eu não sei de que lado estou e nem sei se tem dois lados mas não quero ver você morto, e o pai da Victoria está empenhado em fazer isso acontecer.
- Eu sei, admiro a determinação dele, mas eu também quero a mesma coisa. É o pai dela mas é a pessoa que eu mais odeio no mundo.
- Eles estão em maior número, você sabe não é?
- Sei e não me importo. Também sei ser bem desagradável quando quero.
- Eu não tenho dúvidas.
- Virou uma questão de honra, Ian. Ele me odeia porque eu sou o cara que o desafiou e o enganou debaixo do seu nariz. Não é mais pela Victoria ou pela família, é pelo ego ferido dele. Ele é um cara como eu, não vai desistir do que quer porquê ele nunca vai deixar isso acabar sem saber que venceu.
- E se vocês dois fossem diferentes, talvez isso tudo tivesse acabado, essa briga já está desnecessária.
- E você acha que eu não sei? Acha mesmo que eu quero fugir a vida toda?
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Victoria ( LIVRO 3)
Teen Fiction" Não ser politicamente normal, não faz de você imperfeita. Afinal somos todos pequenas imperfeições que tentam se acertar nessa jornada da vida. Isso só significa que você é diferente. E ser diferente é ser especial." Victoria Becker é a filha de O...