We Have To Leave Him

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Sem pensar duas vezes, Denise se abaixou e a escondeu em baixo da mesa do escritório, prendendo até a respiração. A porta tinha sido aberta. Alguém estava naquele escritório e ela não podia fazer nada. Ela ouviu a pessoa andar, e parar em frente à ela. Ela engoliu em seco e fechou os olhos.
— Achei que alguém estivesse aqui. - a voz feminina murmurou. 
Denise ouviu passos mais uma vez, outra pessoa tinha entrado.
— Pegue logo a pasta e vamos logo. - a outra voz disse, impaciente.
Denise ouviu a gaveta se abrindo a percebeu que a pessoa havia tirado a pasta. Ela sabia que era um mau sinal. Precisava fazer algo. Mas o quê? Antes que as pessoas sumissem daquele lugar, ela levantou e pode ver agora os rostos daquelas pessoas. Era Ashley e Millan.
Quando a viu, a loira revirou os olhos.
— Meu pai, que susto. - ela disse. - O quê estava fazendo em baixo da mesa? 
Mari levantou e respirou fundo, se sentindo aliviada.
— Desculpe, pensei que fossem outras pessoas. - ela respondeu. - O quê a Millan está fazendo aqui? 
— Ah, ela quis vir. - Ashley respondeu. - Não sei como Thomas deixou.
Millan parecia estar com muito medo. Sua pupila estava dilatada, ela estava se abraçando e tinha o olhar desconfiado. Mas apesar disso, ela tinha vindo, por escolha dela.
— Agora vamos sair. - ela disse - Rafael está ficando sem ideias para o discurso. 
Denise assentiu com a cabeça e as três saíram.
— Por que estão aqui? - Denise perguntou de repente. - Achei que fosse apenas trabalho meu e de Rafael.
Quando Ashley viu que já não tinha ninguém por perto ela chegou perto de Denise.
— Queria ter certeza que vocês não fossem estragar tudo. - ela respondeu. 
Elas continuaram a andar até que avistaram uma porta. Ashley abriu, e descobriram que aquela era a saída. Antes que entrassem naquela porta e sumissem daquele local, Denise se lembrou:
— E o Rafael?
Ashley revirou os olhos, como se já esperasse essa pergunta.
— Eles decobriram que viemos aqui. - ela murmurou. 
Denise franziu o cenho, não compreendendo.
— Provavelmente pegaram ele. É muito arriscado irmos até lá buscar ele.
Denise olhou espantada para ela. 
— Eu sinto muito. Agora vamos. - ela disse, sem paciência. 
— Não sente, não. - Ela respondeu, se afastando da porta.
Ashley revirou os olhos pela décima vez naquele dia e bufou.
— Ah, por favor. Você mal conhece esse garoto. 
— Talvez não. Mas não deixaria ele para trás. - ela respondeu, andando em direção oposta da porta.
— Você que sabe então. - Ashley deu de ombros. - Sabia que você era idiota. 


Mari abriu os olhos, esperando ver Ashley, mas um homem branco, já com uns cinquenta anos estava parado a encarando.
— Por que vocês fazem a vítima desmaiar toda hora? Qual é a necessidade? - ela perguntou, sentindo-se cansada.
Ele abriu um sorriso e disse:
— É uma boa pergunta, Mari. Mas agora, quem fará as perguntas sou eu. Tudo bem? - ele perguntou, colocando um óculos.
— Me diga o seu nome completo. - ele pediu.
— Mari Evans Miller. - ela respondeu. - E o seu? 
Apesar de não ter sido apropriado, o homem sorriu e respondeu:
— Sou o Doutor David. Agora me fale sua idade. 
— Tenho 15 anos. - ela respondeu, evitando fazer outra pergunta.
— Você tem ideia do motivo de estar aqui, senhorita Evans? - ele perguntou, pegando um vidrinho ao lado dele.
Mari negou com a cabeça, o olhando, desconfiada.
— Por que você me faz perguntas que já sabe a resposta? - ela perguntou, agoniada.
Doutor David tinha pegado uma seringa, ao lado dele também. Ele riu e colocou o líquido do vidrinho na seringa.
— Sua idade e seu nome não são as únicas coisas que sabemos sobre a senhorita. Também sabemos que seu sistema imunológico é forte. - ele respondeu, se aproximando dela que teve o impulso de recuar.
— Vão me usar como cobaia? - ela perguntou. - Para quê? - ela murmurou baixinho, pois ele já havia enfiado a seringa no seu pescoço. 
David não respondeu sua pergunta, ele apenas ficou parado em frente à ela, observando suas reações.
♤Lucas estava sentado na sua cama, bebendo um chocolate quente que agora, já estava frio. Ele estava pensando há horas o que fazer. Agora, Mari estava correndo perigo por sua causa. Pensando nisso, ele suspirou, tomando mais um gole daquele chocolate quente.
Colocou a caneca na mesa, e pegou um porta retrato na mesma. Passou o dedo levemente naquela foto antiga. Sentiu como se tivessem esmagando o seu coração. Ele sempre sentia isso. Era uma foto de sua mãe sorrindo. "Ela não estaria orgulhosa de você", ele pensou. "Ao contrário, estaria horrorizada." Ele conteve as lágrimas, mas a raiva corria em suas veias. Colocou o porta retratos na mesa e foi até o seu armário. Decidido, colocou um casaco e um tênis. Iria salvar Mari e Denise, nem que isso fosse a última coisa que ele fizesse.

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