Capítulo 11

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O apartamento do Gu é incrível, os cômodos são todos grandes, tem três quartos, sala de TV e de jantar, cozinha, banheiro e uma lavanderia com uma sacada ao lado.
- Nossa Gu, seu apê é lindo. - Disse maravilhada.
Ele riu. - Obrigado, gata. Vem, vou mostrar a você onde vai passar a noite.
Dei um sorriso para ele.
Todos os três quartos eram mobiliados e no qual eu iria dormir a cama era bem grande.
- Sempre recebe visitas?
- Não, só faz um tempo que eu moro aqui. - Disse ele.
- Entendi - dei um sorriso fraco. - Posso tomar um banho antes de ir para cama?
- Claro, gata, eu te empresto uma camisa minha.
Tomei meu banho e vesti a camisa do Gu, ficou parecendo uma camisola em mim.
Fui para cama e vi uma mensagem de Ben, dizia o seguinte:
KAROL, ME LIGA ASSIM QUE LER ESTA MENSAGEM, POR FAVOR.
Vi a hora e estava tarde, resolvi deixar para ligar quando eu acordasse.

Acordei era onze e meia e estava morrendo de dor de cabeça, fui até o banheiro e lavei meu rosto com água bem gelada.
Me sentei no sofá e enterrei o rosto nas mãos e fiquei assim até me dar conta que estava no chão.
- Parabéns Karol, bata a cabeça mais forte da próxima vez. - Resmunguei comigo mesma.
Estava me levantando aos poucos quando a porta abriu.
- Karol, você está bem? - Gu deixou as sacolas em cima da mesinha e veio até mim.
- Estou Gu, relaxa.
Ele me ajudou a levantar e me colocou no sofá novamente.
- O que houve?
Olhei nos olhos dele e dei um sorriso.
- Obrigada, Gu. Você tem algum remédio para dor de cabeça.
Ele se levantou de cima de mim e foi até a mesinha pegar as sacolas.
- Tenho sim, gata, mas primeiro você vai comer.
A porta se abriu de um súbito. Era Benjamin.
- Eai cara, tudo bem? - Disse Gu.
Ben só passou por ele e veio até mim.
- Por que não me ligou, Karolayne?! Tem noção de como eu fiquei preocupado, droga. - Ben estava alterado.
O Gustavo foi até a cozinha deixar as sacolas e eu me levantei um pouco tonta.
- Estava tarde e eu não sabia se você estaria acordado ou não, e se a Vanessa estava com você ou não.
Os olhos azuis de Ben estavam com a cor mais intensa.
- Fala sério, Karol. Eu pedi para você me ligar. - Gritou ele.
- Abaixa a voz, Benjamin. Karol está com dor de cabeça e você só vai piorar se continuar assim. Esta é minha casa e eu não permito isso. - Interrompeu Gu.
Ben se virou para ele e passou a mão pelos cabelos, bufando.
Me desequilibrei e me apoiei no braço do sofá, Ben enlaçou minha cintura por trás me dando apoio.
- Se vocês dois não parar com isso, eu saio por aquela porta agora mesmo. - Disse.
Os dois se olharam e o Gu levantou meu rosto.
- Nós três vamos parar. - Disse o Gu me dando um sorriso.
- Me desculpe por entrar assim, Gustavo - disse Ben. - Mas eu posso conversar com a Karol um pouco?
Gu olhou para mim e eu assenti.
Fomos para o quarto onde eu dormi e fechei a porta.
- Me desculpe, Karol, é que eu...
Fui até ele e tapei sua boca com os dedos.
- Shh eu já entendi, Ben. O que você quer?
Ele beijou meus dedos e tirou-os de seus lábios.
- Eu... eu não aguento mais fingir, Karol.
Juntei as sobrancelhas. - O que quer dizer?
Ele se virou de costas para mim.
- Quero dizer que está cada vez mais difícil esconder meus sentimentos por você.
Fechei o cenho para mim mesma. - Você ama ela, não a mim!
Ele se virou para mim e segurou meu rosto nas mãos.
- Não, eu amo você!
Meus olhos marejaram. - Então por que está com ela?
- Ãn, Karol, isso é complicado.
Tirei as mãos dele do meu rosto e lhe dei um empurrão.
- Benjamin vira homem e me fala a verdade, é só isso que eu peço. Vanessa faz chantagem com você é por isso que está com ela ainda, não é?! - Gritei.
Ele me olhou de um jeito que parecia uma súplica.
- Karol, por favor...
- Sim ou não?
- Sim. - Soltou com raiva.
Segurei bem forte em seus bíceps. - Me conte Ben, por favor.
- Eu não posso, Karol.
- Eu posso te ajudar, mas você tem que confiar em mim, meu amor. - Pedi.
Ele deu um sorriso e segurou minhas mãos.
- Eu vou resolver tudo, só me dê um tempo e me espere. - Disse ele.
Me livrei dele e lhe dei as costas.
- Você não confia em mim mesmo, eu não sei quem é você.
- Continuo sendo o mesmo.
Ele me virou de frente para ele e me abraçou, eu me afastei e segurei seu rosto.
- Eu vou te esperar se você me prometer que nunca mais vai esconder nada de mim depois disso tudo. - Disse.
- Prometo, Karol. - Ele deu um sorriso.
Sem tirar os olhos dos dele fiquei na ponta dos pés e abaixei o olhar para seus lábios e o beijei. Ele devolveu meu beijo com fervor.

