Six

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Quando Baekhyun pegou o desenho, logo depois de ver Chanyeol partir em sua moto, sentiu-se muito curioso para saber o que estava diferente. Primeiro não entendeu ao certo o que havia acontecido. Será que Chanyeol estava lhe dizendo que era melhor mudar a aparência do personagem? Pois parecia aquele cenário em que o herói saía para descobrir o mundo, mas não estava igual aos antigos desenhos.

Então ele percebeu.

Parecia familiar demais aquele rascunho, apesar de não ser como os outros.

O formato dos olhos, os lábios finos, os fios um tanto bagunçados caindo sobre seu rosto.

Era ele mesmo.

Com um ofego, o Byun encarou o desenho, chegando mais perto do rosto e depois pegou o celular que estava sobre a mesa na sacada, olhando o seu reflexo e mais uma vez para o desenho.

Chanyeol havia o desenhado.

A princípio sentiu o rosto corar, enquanto seu coração acelerava e um sorriso bobo brincava em seus lábios, achando bonito o gesto do maior tê-lo retratado ali, de forma tão carinhosa. Porém, quanto mais olhava para o desenho e depois relia a narração corrigida daquele capítulo, outro sentimento brotava em seu coração.

Baekhyun sentia-se feliz, pois mais do que um rascunho de Chanyeol, aquele desenho também deixava implícito que o motoboy o via como o herói de sua história. E mesmo que fosse um outro tipo de determinação, Baekhyun também começou a se ver nele, enquanto tinha coragem de sorrir, coragem de tentar.

Coragem de viver, ao invés de apenas existir.

O celular de Baekhyun vibrou, ele ficou feliz com a mensagem de Kyungsoo, não conseguiam se ver há dias, sentia saudade do amigo.

"Posso passar na sua casa daqui a pouco?"

"Claro, estarei te esperando."

Menos de uma hora depois, o Do adentrava o quarto de Baekhyun. Ele franziu o cenho, geralmente era mais escuro, mais "escondido". Contudo, a mesa onde trabalha estava organizada, com a janela aberta, sua cama feita e muitos papéis jogados ao seu redor.

— Baek?

— Tô aqui! — o amigo chamou da sacada, onde ainda estava sentado. Havia uma bandeja com chá e algumas torradas, e o amigo estranhou.

— Avisou sua mãe que eu viria?

— Não. — respondeu calmamente, vendo o outro colocar uma colher de açúcar em sua xícara, ao passo que sentava ao lado dele. — Eu desci e fiz o chá.

Kyungsoo não conseguiu evitar a surpresa estampada em seu olhar, claro, estava bastante empolgado, mas quando iria imaginar aquilo?

— E tem certeza que usou as coisas certas? — brincou, cheirando o chá e fazendo o outro gargalhar.

— Eu sei fazer um chá! — fingiu indignação.

— Vamos ver, então. — tomou um gole, então levantou uma sobrancelha para o amigo que o olhou, todo convencido. — Está bom.

— Eu sei. — Baekhyun riu, sendo acompanhado por Kyungsoo.

O editor achou estranha aquela forma de agir, mas um estranho bom. Um estranho que significava algo diferente, mais aberto e feliz.

— Parece que continua recebendo desenhos. — observou o moreno, olhando o mesmo rascunho o qual Chanyeol fazia na empresa quando falou com este.

— Sim, eu realmente adoro.

— Os desenhos ou a pessoas que os faz? — foi direto, Kyungsoo sempre foi alguém objetivo, então olhou bem para o amigo, vendo-o corar e abaixar a cabeça com um sorriso nos lábios.

Park Chanyeol Knock on the DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora