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Estava eu aqui plena na madrugada então pensei porque não postar um capítulo hoje? Então ele está aí.

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Dormi sem conseguir apagar aquele beijo da memória, ele me deixou tão perturbado e eu não tinha nenhuma razão para isso e pode parecer sem nexo algum o que eu vou dizer, mas mesmo não tendo nenhuma razão para isso eu senti como se ela estivesse me traindo.

Eu sei, eu sei o que eu acabei de dizer não tem sentido algum, mas é assim que eu estava me sentindo. Talvez seja por todo esse tempo gostando dela, desejando ela, fantasiando com um possível nós, santa selva eu nunca cheguei nem mesmo a beija-la.

Na verdade eu nunca soube qual era a sensação dos seus lábios, nunca soube qual era o gosto que eles tinham, nunca senti a maciez do seu cabelo em meus dedos, nunca coloquei minhas mãos em sua cintura fina e mesmo nunca tido feito nenhuma dessa coisas eu sentia esse sentimento patético de dor dentro de mim.

Esse sentimento já tinha se estendido tempo de mais, seu tempo de durabilidade já devia ter vencido a alguns anos. Tudo isso necessitava de um fim, um ponto final definitivo.

Eu precisava por um fim e precisava de um novo começo também. Talvez eu nem a amasse mais, talvez fosse só um sentimento de perda por algo que eu nunca havia conquistado, mas que estava a tanto tempo comigo que eu já havia me acostumado. A hora do adeus havia chegado e eu precisava me despedir.

Então se eu devesse por um fim logo em tudo isso a primeira coisa que eu deveria abrir mão e jogar fora era uma caixinha, uma caixinha de veludo azul, uma que estava escondida no meu armário porque eu não sabia o que fazer, mas que agora eu sabia.

Decisão tomada agora era hora de colocar em prática o meu plano, é isso seria o começo do meu dia, o começo dos meus dias.

Fui até o armário e a encontrei bem escondida no fundo junto com alguns outros pertences e a peguei, ainda assim fiquei um bom tempo a analisando, pensando se essa era uma boa decisão, realmente a coisa certa a fazer. Mas francamente essa situação já estava me saturando.

Então a abri e tive a plena certeza do que estava fazendo, a segunda coisa a ser feita era encontrar um isqueiro. Eu tinha um nesse quarto só não sabia onde encontra-lo e olh que meu quarto  nem estava tão bagunçado assim, depois de uma leve procura o encotrei na gaveta de meias.

O peguei, e abri aquela caixinha maldita, a coisa com que logo me deparei era com aquela pedra, mas a ignorei não era o seu momento ainda. Peguei o laço que continha todas as fotos que a anos vinha tirando, um verdadeiro desperdício de dinheiro e de amor diga- se de passagem realmente só percebo isso agora.

Olhei para a minha foto favorita e para minha surpresa eu não chorei, não senti quase nada a não uma pequena sensação de abandono e uma grande de vazio. Já estava exausto de tudo aquilo, saturado dessa montanha-russa de emoções que foram gostar de alguém que não me retribuia os sentimentos .

Divaguei durando algum tempo e flutuei em certas memórias, sem pemsar muito acendi o isqueiro e fiquei olhando as chamas do fogo consumirem com a foto deixando apenas cinzas e fiz o mesmo com as outras. Uma a uma sendo engolida pelo fogo, quando não restava mais nenhums daquelas fotos bobas eu peguei aquela pedra que havia guardado com tanto zelo e a joguei pela janela caindo direto no mar.

As demais coisas foram para o lixo, e apesar de tudo eu não estava mal como imaginei que iria estar. A próxima coisa a fazer era tomar uma ducha gelada e encontar um outro alguém.

***

Estavamos tomando nosso delicioso café da manhã preparado com muito carinho pelo nosso master chef particular Cyborg quando Raven melhor dizendo Ravena, agora eu devia esquecer de tudo o que já chamei ela e abster apenas de falar e me dirigir a ela pelo seu nome e nada mais, resolveu nos brindar com sua presença.

Estava com o rosto nublado como de costume, mas se você reparasse bem havia uma ruguinha de preocupação em seu rosto. Como já havia ficado horas a admirando era fácil saber todas as suas caretas e façanhas.

-Preciso comunicar uma novidade com vocês. - diz esperando o silêncio de todos para poder continuar.

Tenho certeza que ela vai falar sobre seu noivinho, e não me surpreendo quando meu palpite estaba cergo.

-Eu estou noiva.

A única coisa que faço é fita-la por meio minuto e depois voltar meus olhos em direção ao prato cheio de cereal. As reações da turma são variadas primeiro temos o choque depois a descrença e por fim as felicitações, eu não digo nada para mim não há o que dizer.

Por um tempo sinto seu olhar pesar em mim, mas isso não dura mais do que 5 segundos e sei que Cyborg também ficou me observando afinal ele era meu parceiro e sabia de tudo sobre minha paixão platônica, o encaro e com os olhos castanhos ele pergunta se estou bem, eu confirmo e volto a comer.

-Podemos saber quem é o sortudo?- questiona Estelar querendo saber quem é o futuro noivo da melhor amiga.

-Um demônio.- fala em um tom brando.

Por mais tranquilas que as palavras dela tenham sido ditas, todas as perguntas possíveis que Estelar tinha em mente são esquecidas e logo se transformado em outras.

-Como assim?

Sinto que Ravena ignora a pergunta da amiga e continua a contar sobre o tal fato, como se fosse a coisa mais comum do mundo e copleta dizendo que o casamento será em menos de 3 dias.

Termino com meu cereal e coloco a tigela na lava louças e saio da cozinha,  com os olhos dela em mim.

Não era minha intenção se transformar em uma ave, mas as vezes meu corpo só age por instinto e por isso me transformo em uma águia e saio daquela torre, porque por mais que eu queira sair da vida dela isso é impossível então dar umas voltas pelo céu é a melhor coisa que posso fazer no momento.

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Então espero que gostem, curtem, compartilhem, adicionem e votem. Beijos de luz!!!!

Segue lá no Instagram: Jenna Aramlis

Ravena & Mutano Onde histórias criam vida. Descubra agora