Capítulo 9

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Capítulo dedicado a  @leticia_martins
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— Entra.

— Seus pais estão aí?— Ele pergunta.

— Estão.

— Acho melhor não.

— Tá bom então.— Digo irritada e ja ia fechando a porta quando ele a empurra com o pé.

— Vem aqui fora. A gente pode ficar no meu carro.

Olho para ele e depois para o carro. Suspiro e grito minha mãe.

— Mãe ,vou conversar com o Ash, já volto.— Grito e saio de casa.

— Porque você avisou para ela?— ele pergunta fazendo uma careta e eu acho estranho sua pergunta. Como assim?

— Ué, eu vou sair.

— Sim, mas vai ficar aqui na frente e você já é quase maior de idade, não tem que dá satisfação de tudo.

— Eu não dou satisfação a eles porque eu sou menor de idade, eu dou porque eu respeito os dois. Mesmo se for aqui na frente, eles sempre sabem onde estou.

— Ah, então você não tem liberdade.— ele diz sarcástico.

— Tenho. Eles me deixam fazer basicamente tudo. Nunca tivemos problemas quanto a isso.

— Sua definição de tudo deve ser o meu nada.

— Olha, você tá aqui para conversar ou reclamar da ótima educação que meus pais me deram?

Olho para ele irritada e paro de andar quando Chegamos ao carro dele. Encosto na lataria e cruzo os braços.

— Desculpa. O que você quer saber?— ele diz encostando ali também e me encarando.

— Por que você me enforcou aquele dia e por que disse que me odeia.— digo na lata.

— Eu não posso dizer isso.

— Porque não?

— Porque eu não lembro de muita coisa.— Ash fala revirando os olhos.

— Como assim não lembra?

— Não sei, eu não sei porque fiz aquilo. Sei que é difícil acreditar  mas eu não queria fazer nada com você.

Sorrio com raiva e tenho vontade de bater na cara dele. Sonso, cínico e mentiroso.

— Quantos anos você tem para mudar de humor de forma tão idiota? Argh, porque você é tão idiota?— Digo gritando e batendo em seu peito.

— Respondendo a sua pergunta, tenho 22 anos e não sou um idiota.— ele diz me encarando firme e segurando meus pulsos.— E não gosto de ser chamado do que não sou.— ele falava de uma forma que deixava qualquer um com medo.

Seu olhar era frio e um pouco violento, mas eu não estava com medo nenhum.

— Ótimo porque eu não dou a mínima para isso.— Digo sorrindo e dando as costas para ele.

Mas no momento em que me virei, ele puxa meu braço e cola meu corpo ao dele.

— Você é muito implicante.

— Saiba que sua opinião é recíproca.

Estávamos perto demais um do outro. Seu corpo estava roçando no meu. Sua pele pinicava na minha. Seus olhos penetravam nos meus e seu sorriso irônico era completamente irritante.

Ele estava segurando minha cintura, bem forte. Ash era uns 30 centímetros mais alto que eu, ou seja , eu tinha que levantar o pescoço para olhar para ele. Me sentia uma anã perto dele.

Victoria ( LIVRO 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora