Marcada Pelo Destino

Conversa com Diogo

Estela

Nos dias que seguiram Diogo continuava com o mesmo comportamento. Nas festas me provocando com olhares e situações envolvendo Yasmin.
Na nossa casa era intransigente e sempre me cobrava um filho.
Passou meses eu me tornei uma esposa fria e indiferente. Seu ciúme exagerado e suas atitudes para provocar, estava a cada dia piorando.

Era violento na cama, me pegava com agressividade. Transar com ele não me dava prazer, e sim dor.
Tentava repelir meu marido, pois me sentia submissa dele. Os dias passavam e servir meu marido na cama, era um dever, não via mas nada com prazer.
Olhei no espelho, numa segunda-feira, depois de um ano de casamento e não me reconhecia. Estava abatida, com um olhar triste. Meu casamento foi um dever exigido pela minha raça, ninguém me obrigou a nada. Tive opção de mudar, casei porque quis. Aprendemos não chorar pelo leite derramado.
Entretanto me sentia infeliz e iria fazer algo para mudar está situação ou seria o fim do meu casamento.
Porém só uma coisa me deixava animada e entusiasmada. Todos os dias da semana, alfabetizar o Caio e a Yara e saber que estava fazendo a diferença na vida daquelas crianças.
Por muitas vezes eu tentei conversar com Diogo mas acabavamos brigando então ignorei ele completamente.
Era como se ele não existisse ou eu era apenas sua empregada.
Porém hoje teríamos nossa conversa definitiva, depois de tanto tempo.

Precisava conversar com Diogo, pois me sentia infeliz. Não pretendia viver mais nem um dia daquela jeito. Era uma cigana amava a natureza, ser livre, rir, cantar, dançar. Esperei muito Diogo mudar de atitude, ia pedir a separação, mesmo que fosse banida dos clãs.
- Zulmira você pode fazer o café de manhã sozinha hoje? - pergunto seriamente.
- Você sempre me ajuda, claro que pode, mas não esqueça as crianças! - ela me autoriza me surpreendendo com sua compreensão.
Diogo já estava acordado se arrumando para tomar o café da manhã e ir trabalhar, mas era muito cedo.
- Bom dia! Podemos conversar? - pergunto nervosa.
- Sim - Diogo respondeu sem pestanejar.
- Não estou feliz com suas atitudes! Com este casamento, já chega! - falei irritada
- Está magoada comigo? Por olhar Yasmin? Por querer um filho? - ele RI me provocando.
- Quero viver em paz com você, mas sempre arruma motivos para brigar. Quero respeito se deseja olhar e cobiça a Yasmin, por que não casou com ela? Ou casou comigo por capricho? Eu estou cumprindo sempre meu papel de esposa com você e sua famlia. Ser, mãe seria só mais um dever que iria cumprir. Você acredita que gosto de ser sua a força? - falava com tanta raiva.
- Me desculpe - ele resmungou preocupado. - Você pode ir na loja amor escolher qualquer jóia, ir visitar seus pais hoje. - falou num tom conciliador.
- Acredita que vai fazer eu esquecer com jóias flores e bombons? Aproveite enquanto estou aqui ainda do seu lado. Não serão joias que irão me comprar. - respondi secamente
- Nao me deixe Estela! Eu te amo! - Diogo sobressaltou, me agarrou fortemente beijando e abraçando con força.
- Me larga preciso dar aula para as crianças. - falo indiferente.
- Desculpe, eu estava com ciúmes. E fiz tudo pra você sentir o mesmo, agora me arrependo. Nâo quero te perder. - ele falava temeroso e me apertava em seus braços.

Nossa conversa foi interrompida pelas crianças que me chamava.
Deixei Diogo perdido em seus pensamentos e fui buscar seu café da manhã e aproveitar para me desculpar com as crianças por não ter feito nenhuma guloseimas hoje.
Mas Zulmira tinha preparado umas coisas deliciosas e nem precisei levar para Diogo que se reuniu com a família para o desjejum. E logo saiu para o trabalho.

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Bom dia leitores! Desculpe a demora, mas posto uma vez por semana e fiquei sem internet. Vou tentar postar duas vezes por semana. Conto com seu voto e os comentários.
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Ellen