Prometida para casar com Diogo desde seu nascimento, Estela é uma jovem de origem cigana à frente de seu tempo. Seus pais a permitiram adiar sua união para estudar e esperam que ela assuma as responsabilidades que impõe a cultura de seu povo...
Ela...
Eu estava alegre, cantando músicas de amor, não me cabia de tanta felicidade.
Casei com a minha prometida, a cigana que roubava meu sossego. Meu sonho estava realizado. Tivemos uma festa linda, onde dancei ao som da guitarra e violinos com a mulher do meu destino. Na noite de núpcias estava muito nervoso, ouvir minha mãe falar que eu fiz a escolha errada, que Estela nem seria virgem. Queria viver assim sem parentes e disciplinas dos meus. Viver apenas com ela, mas acabando a lua de mel, ela terá que morar nem que for um ano com meus pais, eles não abriram mão disso.
Achei uma maneira de deixar a Estela feliz se sentindo útil, sem trabalhar fora.
O tempo todo escutava da minha mãe, que devia casar com Yasmim, porque aceitaria tudo. Porque as mulheres ciganas têm que ser submissas aos maridos. É dele a obrigação pelo sustento da família, proteção e segurança. A mulher e os filhos têm que ver no marido a autoridade máxima sendo subordinados dele.
Porém Estela era diferente, muito educada, o pai a deixou ajudar na loja, o que não poderia uma mulher se meter nos negócios. Ler a mão ou cartomancia e danças são um dever para manter as tradições. Não para o sustento da família, apesar de que o dever delas é entregar o dinheiro ao marido. Os casamentos dificilmente são desfeitos, tem que ter um motivo muito grave para isso acontecer.
Como é dever da mulher cuidar das crianças e ensinarem as tradições. A educação é responsabilidade delas, se um filho comete uma falta grave, culpa é jogada na mãe.
Para viver em harmonia com Estela e minha família, irei pedi a Estela para cuidar de alfabetizar meus sobrinhos. Que estão sofrendo preconceitos nas escolas.
Logo viriam os nossos e Estela teria que se ocupar com eles.
Passamos a lua de mel toda praticando se depender de mim. Meu filho logo estará a caminho.
Ter Estela cozinhando, limpando a casa e dançando para mim. Como uma cigana deve agir, estou muito feliz.
Estela
Os dias se passaram eu curtindo minha nova condição de mulher casada.
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Curtindo Diogo e a natureza, as praias de São Paulo, também são lindas. E Diogo era extremamente selvagem no sexo, mas eu gostava de sua maneira de me tocar, olhar e suas juras de amor eram ao pé do ouvido, fazendo eu me arrepia o corpo inteiro.
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Mas a lua de mel acabou e iria voltar e morar com a sogra.
Minhas coisas meus pais iriam levar e pedi a minha mãe que ajudasse Zulmira, arrumando minhas coisas no guarda roupa.
– Seja bem vinda ao seu novo lar! – disse Diogo ao chegar à casa de seus pais.
A minha família aguardava nosso retorno com os familiares do Diogo. Fiquei muito feliz de em vê-los e contar com eles nesse dia ali, passei a viagem toda com medo, me sentia até desconfortada. Com eles neste momento me passando a segurança necessária que eu precisava. Foi uma festa a nossa chegada, as crianças me abraçaram me chamando de titia, nem conseguia pensar direito.
O quarto de Diogo foi preparado com muito carinho estava tudo muito lindo. Eu só pude agradecer a Zulmira, que nada respondeu.
Eu teria que servi minha sogra e aprender com ela tudo que Diogo gostava. Para agradar meu marido.
– Cigana Esmeralda, esperamos que tenha ensinado sua filha: a cozinhar, costura, bordar, além das tradições ciganas. – ela insinua que minha mãe não fez seu papel direito.
– Minha filha será uma boa esposa, sabe cozinhar e limpar uma casa. É uma verdadeira cigana, provou a todos que soube honrar sua família, mesmo se misturando aos gadjês não perdeu a cultura. – minha mãe falou em minha defesa.
– Vou fazer de tudo para não desapontar-la minha sogra, não sei costurar, nem bordar, entretanto Diogo me deixou encarregada de alfabetizar seus netos até nossos filhos nasceram. – tento harmonizar nossa relação.
– Uma excelente idéia, meu filho sempre se preocupando com a família. O cigano Diego meu querido sogro seria meu defensor naquela casa. Sabia que poderia contar sempre com seu apoio. Ele sempre fez gosto do nosso casamento.
– Eu realmente precisava de alguém para ensiná-los, com você eles não sofreram preconceito e poderemos vir todos os dias para a casa dos meus pais. – Carmem fica muito feliz. Corre para abraçar o irmão e agradecer.
– Você sempre pensando como solucionar meus problemas. – ela o beija carinhosamente.
Jantamos todos e Carmem me perguntando se poderia começar no outro dia. Eu aceitei já que Diogo estaria fora o dia inteiro, cuidando do seu comercio.
Meus pais me desejaram felicidades, me abençoaram e se despediram.
Carmem e as crianças estavam felizes de estudarem comigo. Prometeram-me contar tudo sobre o que aconteceu na escola. O cigano Otávio respeitava muito a família de Diogo e prometeu levá-los todos os dias de manhã e pegar no final do dia
Diogo agradeceu a seus pais tomou a bênção e me levou para o quarto.