My Secret Protector [L.S]

14 - Isolated

HARRY POV

Foi a decisão mais difícil da minha vida inteira. Nunca pensei que poderia doer tanto me afastar de alguém, mesmo que fosse para o seu próprio bem.

Ver seu rosto encharcado de lágrimas implorando para que eu ficasse foi como se alguém tivesse arrancado fora meu coração, era doloroso demais.

Eu era o culpado, somente eu. Eu sabia de tudo desde o começo. Mas eu achei que poderia, eu achei que conseguiria. Eu estava errado.

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Finalmente eu estava sozinho, eu estava isolado. Comprei uma casa no Alaska e me tranquei nela.

Gemma me ligava mais de mil vezes por dia, eu não tinha dito a ela que me mudaria e se eu tivesse dito ela não teria deixado.

Resolvi finalmente atender sua ligação.

- Oi - falei baixo.

"Harry? Onde você tá? Por que não me disse nada? Por que toma as drogas das suas decisões sozinho e nunca me diz nada?" - ela estava praticamente gritando.

- Porque eu já tenho quase 100 anos e não acho que eu deva satisfações a ninguém! - Bufei.

"Ahh, então agora é assim. 'Faço o que quero da minha vida e não me importo com ninguém', me poupe Harry! Você parece uma criança assim."

- Olha Gemma, se você ligou apenas para brigar comigo saiba que eu não estou nem um pouco afim disso. Eu já estou amargurado demais por ter tido que abandonar o Louis, então eu não quero mais alguém me dizendo apenas que estou errado... Mas se eu estivesse na Inglaterra eu sei que eu não resistiria a ele, e então seria trágico - fechei os olhos com força só com a ideia de machucar Louis, aquilo me machucava.

"Me desculpe, onde você está?" - ela perguntou mais doce.

- Eu estou no Alaska, comprei uma casa aqui - suspirei.

"Me dê a localização."

- Não Gemma, eu vou passar por isso sozinho.

"Para de ser assim, Harry. Não é saudável, você estará incontrolável amanhã."

- Me perdoe Gemma, adeus!

"Harry nã-" - eu desliguei.

Eu não queria que ninguém estivesse comigo quando o momento chegasse. Eu quero aprender a me controlar sozinho, quero que seja meu mérito a não devorar qualquer um que eu ver pela frente.

Como eu conseguiria?

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Hoje.

Hoje era o dia, ao pôr do sol eu seria outro vampiro. Um vampiro extremamente louco por sangue que sairia à caçada por sua presa e nada iria pará-lo.

Eu sempre soube que esse dia chegaria porém sempre achei que me controlaria e que conseguiria permanecer normal. Só que nesse exato momento o sol estava se pondo e eu estava pronto para a caça.

Eu achei que seria como todas as vezes que eu saía para me alimentar. Que quando chegasse na minha presa eu me fartaria e voltaria pra casa. Definitivamente, não era nada disso.

Quando finalmente o sol se pôs, um cheiro que eu podia jurar que há minutos atrás parecia estar à quilômetros daqui se fez presente como se estivesse em baixo do meu nariz. O cheiro doce e irresistível de sangue.

Senti a adrenalina me consumir por completo e meu corpo começou a se impulsionar na direção a qual esse cheiro parecia vir.

Sem mais controle, me atirei naquela direção em minutos já avistava o meu alvo.

Varias pessoas cantavam e dançavam distraidamente e era a chance perfeita. Ninguém notou que eu havia me aproximado.

Surpreendi uma loira que logo gritou de dor com o contato das minhas presas ao seu pescoço começando a sugar todo o sangue que havia em seu corpo.

Aquele gosto era como um alívio para minha garganta que antes doía pela falta do sangue mas que agora estava farta.

As pessoas ao redor gritavam e corriam de um lado para o outro tentando se esconder. Mas eu estava tão faminto, nenhuma escaparia.

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Quando finalmente terminei, limpei toda a minha sujeira e ateei fogo nos corpos secos e pálidos.

Voltei pra minha casa satisfeito, mas eu sei que amanhã eu precisaria de mais e mais.

Me encolhi em um canto da enorme casa e comecei a pensar em Louis. E se ele estivesse aqui agora? Se estivesse perto de mim quando fiz isso? Eu certamente teria o matado também. Eu não viveria se isso fizesse.

Louis, Louis, Louis!

Eu me sentia fraco e Louis me fazia falta.

Foi incontrolável o que eu acabara de fazer. Eu escolhi um lugar isolado pois não queria machucar ninguém. Por que essas pessoas tinham que estar por perto? Por quê?

Eu não podia mais machucar ninguém. Eu tinha que me manter isolado.