Dangerous Woman

25 - I Don't Wanna Kill Her

- Bom dia. – Lauren abriu os olhos e se deparou com Karla a observando.

- Bom dia, Jauregui.

- Você dormiu? Porque está com olheiras terríveis. – Lauren brincou com a morena, porém não obteve a reação desejada.

- Não. Estive pensando sobre muita coisa e não é seguro você ficar por aqui. Meu pai está lá embaixo com minha mãe e eu acho que você não quer levar um tiro hoje. – Karla olhou pela janela para ver se alguém a vigiava.

- Faça o que quiser, querida... – Lauren apenas concordou com a decisão de Karla, confiando plenamente na jovem.

- Lembra quando estávamos no avião e eu disse que matei todas aquelas pessoas? – Karla desviou um pouco do assunto.

- Não precisa falar sobre isso. Eu não vou...

- Lauren, a maioria delas foi morta devido ao trabalho, eu admito, mas o resto eu matei devido à minha personalidade. Não quero que corra perigo perto de mim.

- Você não vai me machucar, Karla. Chegamos até aqui e você nem sequer me arranhou...

- Lauren, isso aqui não é um clichê adolescente. Isso aqui é vida real. Eu sinto prazer em matar as pessoas! Você pode muito bem ser a próxima vítima! – Karla alterou sua voz, deixando Lauren um pouco apreensiva.

- Me desculpe, eu só...

- Arrume suas coisas, se é que tem alguma coisa aí. Estaremos partindo daqui a pouco. – Karla bateu a porta do quarto, indo diretamente até o quarto de Shawn.

  Seus impulsos assassinos ecoavam em sua mente. Karla sentia que a qualquer minuto explodiria senão matasse alguém.

- Shawn? Está acordado? – Karla bateu na porta, impaciente.

- Entre. – Shawn ordenou.

- Shawn, venha comigo dessa vez. Por favor, eu imploro! Eu preciso de você pra eu não matar Lauren! – Karla suplicou.

Na delegacia...

- Lucy, venha até minha sala. – Veronica chamou pelo telefone, então em poucos segundos, Vives estava em sua frente.

- Sim, senhorita Iglesias?

- Eu fico impressionada com a frieza dessas pessoas... Sente-se, você pode me ajudar a solucionar isso aqui. – Veronica organizou as reportagens em sua mesa para montar sua teoria e apresentar para Lucy.

- Tentarei ser o mais útil possível. – Lucy sorriu falsamente.

- Veja isso. – Vero lhe entregou um dos papéis. - Aqui diz que os Cabello tinham duas filhas, Karla Estrabão e Camila Cabello, porém Camila foi entregue para a adoção sem um motivo detalhado... Porém o que é estranho, é que Karla não aparece em nenhuma notícia, apenas Camila, mas como isso é possível se foi Camila a adotada? – Veronica tentava achar uma explicação lógica para o que estava a sua frente.

- Você acha que houve uma troca? Como se Karla fosse Camila e Camila estivesse desaparecida? Como se Karla nunca tivesse existido?

- O que mais me impressiona é isso aqui. – Veronica entregou mais notícias para Lucy. - Camila participou do X Factor e chegou até a final. Uma foto foi tirada de Camila com sua família, os Cabello. Misteriosamente lá estavam Alejandro, Sinuhe, Camila e Karla... Houve uma reunião familiar depois de tantos anos?

- Eu acho que algo não se encaixa. Digo, não ouvimos mais falar de Camila, não é mesmo? Ou Karla...

- Isso está me deixando realmente confusa. Eu estive com Camila no show das meninas, porém ela não parecia conhecer Lauren há tanto tempo. Na verdade, senão me engano, ela ou Lauren disseram que se conheceram no mesmo dia do show. Isso é impossível, já que ambas participaram do X Factor e foram as finalistas.

- Então você está dizendo que a Camila que você conheceu na verdade  é Karla?

- Soa como uma possibilidade.

- Mas o que aconteceu com a verdadeira Camila?

- É o que vamos descobrir. Alejandro e Sinuhe estão na cidade, não é mesmo? – Veronica sorriu. - Emita um mandado para que eles não tenham desculpas para não falar comigo.

- É pra já, delegada. – Lucy sorriu, então saiu da sala.

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Já em sua viatura, Veronica verificou seus documentos para ter certeza que estava tudo no seu devido lugar.

  Como havia lido no jornal local, os Cabello estavam hospedados no hotel principal de Los Angeles, Azulle Hotel.

- E lá vamos nós, delegada. – Veronica verificou seu distintivo, então deu partida no carro.

  Em quase meia hora, a morena já estava em frente ao seu local de destino. Não demorou para que ela chegasse até a recepção e apresentar o documento para a mulher que atendia os hóspedes.

- O elevador é por ali. Cobertura. – A jovem apontou em direção ao mesmo.

- Obrigada. – Veronica foi até o elevador, então apertou o botão da cobertura.

  Com um sorriso vitorioso no rosto, Iglesias acompanhava os números do elevador subindo até seu destino. Com passos imponentes, a delegada seguiu até a porta do quarto em que os dois estavam hospedados. Como de praxe, Veronica verificou as balas em seu revólver, então deu três batidas na porta se anunciando.

- Polícia Federal de Los Angeles. Aqui é a delegada Iglesias. Façam a gentileza de abrir a porta antes que eu atire na maçaneta. – Veronica foi sútil como sempre.

Não demorou muito para que obtivesse uma resposta. Alejandro abriu a porta com um sorriso falso.

- A que devo a honra, delegada?

- Tenho perguntas para você e sua esposa, se não for incômodo.

- Receio que precise de um mandado, estou certo?

- Certíssimo. – Veronica puxou o papel de sua bolsa, entregando-o para o homem que estava um pouco surpreso. - Não vai me convidar para entrar? – Veronica debochou.

[...]