É sábado, quase domingo,
e nós dois dormindo
entre conversas vazias,
cheias de amor.
Você reclama do meu silêncio,
mas, meu bem, até mesmo o meu mais surdo silêncio te pertence.
Não me importaria de ficar horas e horas calada,
pendurada no telefone,
escutando a sua presença do outro lado da linha.
"Alô, o gato comeu sua língua?", você reclama.
Não, meu bem, não!
Minha língua continua aqui, mas a sua...
A sua está tão longe que às vezes até fico muda.