One

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Notas:

Olá, olá! Eu acabei mudando algumas coisas da história ue estava me incomodando, está toda reformulada, espero que gostem e tenham uma boa leitura! 

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Park Chanyeol não acreditava que sua vida se resumia, com seus mal vividos 22 anos, em ser um motoboy. Não que o emprego em si fosse ruim, o horário era flexível e o salário dava para se sustentar, se não fizesse dívidas desnecessárias. E também não teve uma vida ruim no campo, ela apenas era devagar; estagnada, na verdade.

Contudo, imaginou a si mesmo, nesta idade, perto de se formar na Academia de Artes que tanto sonhou entrar. Mas depois de quatro rejeições, o garoto perguntou para si mesmo se realmente era bom naquilo.

Amava pintar.

É sua paixão desde que se entende por gente. Talvez os rabiscos, abstratos demais em alguns casos, não tivessem todas as técnicas que os professores tanto queriam, mas eram seus sentimentos. Não via sentido em seguir um punhado de normas, se fosse para desenhar algo que o desagradava.

Arte tem a ver com o coração, não com o que se diz ser certo e errado.

Alguém deveria dizer isso para a bancada de júri, que julgou o Park como inadequado para a academia quatro vezes.

Ele morava no interior com os pais, porém sua vida se estendia bem depois da plantação de arroz ou do galinheiro de madeira. Queria ver o mundo, e depois de mais uma carta negativa, decidiu sair de casa, conhecer a cidade grande e se virar.

Era um sonho como nos filmes.

Mas, diferentes destes, sempre existia o aluguel, despesas da casa, alimentação e um casaco furado que precisava ser substituído; contas. E, aonde um garoto interiorano poderia arrumar emprego na cidade grande? Sem experiência, sem formação superior, sem perspectivas?

Bem, ele sabia conduzir uma moto como ninguém, já que era quem resolvia os problemas dos pais, sempre passando horas no trânsito até algum negociante de adubo ou indústria de arroz.

Foi o que bastou para o serviço.

Era uma editora enorme, que precisa mandar e receber diversos rascunhos de livros corrigidos, ou pegá-los para corrigir, tinham também os contratos, demonstração de um novo livro, verificações das gráficas e por aí vai.

Moleza, Chanyeol pensou logo na sua primeira semana, só precisava levar uns envelopes de um lado para o outro, mas a realidade era outra. Além do trânsito caótico da capital, precisava lidar com filas intermináveis, pessoas sem educação e o tempo correndo, com seu chefe ligando a todo segundo, perguntando onde estava isso ou mandando levar aquilo.

O Park tinha uma alma sensível de artista, sempre foi tratado de forma gentil onde morava e se acostumar com a vida agitada da cidade era difícil. Ainda mais sem ninguém no final do dia para lhe dar uma caneca quentinha de leite fresco ao chegar em casa depois de um dia cansativo.

Contudo, não iria desistir, queria crescer como pessoa, acreditava que se tivesse mais conhecimento de mundo, poderia melhorar em sua arte.

E naquela primeira semana de trabalho, tratou de tentar lidar com as adversidades da melhor forma possível, até elas se tornaram rotineiras e fáceis. Porém, algo o deixou mais do que intrigado, aquela porta azul de número quarenta e seis.

Não a porta, é claro, mas o que acontecia ali.

Primeiro, ficou empolgado ao receber um pacote com o nome: Byun Baekhyun. Gostava dos livros deste, mesmo que só tenha lançado dois, eram grande sucesso. Mas ninguém jamais viu o escritor em eventos ou apenas passeando na rua. E a mulher mal-humorada que atendeu à porta na primeira vez em que foi até lá, definitivamente, não tinha o mesmo rosto bonito, estampado na contracapa dos livros de romance.

Park Chanyeol Knock on the DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora