Estávamos todos apreensivos, achando que a morte de Elvis significaria o fim de nosso trabalho em Graceland. Felizmente, estávamos enganados.
Alguns dias depois da remoção do corpo de Elvis para Graceland, Vernon reuniu todos os empregados na cozinha.
Não apenas nossos receios foram aliviados, mas, na verdade, tivemos um novo alento com o comunicado de Vernon.
Ele explicou-nos que não tinha a intenção de fazer muitas mudanças em Graceland, de imediato. Sentado na cadeira, falou: "Vocês tem sido uma parte do mundo de Elvis por muito tempo, e nada vai mudar, esta casa ainda continua sendo dos Presley. Enquanto puder, pretendo mantê-la assim. Afinal de contas, minha mãe e minha irmã ainda vivem aqui, e isso não vai mudar".
De fato, tudo praticamente permaneceu o mesmo enquanto a família Presley morou ali. Como Vernon determinara, nossas funções não mudaram em nada. Até porque as mesmas atividades precisavam ser mantidas para que a mansão continuasse a "viver".
No entanto, outros tipos de mudança foram feitos na casa, deixando alguns dos amigos de Elvis preocupados. Por exemplo, Charlie Hodge, que residira na mansão por tantos anos, e que tinha desejo de se tornar parte da família, foi mandado embora. Boatos diversos foram contados sobre as razões dele ser mandado embora por Vernon, mas tais boatos não correspondem à realidade dos fatos.
A verdade é que Charlie precisava fazer jus aos pagamentos que recebia de Vernon.
Depois da morte de Elvis, as atividades de Charlie ficaram limitadas em Graceland.
Vernon então perguntou se ele queria trabalhar como segurança no jardim da meditação, para vigiar o túmulo de Elvis.
Charlie fez isso por um tempo, mas, com tanto tempo livre disponível, ele decidiu voltar a fazer o que queria.
Ele quis tentar gerenciar um pequeno grupo musical em Memphis e começou, de fato, a fazer isso.
Quando Vernon descobriu, ele solicitou a Charlie que escolhesse entre trabalhar apenas em Graceland ou seguir seu caminho. Então Charlie decidiu que era hora de seguir o próprio caminho.
Billy Smith, que havia se mudado com a família para uma casa móvel na parte de trás de Graceland (essa casa móvel lhe fora disponibilizada por Elvis), também foi mandado embora.
Houve alguma repercussão negativa sobre isso. Ele explicou a Vernon que Elvis tinha-lhe dado a casa móvel e que planejava transferi-la do terreno para outro lugar.
Vernon, por sua vez, disse a Billy que Elvis nunca teve a intenção de dar-lhe a casa móvel e informou que a casa deveria permanecer em Graceland.
Billy, um membro fiel da família bem como amigo e empregado de Elvis por muitos anos, acabou saindo "de mãos abanando", por todos os anos de serviços prestados.
Vernon se mudou para o apartamento do anexo, depois que foi reformado, em 1978, quando se divorciou de Dee, sua segunda esposa.
O apartamento do anexo foi reformado com dois quartos, dois banheiros, uma cozinha nova e uma sala de estar. O apartamento ficou muito bonito depois de reformado.
Vernon continuou na administração dos negócios de Graceland no escritório atrás da propriedade, com a ajuda de várias assistentes.
Ele começou a namorar uma enfermeira chamada Sandy Miller, e os dois tornaram-se muito íntimos. Ela tinha três filhos de um casamento anterior e Vernon se deu muito bem com eles.
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Dentro de Graceland (Nancy Rooks)
RandomNeste livro, Nancy Rooks recorda a época em que trabalhou como empregada doméstica de Elvis Presley (1935-1977) em sua mansão, Graceland. Um singelo relato de parte do cotidiano do rei do Rock.