Capítulo 22

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Antes de ir para casa passei numa cafeteria e comprei um café e um donuts.
Cheguei em casa e fui para o quarto do Edward. Bati na porta e abri.
- Du?!
Ele virou para mim.
- Bom dia, Karolayne.
- Não fica assim não, não deu para te avisar mesmo.
Ele levantou da cama, só de cueca, e veio me abraçar.
- Tudo bem, Karol. Se você diz está dito, agora eu sei como é ruim se sentir preocupado.
Dei uma risada e entreguei o café e o donuts a ele.
- Que linda ela, me trazendo café da manhã no quarto. - Disse ele olhando dentro da sacola.
- Só não se acostuma não. - Brinquei e ia sair do quarto.
- Espera... Esses donuts são de morango?
- Sim. - Revirei os olhos.
Entrei no meu quarto e queria deitar na minha cama e dormir mais um pouquinho, mas não podia. Fui até meu closet e deixei minha bolsa e minhas sandálias ali e fui tomar uma ducha.

Desci para a garagem e entrei no meu carro e dei uma carona para o Edward até sua entrevista.
- Tem certeza que não vai te atrasar, Karol?!
- Du, relaxa. Eu disse que ia te levar, não disse?! Então pronto. - Olhei para ele e voltei a atenção ao trânsito.
- Te contei a novidade?
- Depende, qual?
- Estou quase trocando meu carro! - Ele disse todo animado.
- Que máximo, Du. Vai pegar qual?
O meu carro é uma Land Rover e o carro do Edward é um Porsche Cayman, presente dos pais dele.
- Vou pegar um Porsche Boxster.
- Uau! - Olhei para ele um momento. - Tá podendo, em?! Amei sua escolha.
- Eu sei, tenho boas escolhas. - Ele riu.
- Claro, convive comigo.
- Palhaça.
Soltei uma gargalhada e Edward também. Estacionei em frente ao local.
- Pronto, Du. Boa sorte.
Ele olhou para o prédio e depois para mim.
- Obrigado, Karol. - Ele me deu um beijo na bochecha.
Esperei ele entrar no prédio e voltei ao trânsito. Meu celular estava conectado ao carro, ele começou a tocar. Era Benjamin.
- Bom dia. - Atendi.
- Bom dia pela segunda vez.
- Então, precisa de alguma coisa?
- Preciso.
- Mesmo? - Zombei.
- Sim.
Dei um sorriso.
- O que?
Silêncio?
- Ben? Você está aí, tudo bem?
- Preciso do seu beijo. - Ele disse sério.
Estremeci e mesmo assim eu não tirei o sorriso do rosto. Parei no sinal vermelho.
- Já ganhou o seu para passar o dia hoje. - Disse.
- Não, você não entendeu... Pode me encontrar no parque?
Abriu o sinal.
- Ãn... Eu não posso faltar no trabalho e você também não.
- Está certa como sempre... No seu almoço naquele mesmo restaurante que nos esbarramos aquele dia, perto do seu trabalho?!
- Tudo bem. Até lá.
Ele desligou. Consegui concentrar no meu trabalho tranquilamente e se não fosse a mensagem de Benjamin eu teria esquecido do almoço.
- Vamos almoçar hoje, Karol? - Perguntou Alicia, minha colega de trabalho.
- Hoje não, Alicia, desculpe.
Ela abaixou o olhar.
- Tudo bem. - Ela saiu da minha sala.
Passsei a mão pela testa, peguei minha bolsa e saí da minha sala.
- Alicia, hoje eu tenho um compromisso, mas você está bem? - Fui até o cubículo dela.
Ela olhou para mim e percebi que ela estava meio chorosa.
- Mais ou menos. Mas pode ir para o seu almoço, eu vou pedir alguma coisa para comer aqui mesmo. - Ela me deu um meio sorriso.
- Tudo bem, depois conversamos melhor. Bom almoço para você também. - Dei um beijo na testa dela.
Entrei no restaurante e já localizei Benjamin sentado numa mesa do fundo.
- Demorei um pouquinho?! - Dei um beijo na bochecha dele e me sentei.
- Nada mais que o normal.
Revirei os olhos para ele.
- Já fez seu pedido? - Perguntei olhando o cardápio.
- Fiz por nós dois.
Coloquei o cardápio em cima da mesa novamente e fiquei encarando as lindas feições de Benjamin.
- Quer esperar a comida ou quer que eu fale o porquê estamos aqui agora?
- Pode falar agora. - Dei um sorriso.
Ele ficou encarando meus olhos e eu não consegui desviar meu olhar do dele.
- Karol, eu cometi muitos erros com você, com a gente, mas agora eu estou tentando concertá-los. Minha vida sempre fica melhor com você por perto, você sabe disso não é mesmo?!
Dei um sorriso bobo.
- Sim. - Disse timidamente.
- Seu sorriso me alegra, sua risada me faz rir, seu abraço é meu porto seguro e seu beijo é o beijo mais doce... Você sempre esteve ao meu lado para me dar forças, no colégio quando éramos adolescentes, quando meu tio esteve internado você estava lá comigo e agora com essa situação toda você ainda continua do meu lado, depois de tudo que aconteceu com a gente. - Ele sorriu e pegou minha mão em cima da mesa.
- Eu sempre vou estar com você, Ben, apesar dos pesares ninguém tira você de mim. - Sussurrei.
- É por isso e muito mais que eu sei que você é a mulher que eu amo e quero passar a minha vida inteira ao seu lado, eu te amo desde o primeiro dia que você se mudou para a casa de frente à minha e vi você perto das flores. Assim que eu te chamei e você olhou para mim e vi esses seus lindos olhos verdes, eu pensei: "Essa menina é especial".
Apertei a mão dele e ele sorriu.
- Eu te amo muito, Karol. Agora eu quero saber, depois de tudo que nós passamos para ficar juntos... Você aceita voltar a ser minha namorada, meu amor? - Ele finalizou.
Mordi o lábio para não deixar as lágrimas caírem.
- Sim. Eu aceito, meu amor.
Ele soltou o ar, aliviado. Ele levantou da cadeira e me levantou junto, prendeu minha cintura ao corpo dele, roçou o lábio dele nos meus e me beijou. Enrolei meus braços no pescoço dele.
Ele me soltou de seu pescoço e tirou uma caixinha do bolso do paletó com um anel de compromisso e colocou no meu dedo direito e eu coloquei o outro no dedo direito dele.
- Eu te amo, Benjamin.
- Eu te amo, Karolayne.
Ele sorriu e eu mordi o lábio. Beijei ele novamente.

O almoço tinha sido ótimo, cheguei no trabalho com o sorriso de orelha a orelha. Passei pela mesa da Alicia antes de ir para minha sala.
- Alicia, você me parece melhor. - Disse
- É só aparência mesmo, Karol.
- Quer sair para tomar alguma coisa depois do trabalho?
Ela olhou para mim e soltou um sorriso.
- Pode ser. Obrigada.
- Imagina.
Fui para minha sala e me concentrei no trabalho.

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