Fourteen

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Era aniversário de Baekhyun.

A primavera florescia ao redor e na opinião do escritor, era uma boa metáfora. Não só sobre a estação, mas em todo o contexto de sua vida. Estava desabrochando, como as flores nas árvores, como a vontade de viver dentro de si, como o despertar depois de meses de frio e solidão.

Jongin deu a ideia de jantarem em uma churrascaria, e lá estavam os quatro. Rindo, se divertindo no aniversário do escritor. Algo que o deixou extremamente emocionado, ainda mais com os presentes que recebeu.

Kyungsoo lhe deu um box com livros de um autor que gostava muito. Jongin lhe deu roupas, dizendo que estava na hora de mudar o estilo por algo mais moderno, e apesar de achar um pouco extravagante, eram bonitas e precisaria de algo adequado para o lançamento do seu livro. Chanyeol lhe uma mini-máquina de escrever, que era uma caixinha de música, algo delicado e belo.

— Ah, tem mais uma coisa. — Kyungsoo falou para o Byun, que o olhou confuso. — Aquele pedido que me fez foi aceito pelo departamento de criação, então pode comemorar.

— Sério? — o escritor sorriu.

— Sim, se Chanyeol quiser, é claro.

— Eu? — o Park quis saber, sem entender. Estava com a boca cheia de carne e os lábios sujos de molho. Adorável na concepção do menor, que riu um pouco ao pegar um pano e limpar a boca dele.

— Sim! Seus desenhos me ajudaram e inspiraram muito no desenvolvimento do meu novo romance, por isso eu dei alguns deles para Kyungsoo perguntar se poderiam ser usados como ilustração no meu livro.

— Ilustração?

— Exato, Chanyeol. — Kyungsoo sorriu de lado. — Estou te perguntando se quer trabalhar como freelancer na editora, estamos sempre fazendo isso com ilustradores. Claro, não tem como usar os desenhos que fez no guardanapo, e se quiser pode ilustrar a capa também além das imagens dentro do livro de Baekhyun.

— Eu? — o maior quis confirmar novamente, ainda sem entender.

— Você! Não está procurando trabalho de ilustrador? É uma boa forma de começar seu portfólio, o contrato é apenas para este livro, mas se gostarem do seu trabalho podem te chamar mais vezes.

Chanyeol arregalou os olhos na direção do Byun, que sorriu e jogou a cabeça de lado, adorando aquela carinha surpresa do Park. Ele mordiscou os lábios, sentia-se maravilhado com a oportunidade, contudo não conseguiu deixar de se perguntar: havia conseguido aquilo apenas por ser Kyungsoo e Baekhyun apoiando-o?

Vendo a careta confusa do maior, o Do revirou os olhos.

— Olha aqui, Park, se não quiser, não tem problema! Mas não recuse a oferta por achar que estamos te fazendo um favor. Eu não decido sobre a diagramação do livro, é a parte de criação que faz isso, por isso pedi a permissão deles antes de falar contigo. Eles gostaram do seu trabalho, eu não interferi em nada.

Seu tom rude fez com que os demais na mesa começassem a rir, Kyungsoo era mesmo uma pessoa bondosa que não sabia muito bem se expressar.

— Eu adoraria que as imagens que me deram tanta vida fossem vistas por todos os meus leitores, por isso fiz esse pedido ao Kyung. — justificou o Byun.

— Sem falar que logo você vai precisar sair do emprego de motoboy, certo? O resultado do Escola de Artes sai em algumas semanas e trabalhar como freelancer é uma ótima ideia, te dá mais tempo para estudar. — foi a vez de Jongin dar seu apoio, apesar de ainda não saber o resultado do exame de admissão, todos tinham muita convicção no potencial do Park.

Park Chanyeol Knock on the DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora