Mudança para o Litoral

239 34 12
                                    

Estela

A família de Diogo foi embora é o cigano Pablo me interrogou:
_ Pretende mesmo se separar? Mesmo amando Diogo, e sabendo que ele te corresponde e não te traiu? Sabe que não poderá voltar atrás. - ele falou sério.
_ Quando reuni todos já tinha tomado minha decisão. Diogo me magoou muito com palavras e atitudes. Iludiu a Yasmin tendo compromisso comigo. Isso foi uma traição, sem dizer que me julgou ter feito o mesmo. -   falo triste com tudo.
_ Você tomou sua decisão e cabe a mim obriga-lo a casar com Yasmim por ter intimidade com a mesma. - ele fala contrariado por ter que agir assim.
_  Apesar de querer a felicidade dele ainda me dói, então seguirei para o litoral com minha avó e o cigano Yago. Não quero nem ouvir mais falar em Diogo. Com o tempo vou esquecer dele. - falo sentida segurando meu choro.
-- Com muita tristeza nos despedimos. Desejamos toda felicidade do mundo para você. - falou demostrando seu carinho por mim.
Nos abraçamos e nos despedimos eles foram embora e eu me retirei para meu quarto. Estava cansada, abalada com tudo, mas o sono era meu refúgio e meu consolo.
Acordei tarde, já passava das 10 hora da manhã. Estava morrendo de fome, fui direto pra cozinha. A casa estava em silêncio, parecia não ter ninguém em casa.
Comi bolo com suco um pão recheado que minha mãe sempre fazia. Estava tudo delicioso, me lembrei das crianças iria sentir muita falta delas. Como receberiam a notícia? Eu não queria me despedir delas ia sofrer muito.
Mas comer coisas delisiosas sem ter que cozinhar era divino. Poder desfrutar das mordomias da casa da minha mãe era maravilhoso.
Encontrei minha avó na varanda,    mexendo nas plantas do Jardim.
Estava um dia ensolarado e eu adorava ver as flores do Jardim da casa dos meus pais.
Sentei na rede perto da minha avó e fiquei observando o horizonte.
_ Está um belo dia e se tudo der certo viajamos hoje a noite. - minha avó fala.
_  É uma pena nem pude ficar com meus pais para matar a saudade. -    na casa dos meus pais me sentia protegida, segura.
_  Eles poderão te visitar sempre. Você vai viver comigo no acampamento ou na cidade na casa dos seus pais? - minha avó me perguntou preocupada. Afinal é raro ciganos se separarem. E eu usei a dúvida de ser estéril e a traição de Diogo durante o noivado. Talvez fosse mal vista entre os ciganos por esses motivos. Iria morar sozinha na casa dos meus pais que minha avó só usava quando ia na cidade e meus pais quando ia para o litoral.
_ Vou morar sozinha na casa que passei minha infância. Vou trabalhar, apesar de ficar com o dote. - sei que será mais um motivo para não ser aceita pelo clã. Mas só quero o apoio das pessoas que amo.
_ Você sabe que pode casar com o Wladimir e não terá problemas com o clã? Sem dizer que ele te ama. - minha avó fala tentando me alertar do que viria pela frente.
_ Eu não posso casar sem amor só para ser aceita pelo meu povo. E preciso de um tempo para mim, sei que não preciso trabalhar com o dote, porém quero fazer de qualquer forma. - não estava num bom dia,  meu casamento tinha fracassado e uma família frustrada com minhas escolhas. Sem dizer meu ex marido com o casamento marcado com outra era pra estar de mal humor. Entretanto eu estava ansiosa imaginando como seria ser independente. Já imaginava eu trabalhando no meu ramo.
Ouvimos ruídos de carro chegando e era meus pais que vinham da casa de Diogo com todas minhas coisas.
Minha mãe começou a tagarelar sobre eu repensar sobre meu casamento. Eu pensei nas coisas que ela falava, e me desliguei da conversa. Minha mãe jamais aceitaria minha nova vida. Realmente a viagem viria em Boa hora, pois já estava me sentindo desconfortável e entediada ou deslocada em sua casa.
