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Obs: sim, é isso mesmo que vocês estão pensando eu vou reescrever "Ravena e Mutano". Ele vai estar com alterações.

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    Em mais um dia chuvoso de nossa cidade, lá estava eu trancada em meu quarto afastada de todos os outros membros da equipe, diferente deles que estavam na sala de estar, assistindo um seriado qualquer que se passava na televisão eu estava lendo mais um livro de magia.

Magia era uma das poucas coisas que me interessava, ela sempre era carregada de mistério, escuridão e coisas sórdidas. Eu tinha uma visão completamente distorcida da realidade ao menos era isso o que meus amigos me diziam, afinal eles não tinham um demônio como pai.

Quando eu era pequena fui obrigada a devorar o meu primeiro mundo mesmo sem saber ao certo como fazia isso. Era uma das coisas que os iniciantes a magia filhos de demônio tinham que fazer, e eu como filha de um demônio maior o fiz, confesso que me senti muito mal e naquele momento descobri que não queria ser como meu pai. Não queria destruir a casa de seres inocentes, não queria ser um ser temido, queria ser alguém respeitado.

Mesmo não querendo ser como Trigon, era inevitável a atração que eu sentia por coisas mórbidas e proibidas (ao menos para a maioria dos seres), presentes apenas nos infernos, todavia tentava ao máximo controlar meu demônio interior, mas a ligação com energia negra e a conexão com meu pai apenas dificultavam as coisas, hoje em dia com muita meditação e alguns feitiços me controlo melhor.

Minha mãe não queria que eu tivesse contato com Trigon então fui criada por monges na dimensão de Azarath, não foi uma casa tão ruim, vivi boa parte de minha juventude lá, para ser mais exata até meu décimo sexto aniversário, lá aprendi a controlar melhor minhas emoções que ainda sim são bastante instáveis.

Cheguei até ter um animal de estimação uma vez, claro que não era um animal comum, ele era raivoso com dentes enormes e dava um pouco de medo, no entanto aos poucos acabei me acostumando e gostando dele, e o apelidei de Rage, ele era um pouco esquisito mas era um bom companheiro, até que meu pai resolver por fim nele, colocando como justificativa para tal ato que eu estar ficando doce demais, o que na perspectiva dele era algo assombroso, mesmo não tendo contato com ele de alguma forma aquele monstro sabia informações minhas e com isso o matou.

Comecei a odiar Trigon desde então, passei a ser solitária e a gostar de isolamento, não sendo capaz de me misturar. Acabei por me tornar fria, não sabendo lidar com sentimentos, eles são muito confusos e instáveis.

Esqueci de me importar com as opiniões alheias, elas acabaram se tornando irrelevantes para mim e comecei a fazer tudo o que meu pai desprezava, inclusive a ajudar os humanos, o que é algo um tanto contraditório já que Arella minha mãe era uma humana.

Ravena & Mutano Onde histórias criam vida. Descubra agora