O verdadeiro medo de Baekhyun estava diretamente ligado ao fato de se apagar as pessoas, de se envolver, de amar — independente da forma — e depois sofrer. Ser abandonado.Quanto mais conversava com Junmyeon sobre isso, mais sentia-se disposto a enfrentar esse medo, deixar que as pessoas tomassem espaço em sua vida novamente. Estava cansado de ser solitário. Claro, eram passos pequenos, mas a cada conversa com Jun, Baekhyun sentia-se mais leve.
Mais livre.
Chanyeol tinha uma enorme parcela de culpa nisso, mas não era o único. Kyungsoo, sempre ao seu lado, e Jongin conquistando sua confiança aos poucos, mostravam a Baekhyun que sentir pode ser muito melhor do que uma vida apática.
Pensava que em apenas vivenciar o amor de seus personagens, sentiria-se vivo o suficiente, mas não vivia, de fato, apenas existia em falsas alusões do mundo.
Uma mensagem chegou em seu celular, era Kyungsoo:
"Posso passar por aí?"
Era uma sexta-feira a tarde, e Baekhyun havia combinado de encontrar Chanyeol no dia seguinte, já que queria terminar uns últimos ajustes de seu livro.
"Claro, aproveite para levar a correção final do livro."
"Está mesmo inspirado" Kyungsoo mandou "ou apaixonado?" veio em outra mensagem, fazendo Baekhyun rir.
Em alguns momentos, gostava de parar e pensar em tudo que tem feito com Chanyeol, em seus sentimentos. Já em outros, teme se assustar com o tamanho de tudo que está nascendo em seu coração.
"Só vem logo, Kyung" enviou ao amigo. "E traga algo gostoso para comer."
"Está ficando abusado!" o editor respondeu, sorrindo.
Geralmente os Kim saíam nas sextas-feiras para jantar fora ou em algum evento da família, e havia sua mãe comentando com Jongin no almoço — pois os dois estavam comendo juntos na cozinha — sobre uma festa que precisaria ir mais tarde.
Nini declinou o convite, e Baekhyun pensou que talvez, só talvez, pudessem repetir o que haviam feito na semana anterior. Uma sala vazia, um televisão grande, um bom filme e excelente companhia.
Enquanto voltava a se concentrava nos detalhes finais de seu livro, o tempo passava.
Algumas horas depois, Jongin chegou em casa, sentindo-se cansado, mas acabou sorrindo ao ver Kyungsoo à sua porta. O menor tentava equilibrar duas caixas de pizza em uma mão para tocar a campainha, fazendo quase tudo cair.
O Kim riu, ajudando-o ao pegar uma das caixas e abrir a porta com sua chave.
— Teremos uma festa e ninguém me convidou? — perguntou descontraído, recebendo aquele mesmo olhar desconfiado de sempre, acabou ficando um pouco ofendido. — Hey, não mereço um voto de confiança seu já que Baekhyun está mais próximo de mim?
— Ele está?
— Sim! — respondeu empolgado, enquanto os dois deixavam as caixas sobre a mesa da cozinha. — Nós estamos muito próximos essa semana, temos almoçado juntos todos os dias e estamos conversando normalmente.
Jongin sorriu grande, feliz por estar conseguindo se melhor amigo de volta, e o Do pareceu impressionado com aquilo.
— Isso é bom.
— Também acho. — o maior se aproximou, envolvendo os ombros do editor. — Agora só falta você me dar uma chance.
O menor levantou uma sobrancelha, nem um pouco afetado ou intimidado com a proximidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Park Chanyeol Knock on the Door
Fanfiction[Chanbaek] Byun Baekhyun é um escritor famoso que tem medo de sair do próprio quarto, por isso desenvolveu a mania de ficar olhando a rua sentado em sua sacada. Foi assim que reparou no novo motoboy alto e moreno que trazia os rascunhos de seu livro...