Capítulo 21

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               Benjamin narrando:

Terminamos de jantar e ficamos conversando um pouco no restaurante, mas ainda era 8:30PM.
- Quer dar uma volta antes de ir para casa? - Perguntei.
- Por que não?! - Ela deu um meio sorriso.
Paguei o jantar e saímos, acompanhei ela até o carro.
- Onde vamos?
Saí com o carro.
- Um lugar especial. - Sorri.
Dei uma olhada nela e a vi sorrir.
Estacionei ao meio fio da rua.
- Onde estamos, Ben? - Ela me olhou com as sobrancelhas juntas.
Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.
- Você vai lembrar quando a gente descer do carro. - Sussurrei.
Ela assentiu e saímos do carro, peguei na mão dela e a guiei pela colina até estarmos de frente para o lago que fomos, junto com o Gu e a Lindy, quando éramos adolescentes.
Ela parou de andar de repente e apertou minha mão...
- Ben, aqui...
- Sim, é a mesma colina.
Ela me olhou com as lágrimas trancadas nos olhos.
- Quer continuar? - Perguntei suavemente.
- Sim.
Dei uma leve puxada na mão dela e a guiei até a beirada do lago, nos sentamos um de frente para o outro.
- Por que aqui, Ben? - Ela sussurrou.
Juntei as sobrancelhas.
- Esse lugar te traz más lembranças ou está com medo de mim?
Ela chegou mais perto de mim e apoiou as duas mãos nas minhas coxas.
- Esse lugar é ótimo e só me traz boas lembranças, principalmente sobre a gente, só estou surpresa que estamos aqui... E medo de você?! Eu nunca tive e continuo não tendo, confio minha vida a você porque...
- Por que me ama? - Interrompi.
Os olhos dela brilharam,mas logo ela soltou minhas coxas e me olhou de volta.
- Ben, eu...
- Sim ou não? - Insisti.
- Sim. Porque eu te amo.
Dei um sorriso enorme e lutei contra a vontade de beijá-la.
- Venha. - Levantei e estendi a mão para ela.
Fomos onde ficamos deitados na grama na última vez que viemos aqui.
- Estamos revivendo todas as lembranças desse lugar hoje... Só falta a gente se beijar. - Brincou ela.
- Hoje não. - Dei um sorriso torto.
A gente se deitou na grama e eu fiquei de lado, de frente para ela e a encarei sério.
- Pode falar.
- Falar o que? - Arqueei uma sobrancelha.
Ela revirou os olhos irônicamente.
- Vamos, Ben, fale.
Olhei para a mão dela descansando em cima de sua barriga e sorri. Depois a encarei.
- Vamos ser sinceros um com o outro hoje aqui. - Disse.
- Ok... Por que aqui?
- Porque foi aqui que a sinceridade entre nós foi mais forte... Concorda?!
Ela balançou a cabeça e deu um sorriso bobo.
- Tudo bem. Eu começo?!
Assenti levemente. Ela estava olhando para o céu
- Bom, você sabe que eu ainda te amo muito, mas tem uma coisa que você não sabe.
- Por favor, diga. - Pedi.
Ela me olhou de lado e sorriu.
- Toda noite, antes de dormir quando coloco a cabeça no travesseiro, eu imagino a gente junto construindo um futuro e uma linda família... Mesmo quando você estava com a Vanessa, mesmo quando eu via vocês juntos e doía profundamente, eu nunca parei de imaginar. - Ela sussurrou.
Ela olhou para mim e deixou as lágrimas rolarem junto com um sorriso iluminado.
Puxei ela pela cintura, dei um beijo em sua testa e deitei sua cabeça em meu peito.
- Cada momento com a Vanessa só era suportável porque eu imaginei mil e uma maneiras de ter você comigo de novo. Eu te amo, Karol.
Senti o corpo dela estremessendo, ela afundou a cabeça em meu peito e chorou eu fiquei acariciando seu cabelo.
- Foi muito difícil não ter você do meu lado quando embarquei e quando desembarquei. - Disse ela chorosa.
Apertei ela mais ainda.
- Eu fui ao seu embarque, mas fiquei em dúvida se ia falar ou não com você e quando decidi o avião estava andando... Quando você desembarcou eu estava lá, vi você abraçando sua família e o Gu e vi também sua decepção por não ter me visto lá.
Ela se apoiou no braço para poder olhar para mim.
- Você esteve em todos os momentos?!
- Eu nunca perdi nenhum momento seu, Karol. Em todos, até os menos importantes, eu estava lá.
Ela acariciou meu rosto e sorriu no meio das lágrimas, enxuguei todas.
- Obrigada por cuidar de mim até quando não estava ao meu lado.
- Não tem o que agradecer.
Ela deitou em meu peito de novo... Ficamos um bom tempo assim, Karol dormiu em meu peito. Carreguei ela até o carro e posicionei o corpo adormecido dela no banco de trás.
Dirigi até minha casa e carreguei a Karol nos braços até meu apertamento.
- Karol, consegue me ouvir? - Sussurrei no ouvido dela.
Ela só se mexeu, levei ela para o quarto de hóspedes e tirei suas sandálias, deixei a bolsa do lado dela e coloquei o celular para despertar uma hora antes do que o normal.
Antes de sair do quarto fiquei adimirando essa linda mulher na minha frente... Desliguei a luz e encostei a porta.

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