Nada é Impossível

Epílogo - Finais Felizes Acontecem.

OLÁ, cupcakes! Ouçam a primeira parte do capítulo com a música "For All Time - Michael Jackson".
***

-Meu amor, onde está a chave do meu carro? - pergunto a Vicente.

-Não está com você? - ele pergunta franzindo o cenho e confuso.

-Eu tinha deixado sobre a mesa. - enquanto coço a cabeça, olho para Dionísio. - Foi você, meu filho?

Ele me olha com os olhos grandes de jabuticaba igual aos do pai, os cabelos lisos e ruivos como os meus(igual apenas na cor, já que o meu tem cachos rebeldes por toda a parte) penteados bem certinho de lado, lábios vermelhos e pele branca como a neve.

-Não fui eu, mamãe. Eu juro!

-Ah! Tudo bem. - eu digo enquanto ponho a mão no bolso da calça e lembro-me de que as coloquei lá.

Me desculpe! Eu aqui preocupada com o que a minha caduquice me fez perder e me esqueci de mais uma coisa: contar o que aconteceu nesses dez anos.

Depois da apresentação do evento da Pop Music, Tomás nunca mais "deu as caras", foi embora de Petrópolis.
Daniel como ficou em Petrópolis sem os pais e Taylor(irmão), passava tempos em minha casa e tempos na de Júlia. Depois de três anos com Daniel falando com sua família apenas por telefonemas e internet, eles voltaram para ficar de vez.
Meu aniversário de dezoito anos aconteceu um mês depois, foi uma festa e tanto. Descobri que meus pais já estavam organizando tudo há bastante tempo com a ajuda de Júlia, Daniel, Caio e Vicente. Foi uma festa à fantasia, lembro-me de que minha fantasia foi de mulher-gato e que pouquíssimas pessoas estavam com fantasias repetidas. Além de tudo, Daniel pediu Júlia em namoro no meio da festa com uma aliança brilhante e um lindo buquê de flores. E ela aceitou, é claro! Foi bem emocionante.
O ano seguiu-se normalmente, a não ser pelo fato de Vicente e eu termos assumido para minha família e para a dele.
Com a dele foi super tranquilo, conheci sua mãe, seu pai e seus irmãos e irmãs. Todos muito adoráveis, aparentemente gostaram de mim assim como gostei deles.
Já em minha casa, Vicente conheceu apenas meus avós paternos e maternos e primos bem próximos, pois Júlia, Dani e Caio que também estavam e que considero como parte de minha família, ele já conhecia e meus pais também. O que não foi muito legal é o fato de que meu pai não aceitou no início, levou um tempo para que ele se acostumasse com a ideia de sua filha namorando um cara bem mais velho que ela, e ainda sendo seu professor. Mas, depois de algum tempo, ele aceitou de coração.

No final daquele ano, viajei para Suíça com papai, foi o máximo! Senti saudade de todos que ficaram e tenho certeza de que eles também sentiram nossa falta, mamãe então...consigo me lembrar de que chorou rios.
A viagem foi MUITO legal, ficamos lá por duas semanas - o que me pareceu uma eternidade longe das outras pessoas que amo - conhecemos vários lugares incríveis, pessoas maravilhosas, brincamos de bonecos de neve o tempo todo e ficamos encantados com os delicados flocos de neve que caíam do céu.
Quando terminou o ano, eu também tinha terminado a escola. Passei direto não sei como, pois nossas vidas estavam muito corridas. Jú, Dani e eu trocávamos bilhetinhos dobrados em aviões durante a aula, o tempo todo. Tivemos uma formatura e tanto, com tudo o que se tem direito. Vicente foi trabalhar em outra escola e nos assumimos oficialmente para o resto do mundo, como tínhamos combinado. Trabalhei na Pop Music até terminar a faculdade, até porque foi com meu salário que paguei metade dela enquanto papai colaborava com a outra metade. Sabem qual faculdade fiz? Ou melhor...primeiro: Quantas? Duas. A primeira fiz com Caio, Daniel e Júlia, de música obviamente, em Petrópolis mesmo. Antes de começar a próxima faculdade, Vicente e eu ficamos noivos e depois, continuei trabalhando na Pop Music até que terminasse a segunda faculdade: de Letras. Quando terminei a segunda faculdade, me casei com Vicente e logo depois, engravidei de meu querido filho com quem tanto sonhei. E nossos pais? Se tornaram vovós corujas.