Toda aquela falação me deixou irritada. Acabei a ignorando e fui para o meu quarto.
Sentei na cama quando ouvir meu pai bater na porta. Ao abrir vi meu pai com uma catraca no rosto. Seus olhos astutos me observaram e ele disse:
_ Filha amada me faz triste ficar longe de você de novo. Sei que será necessário devido às circunstâncias. Mas terá meu apoio e irei te visitar a cada 15 dias. -  meu pai falou me abraçando.
_ Eu te amo pai, obrigada por tudo! - falo abraçando ele apertado.
_ Pretendo morar sozinha e trabalhar. -  Contava com o apoio dele, apesar do protesto que teria da família.
_ Já esperava por isso querida, e já conversei com cigano Yago. Gostaria de pedir que com o passar do tempo você pudesse pensar na possibilidade de casar com o Wladimir. Como todos sabem eu o estimo muito e faria muito gosto nesse relacionamento. - ele me fala pra pensar com carinho nessa possibilidade.
_ A seu pedido eu pensa rei com carinho, mas preciso de um tempo. - falo para meu pai que me dá um belo sorriso por causa da minha resposta.
Meu pai sai do quarto e meu telefone toca e vejo o nome do Diogo.
Atendo pois ainda o amo e sinto falta daquela voz grossa no meu ouvido.
_ Boa tarde Diogo, você está bem? - falo enquanto ele apenas ouve minha voz.
_ Meu amor volta estou com saudades. As crianças não pararam de perguntar de você. Não tive coragem de dizer da separação. Precisamos de você, eu preciso de você comigo. Não me abandona. - ele fala com uma voz melosa, parece que estar bêbado.
_ Terá que se acostumar com a minha ausência. Como te falei anteriormente estou indo embora. -  falo com firmeza.
_ Não pode fazer isso comigo, eu te amo. Sempre te amei, como pode ir embora meu amor? - ela fala chorando no telefone.
_ Diogo estou fazendo isso como você ficou com a Yasmin. Sem se preocupar comigo. E desejo que você seja feliz no seu novo casamento. - e desliguei porque aguentar homem chorando é demais.
Minha mãe chamou para o almoço de despedida.
Depois de comemos arrumamos as coisas no carro e partimos. O viajamos no carro de Yago e o cigano Wladimir ficou de levar meu carro no próximo fim de semana. O carro que eu usava para ir pra faculdade que deixei na casa dos meus pais, pois Diogo não deixaria eu sair sem ele. Também levaria o restante das minhas coisas, afinal estava me mudando definitivamente.
A viagem durou 3h e pouco e até queria ir dirigindo, mas o cigano Wladimir não empresta seu carro para ninguém dirigir. Então fui dormindo até lá, era melhor que pensar em tudo que me aconteceu.
Chegarmos em Ubatuba a noite e todos dormiram na minha resistência. E partiriam para o acampamento que ficava perto da praia de Almada no dia seguinte. Eu adorava a praia de Almada pois era tranquila e meio deserta. Já eu moraria num condomínio fechado no Tenório.

Amo Praia curtir a natureza, poder dormir ouvindo do mar, ia ser divino

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Amo Praia curtir a natureza, poder dormir ouvindo do mar, ia ser divino. Pedimos uma pizza e comemos antes de dormir.
Pedi pra minha avó ficar uns dias comigo. Até me sentir totalmente adaptada. Ela aceitou ficar pelo menos uma semana.

******************************

Queridos leitores

O livro ainda está sem revisar. Vou tentar postar duas vezes por semana. Obrigada pelo carinho, estou adorando os comentários. Não deixem de votarem. Muita luz e beijos no coração de vocês.
😙😘😚💋❤

Ellen

Marcada Pelo DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora