Capítulo 10 (REFORMULADO)

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Acordo em um lugar que não reconheço, amarrada por uma corda bastante resistente e com um pano cobrindo minha boca. Olho em volta, tentando me acostumar com a escuridão do local, e tudo o que vejo é um balcão grande e cheio de pilhas de caixas, como se fosse os fundos de uma loja. O lugar tinha um cheiro um tanto peculiar, mas nenhuma pista além dessa. Olho para o outro lado e vejo Thomas desmaiado, amarrado a um tipo de cano metálico, e então sinto a dor em meu braço, que eu não tinha notado antes.
Quando estou prestes a enlouquecer, ouço passos e olho para a direção do barulho. Uma sombra que me parecia muito feminina aparece, e quando ela se aproxima vejo algo que me apavorou de imediato. Aquela mulher se parecia muito com minha mãe, apesar de parecer ao menos 20 ou 15 anos mais jovem. Tinha os cabelos negros, os olhos de um tom que não consegui identificar e a pele em um tom que me parecia queimado de sol. Mas quem seria ela? Minha mãe morreu há muito tempo, e tenho certeza que ela não me sequestraria de forma alguma.

— Ora, vejo que minha convidada de honra acordou. Como está, querida irmã? Ah, acredito que sua mãe não tenha lhe contado. Temos muito o que conversar. – Ela sorri, e meus pensamentos se embaralham. Irmã? Que história é essa? — Devo dizer que fiquei surpresa com a facilidade que foi capturar você. Esse seu segurança não me parece tão forte quanto deveria. Mas também, coitado, está apaixonado!

Olho confusa para Thomas, tentando pensar com clareza, mas não consigo. E também não consigo falar, graças ao pano que cobre minha boca. Quando olho para uma das caixas, finalmente vejo onde estou, e um sentimento misto de medo e agonia me preenche por completo, me fazendo prender a respiração sem ao menos notar que o fazia. Eu estava no porto, onde diversas vezes ia com meu pai receber novos convidados e novas remessas de produtos, e isso não me parecia um lugar muito agradável para se prender alguém. O porto era conhecido por ser palco de várias mortes, seja por suicídio ou até mesmo homicídio por parte da gangue que era contra o reinado de meu pai.

— Bem... Permita que eu me apresente, querida Lize. Meu nome é Marianne Luize Facher. Sou líder de um grupo que vocês conhecem como rebeldes Dalgtonianos ou seguidores da causa, mas preferimos que nos chamem de Factors. É um bom nome, não acha? Lhe direi o básico que queremos de você para que seu querido Thomas não morra agora mesmo. Eu quero a coroa, querida irmã. Quero esse reino pra mim, como devia ser. É meu destino liderar tudo isso, EU sou a herdeira, não você! – Ela ri quase com desgosto, e estremeço com a ideia — Se quiser sair viva dessa, irmã, acho melhor seguir o que lhe digo. Do contrário, acabaremos com essa ilha decrépita que vocês chamam de reino, e você ou seu querido pai não serão capaz de nos deter. Somos muitos, princesinha, e você não tem ideia do que somos capazes de fazer.

Marianne me olha com desgosto e sai da sala, me deixando sozinha com meus pensamentos, o que não acho muito prudente da parte dela. Eu precisava de ajuda, e tinha de ser logo.

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⏰ Última atualização: Dec 30, 2016 ⏰

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