- Estão vivos ainda! - Disse Gu quando eu e Ben nos sentamos à mesa.
- Me desculpe de novo, cara. - Disse Ben.
- Relaxa, não foi nada.
Tomei um comprimido de aspirina e começei a tomar café.
Fui tomar um banho e vesti a minha roupa mesmo.
- O que você vai dizer para os seus pais? - Perguntou Gu quando eu fui até a sala.
- Vou dizer que dormi aqui porque saimos tarde. Tudo bem por você?
- Claro, gata.
Dei um sorriso para ele e corri o olhar pelo cômodo, Ben estava encostado na parede olhando pela janela.
- Vamos, eu levo você para casa.
- Não precisa, Ben, eu pego um táxi.
Ele se virou e sorriu. - Vamos.
Me despedi do Gu e Ben e eu descemos.
Fomos em silêncio, ele estacionou em frente da minha casa e eu tirei o cinto.
- Obrigada, Ben.
- Por nada. - Ele sorriu.
Abri a porta e saí do carro. Entrei em casa e minha irmã estava dormindo no sofá, não quis acordá-la, então segui para o quarto dos meus pais.
Bati na porta e abri, meu pai que estava ali com o notbook no colo.
- Oi, pai.
Ele olhou para mim e se voltou para a tela do not.
- Oi, filha - disse ele sorrindo. - Tenho uma surpresa para você.
- O que?
Ele se levantou e me puxou pela mão. - Vem, vou mostrar a você.
Fomos até sua carpintaria e tinha alguns móveis cobertos e umas embalagens.
- O que é isso, pai? - Disse rindo.
- Chegou os materiais para os seus móveis, bebê.
Ele me mostrou todos os materiais e os desenhos que ele tinha feito, fizemos algumas mudanças e só faltava começar o trabalho.
Meus olhos marejaram. - Obrigada, pai. Eu te amo.
Dei um abraço bem forte nele.
- De nada, filha, eu também te amo.
Passei o resto da tarde conversando com a minha irmã sobre os assuntos da escola. Jantei com meu pai e ela e expliquei para eles o porque eu dormi fora.
Esperei minha mãe na sala, mas acabei pegando no sono.

Acordei com o meu celular despertando, hoje ia ser meu primeiro dia no trabalho.
Levantei fui tomar um banho e me arrumar, tomei café e minha mãe me levou para o trabalho.
- Bom dia, Srta. Pheipher. - Disse uma funcionária.
- Bom dia. - Sorri para ela.
Fui até a sala da minha chefe e deixei meu atestado médico e me dirigi até minha sala. Tinha uma pilha de desenhos para eu escolher, dividir os aprovados e reprovados e empilhá-los pela ordem de pedidos.
Tive uma hora de almoço e voltei para tentar acabar com aquela pilha na minha mesa, deu tudo certo no meu primeiro dia.

Cheguei em casa era sete e meia, pensei em dar uma olhada nos meus e-mails para ver se tinha mensagem dos meus amigos da faculdade, Chris e Albert, mas estava cansada e resolvi tomar um banho.
- Nos conte como que foi seu primeiro dia no trabalho. - Disse minha mãe quando me sentei para jantar.
- Adorei ter uma pilha de desenhos para aprovar e separar, foi bem legal.
- Está sendo irônica? - Perguntou minha irmã.
- Não, maninha - disse rindo. - Amei o trabalho mesmo.
- Que bom, filha. - Disse meu pai.
- Parabéns, Karol.
- Obrigada, mãe.
Tentei dormir mais cedo, mas não consegui. Peguei meu celular e fiquei vendo as fotos antigas de Ben e eu juntos, levei um susto quando meu celular tocou.
DESCONHECIDO. Sorri para o celular.
- Oi. - Sussurrei.
- Oi. - Disse Benjamin.
- Tudo bem?
- Melhor agora, e você?
Sorri. - Bem.
Ouvi uma voz de fundo. Revirei os olhos.
- Por que me ligou, Benjamin?
- Você ouviu né?!... Vanessa não dorme aqui em casa, ela já está de saída.
- Ok, mas por que me ligou agora?
Ele respondeu uma pergunta dela e disse:
- Queria ter certeza do que você disse hoje mais cedo.
- Sim, pode ter certeza. Eu vou esperar você, mas não demore muito. - Disse.
- Pode deixar. Agora eu tenho que ir, boa noite e bom trabalho amanhã.
- Boa noite. - Desliguei.
Virei para o lado e dormi.

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